TECNOLOGIA
worldfashion • 18/04/23, 10:18Não foi à toa que a BBC - British Broadcasting Corporation, elegeu o código de barras como “uma das 50 inovações que transformaram a economia moderna”. Desde a sua criação, em 1973, este simples código é utilizado atualmente em mais de 1 bilhão de produtos que são lidos nos checkouts no mundo todo.
O código de barras mudou para sempre a nossa experiência de compra no varejo. Apesar de parecerem todos iguais, cada código de barras identifica um produto de forma exclusiva. Graças aos padrões GS1, uma simples leitura conecta um produto físico a diversas informações ao longo da cadeia de suprimentos. Essa mudança proporcionou novas experiências para o consumidor, que passou a ter mais qualidade no atendimento e ser mais bem informado ao longo do tempo. Agora, uma nova transformação está em curso e traz resultados positivos para a qualidade de vida dos consumidores, além de muito mais agilidade e economia para as empresas.
E vem aí a nova geração de código bidimensional — 2D — tem mais capacidade de fornecer dados confiáveis e precisos a consumidores, empresas e agências reguladoras. Na área da saúde, proporciona mais segurança a profissionais e pacientes. O código 2D pode contar a “história” de um produto: de onde vem, dados nutricionais, composição, rastreabilidade e muito mais. Esse foi um movimento global, que teve início no fim de 2020, quando a GS1 iniciou o processo de transição dos códigos de barras tradicionais para o bidimensional, num trabalho conjunto com os principais players do setor de varejo. São mais de 20 países — incluindo China, EUA, Austrália e Brasil — que já iniciaram pilotos de sucesso.
Para João Carlos de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, “a transição para a nova geração de códigos de barras, o chamado código 2D, vai favorecer a cadeia de suprimentos com mais agilidade, eficiência, economia e rastreabilidade”.
O brasileiro conhece o código de barras desde 1983, quando entidades representativas de vários setores da indústria e do varejo se juntaram para promover a automação comercial. Foi criada então a Associação Brasileira de Automação Comercial (ABAC). Posteriormente, passou a ser chamada EAN Brasil e, mais adiante, Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil. São 40 anos de trabalho no País que contribui para o desenvolvimento de tecnologias e soluções para toda a cadeia de suprimentos, com o objetivo de inserir associados e parceiros numa rede global de crescimento contínuo e sustentável.
Durante essas quatro décadas, a GS1 Brasil apoiou vários projetos que colaboraram com a evolução na gestão de processos e de adoção de novas tecnologias. Essa forte atuação fez com que empresas de diversos setores da economia se tornassem mais modernas e eficientes. Além disso, o consumidor ganhou mais agilidade no atendimento e segurança ao ter acesso a informações qualificadas de produtos, fornecidas diretamente pelos donos das marcas.
Hoje, a GS1 Brasil conta com mais de 58 mil associados que representam 36% do PIB nacional e 12% dos empregos formais, com duas sedes no país, uma em São Paulo e outra em Brasília. O escritório do Distrito Federal tem como objetivo expandir a representatividade da organização junto aos órgãos governamentais em áreas de interesse público e privado.
A GS1, organização responsável mundialmente pelo código de barras, também evoluiu nas últimas cinco décadas para uma organização de padrões e serviços, atualmente presente em 116 países. A GS1 promove a transformação digital de empresas de todos os tamanhos e diversos setores, contribuindo para o desenvolvimento e modernização dos negócios.
As informações disponíveis sobre um produto nas prateleiras do mercado não se limitam mais apenas ao espaço físico das embalagens. Agora, o consumidor terá acesso a muito mais informações sobre o item que coloca no carrinho por meio das “embalagens estendidas”. Isso é possível graças à leitura do código 2D, que começa a conquistar espaço nos rótulos dos produtos. Ao apontar a câmera do celular para o código 2D, o cliente poderá acessar diferentes dados, inclusive todo o caminho percorrido desde a escolha da matéria-prima até chegar ao ponto de venda.
A utilização do código 2D tem sido cada vez mais presente na indústria de suprimentos, uma vez que ele permite a inserção de uma grande quantidade de informação. Com um smartphone em mãos é possível, em poucos cliques, saber detalhes sobre a produção, transporte, armazenamento e comercialização de um item com transparência, o que permite uma relação de confiança maior entre o fabricante, seu produto e o cliente.
O Índice GS1 Brasil de Atividade Industrial demonstra confiança da indústria neste ano ao mostrar crescimento em janeiro e fevereiro. Segundo esse indicador que mede a intenção da indústria de transformação em lançar produtos quando solicita o cadastro de códigos de barras, o setor que mais está programando novidades é o de vestuário.
Medido pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, gestora dos códigos de barras, o índice demonstra crescimento de 54,1% em fevereiro na intenção da indústria de vestuário em lançar produtos em relação a janeiro deste ano. Já no acumulado de 12 meses, o crescimento foi de 24,6%, o que demonstra um bom cenário para 2023. Para Virginia Vaamonde, CEO da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, “o resultado do índice de uma forma geral nos traz boas perspectivas para o ano com relação a intenção de lançamento de produtos e esperamos que esse otimismo se reflita para próximos meses.”
