MARCA - US Top

worldfashion • 10/08/23, 14:34

A US Top volta ao mercado, pelas mãos de um dos maiores grupos industriais do País, a Cia do Jeans (*), o primeiro índigo blue brasileiro pede passagem resgatando ícones da memória afetiva daqueles que viveram a consolidação desse segmento no Brasil, desde a década de 1970 até o início dos anos 2000.

A Cia do Jeans, holding mineira responsável pela produção e comercialização de marcas como Wrangler e Vilejack, adquiriu este ano a marca US TOP da Alpargatas e desenvolve uma linha de produtos com o melhor da tecnologia têxtil disponível no mercado.

Focada em ícones como a calça de cinco bolsos, as jaquetas e as camisas, a US Top pretende reconquistar o mercado nacional e chegar em 2024 com 30 mil peças distribuídas mensalmente, em multimarcas de todo o País.

A nova US Top será produzida com matéria prima nacional no polo de Colatina (ES) onde a empresa mantém suas plantas industriais certificadas pelo selo OURO da ABVTEX - Associação Brasileira do Varejo Têxtil (**)  com tecnologia de ponta e processos de confecção e lavagem nos padrões ESG.

As calças seguem a modelagem reta, tradicional como as jaquetas, em tecidos denim 13,5OZ 100% algodão ou com mistura de elastano (com poucas lavagens), as calças sarja em 6 diferentes cores, terão ainda camisas e camisetas em meia malha e piquet fabricados em Santa Catarina.  Serão comercializadas em  lojas multimarcas no Brasil além das vendas on line, com duas coleções/ano Verão e Inverno, com grade aberta em tamanhos que vão do 36 a 48. A campanha de lançamento será toda digital.

Será uma autêntica “democratic label” ou seja, uma marca com preço justo (R$ 179,00 a R$ 199,00) e estará presente em todo o território nacional, com qualidade, informação de moda e o life style, que faz parte da sua história.

COMO NASCEU A MARCA US TOP

Essa história tem início com um projeto secreto desenvolvido pela Alpargatas, e internamente o nome dado foi US, referência aos Estados Unidos, onde o jeans já era um sucesso, sobretudo para o público jovem. O ano era 1972, e o consumidor brasileiro estava ansioso por uma calça que desbotava de verdade, como aquelas que já povoavam os filmes de cinema e as séries de televisão.
Até então, circulavam no Brasil marcas que tentavam imitar as grandes labels internacionais, porém sem o principal: o índigo. Era o caso da Topeka, produzida pela própria Alpargatas.
Quando os executivos da empresa discutiam qual seria o nome da nova marca, optaram por usar o Top (de Topeka) junto com o US, do projeto. E batizaram Top US. Mas a agência de publicidade, que atendia a empresa inverteu a ordem e nasceu US Top.
Em princípio sem concorrentes no mercado nacional, o primeiro jeans brasileiro rapidamente ganhou o coração e os corpos dos consumidores. Em tempos de liberdades vigiadas, a marca também aprendeu a dialogar com o seu público e inovou na comunicação.

TOP OF MIND

“Liberdade é uma calça velha, azul e desbotada”, ditava o jingle em propagandas de televisão estreladas pela juventude embalada pelo iê-iê-iê da Jovem Guarda, com os festivais de MPB e o cinema de James Dean e Marlon Brando.
Mesmo com a natural chegada de outras etiquetas, nacionais e internacionais, a marca trilhou uma estrada de sucesso sem par. Até 1995, momento em que já estava longe dos intervalos comerciais do horário nobre,  a US Top era Top of mind, ou seja, primeiro nome que surgia na cabeça do consumidor quando o assunto era jeans.

