Texturas contraditórias no inverno da Freixenet

admin • 04/02/10, 08:43

 

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A coleção de inverno 2010 da grife mineira Freixenet brinca com o conforto e com a liberdade: uma roupa inteligente, pontuada por uma alfaiataria com apelo contemporâneo e acompanhada de vestidos curtos em estampas como onças, zebras, manchados ou devorês.

As propostas para a estação trazem ainda brilhos metálicos e bordados, militarismo em peças em preto, cinza e nude, regatas valorizadas por taxas, correntes e bordados, mistura de texturas contraditórias e trenchcoats relidos e reconstruídos em vestidos, casados e pelerines.

Nos tecidos, cetins extremamente fluidos, lãs em diferentes pesos, tules transparentes, malhas e denins que vão do grafite, passando pelo azul, até os manchados de tinta e combinados a estampas.

Entre os materiais diferenciados, destaque para o falso couro, franjas, peles artificiais, jacquard brocado, acolchoados e uso de zíperes. Na cartela de cores, o preto é a vedete da temporada, ao lado de tons sóbrios, como verde, bordô e cinza em diferentes nuances, além de ouro, terra, mescla e nude.

Poesia e exuberância no último dia do SPFW

admin • 27/01/10, 21:46

Requinte, bordados e exuberância de cores são os principais ingredientes da coleção da carioca Isabela Capeto apresentada no Shopping Iguatemi, na manhã de encerramento da edição de inverno 2010 do SPFW. Tailleurs, camisas, vestidos e pantalonas mesclam a leveza das transparências combinadas a tecidos de diferentes pesos embalados pelo tema da temporada, ‘Filtros’. Já a linha de jeanswear é um primor, com formas despojadas que carregam debruns em minis paetês vermelhos e rebites metalizados e delicados. 

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De volta a Bienal, a marca jovem de Gloria Coelho, a Carlota Joakina, assinada por Camila Bertolote, brincou com a dualidade de vestidos leves e românticos em organza com leggings com recortes mixados a jaquetas estruturadas e mais próximas ao corpo. Destaque para os vestidos em patchworks de couro lembrando flores tridimensionais.

Com uma apresentação vibrante, a Reserva questionou os ‘15 minutos de fama’ e a realidade das ‘celebs instantâneas’, quem sabe saídas de um reality show, num desfile com proposta masculina pontuado por um tricô artesanal e interessante, com jaquetas de efeito matelassê, inclusive em lã, acompanhadas de alfaiataria de apelo casual e fresh.

 

Já Marcelo Sommer, da grife Do estilista, apresentou uma das mais lindas coleções criadas pelo designer, com apelo lúdico e poético, calcada num jeanswear com ‘cara’ de desgastado e puído, acompanhada de vestidos românticos, mixando tecidos de diferentes pesos e rendas ‘sujas’ pelo tempo, além de muito xadrez, casacos de crochê feitos a mão e saias e jaquetas de couro de jacaré, numa passarela toda coberta de carvão por onde desfilaram seus amigos: os estilistas Alexandre Herchcovitch, Emilene Galende, Fabia Berscek e Dudu Bertholini, além da modelo Luciana Curtis, o fotógrafo Henrique Gendre e a stylist Lara Gerin, entre outros.

Em clima de festa, André Lima apresentou o último desfile do evento com uma coleção exuberante recheadas de vestidos de festas que trazem babados, drapeados ou mangas bufantes, tudo em tecidos nobres, ora mega estampados com espécie de dobraduras ou pregas que criam efeitos de volume ou texturas, ora lisos e em cores contratantes. Henriete Mirrione

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Homem contemporâneo brilha no quinto dia de SPFW

admin • 26/01/10, 22:35

Abrindo o quinto dia de desfiles do SPFW, Alexandre Herchcovitch apresentou sua coleção masculina no shopping Iguatemi, arrebatando a platéia logo de ‘cara’, literalmente, a começar pela incrível maquiagem de caveira pintadas nos rostos dos modelos, numa alusão a morte, da obra prima de Bergman, “O Sétimo Selo”. Na coleção uma pitada de punk, rock e casualwear, além de estampas em xadrez, calças curtas e casacos numa alfaiataria impecável, mostrando que, mesmo caminhando cada vez mais para fortalecer o lado comercial, Herchcovitch continua firme e forte ligado as suas raízes underground.