Entenda o índice
Índice antecedente de produção industrial que mede a intenção de lançamento de produtos no Brasil, por meio dos pedidos de códigos barras pelas empresas.
• ORIGINAL — dado bruto reflete as solicitações de GTIN mês a mês.
• DESSAZONALIZADO — série livre de efeito sazonal, exclui efeitos típicos de meses específicos e permite uma avaliação mais intuitiva de tendência do crescimento da série entre os meses (ex. comportamento histórico de aumento de pedidos por conta de datas comemorativas).
• O Índice GS1 Brasil de Atividade Industrial será divulgado:
• Todo 1º dia útil do mês
• Primeiro indicador antecedente de Indústria a ser divulgado
• Poder explicativo adicional — não direto — com significância estatística
• Relacionado com Inovação — portfólio de produtos das empresas
• Setores relacionados com CNAE — Divisão 10 a 33
• Número Índice (Base: média de 2012 = 100)
Com mais de 50 anos de experiência no mercado, a UnidaSul viu nessa tecnologia uma forma de aprimorar a relação de confiança com seus consumidores, e tornou-se exemplo na utilização do código 2D em suas embalagens. Além disso, a padronização para o uso do código pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil fomenta o vínculo entre o produtor e o consumidor final. Seja na apresentação do produto de maneira aprofundada, seja na criação da ponte de contato efetivo entre cliente e produtor para esclarecer dúvidas ou encaminhar sugestões. “No padrão GS1, os envolvidos na cadeia agroalimentar vão ter a capacidade de identificar essas informações, justamente por elas estarem organizadas e padronizadas”, destaca Douglas Figueiredo, gerente de produção da UnidaSul.
Além de proporcionar uma experiência mais completa na hora das compras, os códigos 2D inseridos nas embalagens têm impacto direto na rastreabilidade e no monitoramento de determinados produtos. Para os consumidores, isso significa ter acesso a informações sobre o produtor, a origem do produto, data de colheita, dados nutricionais expandidos e até mesmo possíveis promoções. Por meio dessa embalagem inteligente, o cliente pode saber de onde e como vêm os produtos que vão chegar até a sua mesa e tomar decisões mais conscientes sobre qual tipo de produto deseja adquirir.
Se para o consumidor final as embalagens estendidas servem como uma garantia maior de qualidade no que vai comprar, para a indústria ir além do código barras usual também tem um impacto direto nos atributos oferecidos pelas empresas. Dentro das possibilidades de rastreabilidade e monitoramento, permitidas por essa tecnologia, é possível destacar a transparência nas informações passadas para os clientes, assim como a eficiência na hora de identificar possíveis problemas na cadeia produtiva. Ainda, com a aplicação do código 2D é possível fazer a gestão da data de validade dos produtos e possíveis inconformidades, o que reforça a garantia da qualidade.
Atuante nos ramos do atacado, varejo e atacarejo, além de distribuição, fabricação, transporte e logística de bens de consumo, a UnidaSul trabalha para inserir as embalagens estendidas nos seus produtos do setor Frutas, Legumes ou Verduras (FLV). Em 2019, a empresa passou a integrar o Programa de Rastreabilidade e Monitoramento dos Alimentos (Rama), o qual visa trazer maior precisão na identificação da origem do produto, fortalecer boas práticas agrícolas e prover informação para todos os agentes na cadeia de produção alimentícia. O Rama foi criado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Sobre o Código 2D
O código 2D, como o próprio nome já diz, é um código bidimensional, que possui a capacidade de armazenar muito mais informações que o código de barras linear, como data de validade, lote, número de série, dados nutricionais, entre outros. Enquanto o código de barras tradicional carrega 13 dígitos, o bidimensional pode conter milhares de dígitos, além de permitir a impressão em uma área muito menor na embalagem. Estamos falando de uma verdadeira revolução tecnológica, possibilitando à indústria e ao varejo, físico ou digital, simplificar processos, melhorar gestão e controle de estoques, monitorar a data de validade, além de prevenir perdas. Para os consumidores, permite garantir a autenticidade dos produtos e a melhor experiência de compra.
Sobre a UnidaSul
Com mais de 55 anos de história, a UnidaSul atua nos ramos de atacado, varejo, atacarejo, distribuição, fabricação, transporte e logística de bens de consumo. Desde a união entre a Comercial Unida e a Comercial Rissul, em 2006, a UnidaSul conta com cerca de 7 mil colaboradores e atende diferentes pontos no Rio Grande do Sul com uma grande diversidade de produtos. Em 2019, a empresa passou a investir no rastreamento e monitoramento das mercadorias comercializadas — práticas que garantiram o Prêmio Automação 2002, da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil.
Sobre a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil
A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, é uma organização multissetorial sem fins lucrativos que representa nacionalmente a GS1 Global. A entidade conta com cerca de 58 mil associados que representam 36% do PIB nacional e 12% dos empregos formais. Em todo o mundo, a GS1 é responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços (Código de Barras e EPC/RFID) e comunicação (EDI e GDSN) na cadeia de suprimentos. Além de estabelecer padrões de identificação de produtos e comunicação, a associação oferece serviços e soluções para as áreas de varejo, saúde, transporte e logística.
da redação com informações da DFreire Comunicação e Negócios
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- tags: #ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE AUTOMAÇÃO GS1 BRASIL