RETORNO DO CLÁSSICO COM RENOVAÇÃO

O jeanswear brasileiro, desde a criação da US Top, passou por intensas transformações. O varejo, os grupos empresariais, o marketing e as estruturas de produção atuam hoje em ritmo globalizado, na velocidade da comunicação digital. Mesmo assim, alguns valores resistem ao tempo. O mundo do jeans continua associado ao jovem, que hoje continua jovem em qualquer momento da vida. É uma questão de estado de espírito e não de idade. E acompanhamos as tentativas de ingresso no mundo do luxo, mas o jeans é um símbolo de pluralidade, democracia, despojamento ou outra convicção resgatada nesse mercado que é a ideia de vestir bem com preço justo. Não faz sentido, pagar uma fortuna, tampouco arriscar em um produto que não mantém suas características com o uso.
Por fim, o mercado está voltando o olhar, com especial atenção aos processos produtivos, de olho na responsabilidade com o meio ambiente e a sociedade. E desta forma o mercado foca para a retomada de clássicos, como aquele jeans mais encorpado, com corte reto, que desbota com o uso, como uma espécie de RG de quem usa.
Essa será sempre a receita da US Top!  “Liberdade é a calça azul e desbotada naturalmente” e não há melhor momento para o resgate, do jeans com o desbote único, pessoal e intrasferível para mais uma jornada de sucesso.

(*) Sobre a Cia do Jeans, é um grupo empresarial mineiro, foi fundada por Fernando Abras, em 1998, e no ano de 2002 foi licenciada para a produção e distribuição das calças Vilejack. Com o aumento da demanda, e a necessidade a empresa em 2011,  iniciou as suas operações no polo industrial de Colatina (ES), onde hoje concentra sua produção em fábricas com o melhor da tecnologia em confecção e um Centro de distribuição com 7,4 mil metros quadrados.  A experiência do licenciamento da marca Vilejack levou a Cia do Jeans a investir em um conjunto do marcas, assim em 2013 comprou a Vilejack e criou marcas próprias como a Scanner, focada em peças sustentáveis e a Jeans.com, marca com presença marcante no nordeste brasileiro, identificada com o público jovem, a partir dos 19 anos.   No ano de 2017, além das marcas próprias, o grupo deu início a importação, produção e venda da marca Enrico Rossi. Em 2018, a Cia do Jeans obteve o licenciamento da marca Wrangler, propriedade da VF Corporation.

A Cia do Jeans, emprega mais de 700 funcionários (entre diretos e indiretos), com produção na casa de 380 mil peças mensais no Espírito Santo e importa outras 45 mil peças importadas, constituindo um dos maiores conglomerados têxteis do Brasil, com crescimento anual em produção e faturamento em taxas sempre acima dos 15%.

(**) Selo ABVTEX Associação Brasileira do Varejo Têxtil surgiu com o objetivo de identificar as empresas participantes do Programa ABVTEX  representa o esforço setorial das redes varejistas para a implantação das melhores práticas de compliance entre seus fornecedores e subcontratados. Lançado em 2010, o Programa foi uma resposta da ABVTEX a favor do uso do trabalho digno na cadeia produtiva dos artigos de moda, e vem sendo aprimorado ao longo do tempo. A meta é tornar-se referência internacional nos próximos cinco anos. Inicialmente restrito à cadeia de fornecimento das varejistas signatárias, que aderem voluntariamente ao Programa assumindo o compromisso de auditar e monitorar 100% de sua cadeia e somente adquirir produtos das empresas aprovadas nas auditorias, o Programa ABVTEX ampliou o seu caráter inclusivo. A versão atual do Regulamento contempla a condição de realizar auditoria sem ter vínculo com varejista e ser classificado como “Auditado”. Oferecendo a possibilidade a todos os interessados em passar por auditoria e se habilitarem a fornecer às redes varejistas. Poderá ser utilizado por fornecedores e seus subcontratados durante o prazo de validade do Certificado de Aprovação, em acordo com as regras estabelecidas pelas Normas de Uso do Selo ABVTEX do Regulamento Geral. O Programa possui um Comitê Gestor para regular sua atuação e conta com o apoio de um Conselho Consultivo formado por entidades representativas da sociedade e do Governo. Os participantes reúnem-se periodicamente para analisar os avanços obtidos e apresentar valiosas contribuições para o aprimoramento do Programa.