 
De volta a Bienal, o coletivo OStúdio carioca apresentou um vídeo ao invés de desfile. Em imagens em que dois modelos se revezavam apresentando, dançando e pulando na tela roupas confortáveis, em tecidos de algodão em diferentes peças, algumas unissex, com estampas em xadrez ou num jeanswear de linhas simalexandre-herchcovitch-inverno-2010-spfwples e despojadas.

 

Miscelânea foi a inspiração da coleção de Jefferson Kulig, que nesta estação apostou fortemente em itens com um forte apelo comercial. Nas peças, um mix de transparências e tecidos encorpados como a combinação de sisal tingido, couro, moletom e uma matéria-prima tecnológica emborrachada que o designer chama de TK, ou ainda jérsei e tule acompanhados de lã, em shapes que carregam faixas que dão estrutura aos ombros e deixam a roupa com um ar mais contemporâneo.

 
Ao som de Black Sabbath, Dudu Bertholini e Rita Comparato, da Neon, soltaram os ‘bichos’ na passarela. A dupla apresentou uma coleção perfumada pelos anos 40 que mescla um espírito de ‘caçadora vintage’, com calças de cintura alta, tailleur e coletes com estampas bem coloridas combinadas a camisas, além investir pesado na brincadeira de vestir as clientes de ‘animais selvagens’, com vestido coruja, veste papagaio, morcego, zebra ou elefante, em tecidos que vão do neoprene a lã rústica. 

 
A moulage definitivamente é a praia de Wilson Ranieri. O jovem designer tem um gosto apurado e cria roupas sofisticadas, que nesta estação parecem estar mais para o verão do que para o inverno, em tecidos com linho e malhas com estampas que lembram papéis de parede com motivos florais em tons aquosos. A novidade para o inverno 2010 são as peças trabalhadas em ciré, que dão um toque de brilho a cartela com várias tonalidades clássicas.

 
Encerrando a noite, o mestre da manufatura Lino Vilaventura olhou para a beleza dos pássaros para criar uma coleção que prima pela leveza de vestidos delicados e assimétricos, acompanhados de texturas luxuosas e inesperadas de mantôs-capa, num inverno para lá de negro. Dois pontos fortes da apresentação: os sapatos que ganham brilhos e bordados e trazem ‘asas’ e a linha masculina, que, pelo menos na passarela, cresce, sofisticada e recheada de camisas com nervuras e casacos curtos e mais próximos ao corpo. Henriete Mirrione

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moda atemporal no quarto dia do SPFW

admin • 21/01/10, 23:01

huis-clos-inverno-2010-divulgacao-fotositeA estilista Gloria Coelho abriu o quarto dia do SP Fashion Week desfilando mais uma vez no shopping Iguatemi. Entre os temas da temporada, Gloria olhou para a física quântica, luminárias e luzes para desenvolver o que melhor sabe fazer: peças arquitetônicas com recortes, plissados e volumes magistrais, tudo com muito tecido nobre como tafetás, cetim, seda com estampas digitais e tules com fitas. Os vestidos em organza trazendo plumas são simplesmente lindos, verdadeiros sonhos de consumo.

 

 

 

Na Bienal, Erika Ikezili alongou a silhueta de sua mulher, numa alusão aos anos 20, e desconstruiu a pala dos paletós em vestidos de alfaiataria com leve movimento e cinturas marcadas. A coleção tem ainda um perfume dos anos 80 e 40, na qual um dos destaques são as peças em tricô artesanal em telas de gaze com fios de lã entrelaçados de efeito flutuante.

 

 

 

As meninas da Amapô, Carolina Gold e Pitty Taliani, se inspiraram no universo dos sem-teto e em seu, digamos, estilo de viver, para criar uma coleção muito bem amarrada, com estampas de jornal e um xadrez incrível ’sujo’ de tinta. A alfaiataria fica cada vez mais bacana e, nesta estação, a moulage aparece, especialmente em vestidos, com muito volume nos ombros e nas mangas. O melhor é o jeanswear, concebidos em faixas com diferentes lavagens e cores ‘costuradas’ por zíperes prateados que podem ser abertos, revelando estrategicamente a pele.

 

 

 

Neste inverno a mulher da Huis Clos, sofisticada e dona da própria história, vasculhou o baú da avó para montar seu guarda-roupa recheado de peças únicas e cheias de memória, como a camisola de seda com galão de renda e franjas que vira vestido, ou os casacos de lã com desenhos tipo laise. A silhueta é longilínea em vestidos e blusas com ombros trabalhados e a cartela de cores remete a fotografias com azul-acinzentado, off-white, cinza, camelo e preto, tudo muito sofisticado e despretensioso, numa das coleções mais bonitas e bem construídas apresentadas até agora no SPFW.

 

 

 

Brincando de detetive, a 2nd Floor se inspirou no universo de Sherlock Holmes para construir e reconstruir o trenchcoat em vestidos, bermudas e saias, tudo em clima bem descontraído. No quesito inovação, pontos para o acabamento fusionado usado pela grife, isto é, uma fusão de tranças em tricôs na trama da lã e do moletom, além de um bordado com pedras de efeito vintage.

 

 

 

Fechando a noite, a Animale, com a top Raquel Zimmermann, investiu pesado em tecnologia têxtil, com feltro de lã desgastado, por exemplo, em formas próximas ao corpo, com recortes e estampas tridimensionais ou de imagens de engrenagens, num jogo de rígido e flexível, evocando umas das propostas da estação, a de conciliar o natural com o high-tech. Henriete Mirrione

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spfw: emoção e individualidade de estilos no terceiro dia

admin • 20/01/10, 00:48

Valdemar Iódice mostrou uma coleção de inverno 2010 recheada de vestidos drapeados, pregas e com um ombro só, na qual as principais matérias são o jérsei, o veludo cristal e o couro. A tônica da estação é uma mulher sexy, cosmopolita e que tem como ousadia máxima usar adornos de plumas ou de sementes de tucumã, miçangas e cipós, numa alusão a Amazônia. Bonitas as peças de lã acompanhadas de leggings de renda, a cara da cliente da marca.

 

Ronaldo Fraga se reafirma como um mestre da emoção, apresentando um desfile lúdicos e com cenografia impecável, desta vez homenageando a bailarina e cenógrafa alemã Pina Bausch. De forma irreverente e poética, Fraga investe nas sobreposições com formas amplas e em tecido pesados, desfilados por modelos com o rosto coberto por perucas que na parte de trás traziam grandes máscaras. Destaque para os tressês artesanais em saias, casacos e vestidos, tudo em seda laminadaronaldo-fraga-inverno-2010-divulgacao-fotosite-2 ou em plástico de sacos de lixo. Nas estampas, florais avermelhados sobre fundo preto, numa alusão ao espetáculo “Cravos”.

 

O figurino de patinadoras artísticas, justo e com recortes, e o trabalho da ilustradora americana Amy Cutle inspiraram o inverno de Simone Nunes, que investe em vestidos com leve volume no quadril e peças com volumes nos braços acompanhadas de saias em tecidos plissados, tudo num clima bem jovem e feminino. Destaque para as roupas que carregam franjas e fios de seda torcidos aplicados estrategicamente sobre a peça.

 

Nesta estação, Fabia Bercsek propôs um questionamento da moda, olhando para a força da heroína Joana D’Arc, entre outras inspirações, o que resultou na passarela em roupas ora decotadas trazendo babados e tecidos fluidos combinadas a couros e camurças texturizadas, ora em tricô artesanal com fios rústicos acompanhados de jaquetas e saias em patchwork de matérias.

 

Com Cintia Dicker e Jesus Luz, a Ellus apresentou uma coleção forte e jovem, com destaque para o denin Black, um novo tecido voltado para o jeanswear que de um lado tem aspecto de couro macio e aconchegante e do outro tem um tom de azul forte, podendo ser usados dos dois lados. Já as roupas, são inspiradas nos universo dos esportes radicais, principalmente o mergulho, e trazem zíperes embutidos inclusive na alfaiataria.

 

Propondo uma liberdade no se vestir e olhando para a individualidade de estilos, a Triton buscou referências no bairro de Harajuko, no Japão. Trazendo looks divertidos no qual as sobreposição de texturas e cores imperam, as estampas são os grandes hits, mesclando desenhos de teia de aranha executados em traçados de nanquim, mixadas a fotos de cogumelos, desenvolvidos por Luisa LoveFoxx, vocalista do Cansei de Ser Sexy. Henriete Mirrione

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Alfaiataria requintada marca segundo dia de SPFW

admin • 19/01/10, 22:10

Abrindo o segundo dia de desfiles do SPFW, a Maria Bonita levou o povo da moda para o belo espaço do Sesc Pompéia, em São Paulo. Na verdade, a grife buscou inspiração na arquitetura de Lina Bo Bardi, que criou no Sesc locais de jogos e brincadeiras de formas. Assim, as peças da estação ganham shapes rígidos, construídos em blocos que carregam fendas e emendas, em destaque nos casaquetos e paletós impregnados de um discreto perfume esportivo. Já os vestidos, ganham recortes e desenhos geométricos em cores cosmopolitas como cinza-chumbo, verde-escuro, azul e areia, tudo em clima urbano aliado à tecnologia das matérias-primas.

Mais uma vez apresentando sua coleção na FAAP, o designer Reinaldo Lourenço deu um show aliando militarismo e delicadeza numa coleção sofisticada, inspirada nos uniforme da guerra. Numa requintada parada militar perfumada pelos shapes dos anos 30 e 40, surgem ombros marcados por leves volumes em cascos alexandre-herchcovitch-inverno-2010-divulgacao-fotosite1de lã e couro, acompanhados de rendas e babados de vestidos ultra femininos com cristais e fitas de medalhas de condecoração aplicadas estrategicamente sobre as peças. Simplesmente lindo!

De volta ao prédio da Bienal foi a vez da jovem Maria Garcia mostrar seus looks para o inverno 2010. Na passarela, uma coleção desprenteciosa, embalada pelos estilos street e hip-hop mesclada a formas inspiradas nos anos 90, com direito a parkas com uma estampa vibrante e colorida de new camuflagem, jardineiras de seda, jaquetas e calças com detalhes de brocados, rendas e punhos em malharia, além de jaquetinhas e coletes com ar masculino e tecidos adamascados.

Alexandre Herchcovitch realizou o desfile mais espetacular do dia, e quem sabe o do evento, olhando para o folclore de culturas orientais e do leste Europeu, mais precisamente a Geórgia, para criar uma coleção feminina e extremamente requintada, recheada de detalhes cuidadosos. Os principais tecidos são as sedas, os algodões e as lãs em peças de alfaiataria ou com formas amplas carregando texturas obtidas de diferentes formas com cristais, âmbar e tachas de metal com banho niquelado imitando madeira. A série em crochê de fio angorá com cristais é simplesmente de tirar o fôlego, trazendo ainda delicados sinos presos a vestidos, casacos e calças.

Andrea Ribeiro e Giselle Nasser reafirmam o DNA da Cori com uma coleção elegante e inovaram ao apostar em casacos e capas com tramas de tear mixadas a tecidos planos por técnicas de serigrafia manual. Impecável a alfaiataria, além dos vestidos de gazar de seda com estampas de pele de animais recobertas por bordados, revelando texturas inesperadas.

Sensualidade e fetiche são as palavras de ordem do inverno da Forum. O designer Eduardo Pombal afiou suas tesouras e investiu pesado no couro acompanhado de brilho, transparências e muitos tecidos nobres. Nesse universo noir e chique a top holandesa Lara Stone é a musa maior e a peça must have é o vestido, ora tomara-que-caia e evazê em musseline de seda, ora em gaze de lã com aplicações em couro, com leves volumes que dão ao quadril um aspecto rígido. Detalhe, a marca trouxe a americana Patti Wilson para assinar o styling da temporada.

Fechando a noite, Samuel Cirnansck desfilou uma alfaiataria excelentemente executada em vestidos de tweed de lã combinados a organza metálica e silicone, além de outros em materiais nobres, trazendo ombros volumosos, saias preguiadas e recortes assimétricos inspirados também no trabalho do moveleiro inglês Thomas Chippendale. Algumas peças passeiam ainda perfumadas pelo estilo vitoriano e trazem detalhes precisos de rendas e cristais, tudo com um forte ar gótico fetichista, uma das marcas registradas do designer.  Henriete Mirrione

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Feminilidade e fetichismo marcam primeiro dia de SPFW

admin • 17/01/10, 23:54

Abrindo oficialmente os desfiles das coleções para o inverno 2010 da São Paulo fashion Week, a Cavalera levou os fashionistas para a Galeria do Rock, um dos locais mais hypados e tradicionais do centro da capital paulista. Embalada pela bateria pulsante de Igor Cavalera, a marca abusou do estilo sexy e roqueiro, trazendo um jeanswear resinado com aspecto metalizado ou black de efeito marmorizado, uma alfaiataria estilosa e transparências, corseletes e brilhos, especialmente para elas, num mix de cores escuras combinadas a outras vibrantes.

Já Oskar Metsavaht, da carioca Osklen, apresentou uma coleção com um forte apelo conceitual, recheada de imagens marcantes que, apesar de impressionantes, especialmente pela precisão das construções rígidas e tridimensionais, provavelmente não chegarão às araras das lojas. Arquitetônicas, as roupas passeiam em tecidos como um pesado feltro de lã, rayon, couro ecológico e shantung de seda. Destaque para o tricô em pontos rústico de peças amplas com capuzes, além de outras rorosa-cha-inverno-2010-spfw-foto-divulgacao-fotositeupas estampadas com folhagens em cores delicadas.

A jovem designer Priscila Darolt desfilou uma coleção enxuta, com apenas 13 looks, composta apenas de vestidos que são desenhados sobre corpo com formas tipo corselete desenvolvidas a partir de faixas, velcro, cadarços de algodão, passadores de borracha, telas de algodão, couro e camurça, se contrapondo a leveza de outros em seda com lindas e delicadas estampas de orquídeas aplicadas estrategicamente sobre a peça, numa clara dualidade entre a força e a fragilidade feminina.

A FH de Fause Haten desfilou no corredor lateral do segundo andar do pavilhão da Bienal, apostando fortemente na sobreposição de peças. As roupas carregavam um forte perfume vintage, mesclando estampas de pele de bichos, brocados, adamascados, peles falsas e muito, muito tecido, o que o estilista chamou de um exercício de liberdade. Detalhe, a trilha foi executada ao vivo por uma banda de jazz trazendo nos vocais o próprio estilista, quase que irreconhecível, usando a mesma peruca das modelos do desfile.

Mário Queiroz, designer de moda masculina, buscou inspiração na cidade de Londres para desenvolver roupas para um público jovem e moderninho, que adora sobreposições discretas de moletom, camisas ou camisetas e um jeans confortável com lavagens atuais. Sem sair de sua zona de conforto, Mário investe na estamparia para dar um up na estação como traçados do mapa ou símbolos do metro da capital inglesa aplicados sobre denim ou algodão.

A Rosa Chá, sob a batuta de Alexandre Herchcovitch, olhou para as roupas de mergulho e para a lingerie para criar uma coleção com um toque fetichista composta por maiôs, biquínis, tops, macacões justos, casacos, saias, vestidos e blusas na qual o fio condutor é a renda. As peças em tons de pele e preto carregam ainda cristais, recortes e formas que invocam os anos 50, perfeitamente adequadas para as pin-ups do século XXI, acompanhadas de outras com estampas vibrantes numa verdadeira explosão de cores. Abrindo e fechando o desfile, a bela top americana Chanel Iman.

Fechando o primeiro dia de desfiles, a  Colcci, sem Gisele Bündchen, que acaba de ser tornar mamãe, convocou Alessandra Ambrósio e Izabel Goulart para desfilar uma coleção no qual o jeanswear ainda é a vedete, acompanhando ponchos e maxi pulls, embaladas por um perfume folk ou setentista, tudo com um apelo para lá de comercial. Henriete Mirrione veja as fotos »

FR: grifes estreantes

admin • 14/01/10, 13:45

new-order-inverno-2010-fashion-rio-foto-divulgacao-fotosite-21No Cais, o iate Pink Fleet, de Eike Batista, era um bar flutuante, com muita música e gente bonita, enquanto que nas passarelas do Fashion Rio quatro novas grifes se apresentaram – e mais a Alessa –, finalizando a temporada de desfiles para o outono-inverno.

Nica Kessler, numa passarela rosa-choque, desfilou blusas em preto, marrom, rosa, verde escuro e cinza. A coleção teve muitas transparências nas segundas-peles, babados nas saias, franjas nas calças e laços nas blusas.

A Patachou, também apostou no preto (a cor do inverno 2010) e nos volumes das plumas, presentes nas mangas bufantes e nos casacos. As ombreiras marcaram os vestidos-túnicas usadas com blusa segunda-pele, e não faltaram detalhes de drapeados, balonées, cinturas marcadas e paetês. As minissaias eram tão curtas que deixaram aparecer fitas dupla-face, usadas para ‘segurar’ a saia no comprimento – o que não funcionou.

Andréa Marques, ex-Maria Bonita Extra, sem surpresa, mostrou seu estilo romântico, com estampas delicadas, ombros bufantes, bodies de seda, calça saruel (que Andréa chama de calça Aladim) e os vestidos ajustados e bordados com microcristais.

A New Order, do grupo Osklen, foi a única grife de acessórios a se apresentar no Fashion Rio. Com muito charme, e sob o tema cachorro, estreou na passarela, vestindo um figurino “peludo” nas modelos, com bolsas em vários tamanhos, mochilas de pelúcia, sapatos e bijuterias com o tema ‘cachorro’. Os tênis com brilho, os sapatos de noite com rabinho atrás e outros sapatos e bolsas ganharam pingentes de osso, broches com pegadas e coleiras.

A designer Alessa Migani encerrou a semana com um desfile ligada à música. LP, CD, piano, palheta, guitarra, violão foram os elementos das estampas sobre cetim, algodão, crepe de seda que se destacaram nas peças de cinturas marcadas, vestidos de um ombro só, saias plissadas e bordados em paetês. Lu Catoira

Jovens, todos jovens: no esporte e no social

admin • 13/01/10, 15:09

redley-inverno-2010-fashion-rio-1O Fashion Rio, no seu penúltimo dia, apresentou a força da moda jovem na passarela. A Redley e a R.Groove trilharam o caminho dos esportes para uma moda urbana, enquanto a Têca e Espaço Fashion buscaram o brilho em coleções sofisticadas.

Na Redley, uma coleção unissex e esportiva, teve calças ajustadas, como a de ciclistas em patchwork, minivestidos e bermudas sobre leggigns e muitas jaquetas com capuz e aplicação de couro e zíperes. O estilo foi assinado por Jurgen Oeltjenbruns.

O segundo desfile foi a grife R.Groove, que estreou na passarela do Fashion Rio, egresso do Moda Hype de 2009 - evento de novos designers. Ricardo abriu a passarela com algumas peças (paletós, calças) transparentes, contrastando com a coleção que foca o surfwear urbano, com peças como calças de neoprene, camisetas com recortes coloridos, jeans bicolores e tricôs artesanais de listras jogadas sobre bermudas.

Muito femininas e jovens, as duas últimas grifes a se apresentarem no Fashion Rio abusaram das minis – saias e vestidos – e dos brilhos. A estilista Helô Rocha, da Têca, apostou numa moda mais sofisticada, sem perder o tom jovem, com vestidos coquetel, calças skinny de alfaiataria, jaquetinhas de lã de ombros destacados e pedrarias aplicadas nas saias, mangas e bainhas.

A Espaço Fashion, com um time de grandes nomes na passarela (Ana Beatriz Barros, Bianca Bastos, Carol Trentini, Guisela Rhein, Claudia Michels) redesenhou a silhueta, destacando os ombros e abusou nas misturas de seda, tafetá, jeans, tules e estamparia digital de atlas celestes. Destaque para o neoprene usado como bodies, calças fit e golas. Espelhos e paetês-orbitais foram aplicados como pedrarias em saias, ombros e como detalhes de debruns em calças. Lu Catoira

Ramarim na Couromoda

admin • 12/01/10, 21:27

Ramarim Inverno 2010, lançamento CouromodaA Ramarim aposta na combinação do moderno com o extravagante na coleção de inverno 2010. A marca lança os produtos na 37ª Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro (Couromoda), que acontece de 18 a 21 de janeiro, no Pavilhão do Anhembi, em São Paulo, investindo em itens com construções diferenciadas para mulheres que gostam de sapatos irreverentes. A coleção passeia pelos anos 80, com destaque nas formas inusitadas, nos brilhos indispensáveis e nas misturas e contrastes dos materiais utilizados, investindo em cores variadas, desde as sóbrias, foscas e metalizadas até as mais coloridas e vibrantes, traduzindo o espírito da temporada em quatro propostas: É Rock! , Romance com Pimenta, Fetiche Contemporâneo e Nômade Urbana.