Acessórios de moda

worldfashion • 03/08/21, 11:13

maxi-b-c-franciscrime4344-427x640Latinidade: a nova coleção do Atelier Chilaze é pura emoção. A inspiração? As atrizes latinas dos anos 1930/40 aos 1980/90, num percurso que vai da Hollywood pré-wartimes ao viradão dos noventa, no cinema cult espanhol do início da globalização.

Nessa bússola fashion, pululam as referências: das mexicanas que dominaram a cena no limiar do cinema falado, Dolores Del Rio (1904-1983) – protagonista de “Voando para o Rio” (Flying Down to Rio, RKO, 1933), produção passada na Cidade Maravilhosa, ambientada num Copacabana Palace recriado em estúdio e que lançou a dupla Fred Astaire e Ginger Rogers – e a temperamental Lupe Vélez (1909-1944) – terror dos maquiadores da MGM, que precisavam constantemente disfarçar as marcas de unha nas costas do seu marido, o atleta olímpico que encarnava o Tarzan do estúdio, Johnny Weissmuller (1904-1984) – à dominicana Maria Montez (1912-1951), rainha das aventuras classe B da Universal Pictures em produções kitsch como “As mil e uma noites” (1942), “Mulher Satânica” (1944) e “Rainha do Nilo” maxi-b-c-franciscrime4713-640x542(1945). Todas estrelas histriônicas e passionais, capazes de resolver rompantes na base de vasos de flores, cinzeiros e copos atirados a granel nas paredes, mas dotadas de morenice irresistível.

Ainda no imaginário inspiracional da Chilaze, a brasileiríssima Carmen Miranda – soberana absoluta do technicolor na 20th Century Fox e incomparável quando se trata de hipnotizar a plateia com irreverência, gaiatice e picardia – e, mais para frente, as espanholas Carmen Maura, Marisa Paredes e Victoria Abril, musas de Pedro Almodóvar em películas marcadas por um tão colorido camp quanto a cartela cromática dos filmes estrelados pela maxi-b-c-franciscrime5120-427x640Pequena Notável e por Maria Montez.

Fechando esse exótico casting, a voluntariosa, implacável e exuberante Maria Félix, à frente de “Doña Diabla” (1950), de quem a brand pegou o nome emprestado para batizar a nova fornada de peças. Fuego y pasión, no? Para estrelar a campanha, a grife convocou uma top model igualmente potente: a paulista Caroline Francischini – tão latina quanto Félix, Montez ou Miranda, do tipo que é pura perdição e hoje residente em Londres.

unnamedA diretora de estilo Claudia Chilaze (na foto ao lado em pé com a irmã Sandra) explica o porquê desse inesperado tema para a coleção: “Estamos todos precisando de escapismo para segurar a onda, após um ano e meio de pandemia. É necessário ficarmos todos ligados naquilo que está acontecendo no mundo à nossa volta, claro, mas também é preciso contarmos com uma válvula de escape. Quer coisa melhor que o cinema para isso?”. Ela finaliza o raciocínio: “Daí que, depois de três coleções pensadas em questões estritamente relacionadas à preservação planetária e ao empoderamento da mulher, escolhemos dessa vez trazer a emancipação feminina sob a epiderme do bom humor e paixão. Afinal, nossas peças e formas brincam com o colorido dos adereços usados por essas atrizes espetacularmente donas de si, dentro e fora das telas, naqueles anos.”

A diretora comercial Sandra Chilaze completa: “A sustentabilidade faz parte do nosso DNA no dia a dia, nos processos de produção das peças, no fomento junto às comunidades de artesãos, nas técnicas de reuso e no aproveitamento de materiais orgânicos não poluentes. Essa é mesmo a nossa rotina. Então, não precisamos falar disso o tempo todo. Podemos enveredar por outros assuntos, já que qualquer temática selecionada vai ser desenvolvida dentro desses princípios limpos.”

maxi-b-c-franciscrime4958-427x640No radar, os colares, brincos, aneis e pulseiras de bolas que viraram best-sellers na coleção anterior agora se desdobram em novas criações que evocam os adornos que marcaram os anos 1940, como os babilaques e maxi colares de Carmen Miranda, aliás, a primeira mulher a fazer uso não-bélico do acrílico nos saltos de sandálias-plataforma.

Como pesquisa, as formas destinadas pelos criadores da época aos primeiros plásticos usados em acessórios, como a baquelita, solução divertida para decorar colos, braços e dedos femininos numa era igualmente caracterizada pelo racionamento, como agora. Com um detalhe: ao invés daquelas pesadíssimas matérias-primas poluentes, que tal recriar essa atmosfera chique retrô através da levíssima resina produzida no Atelier Chilaze sem descarte, manualmente confecionada sem resíduos ou prejuízo ao meio-ambiente?

No destaque, bolsas em marcheteria com madeira de reflorestamento e resina, inclusive aquelas inspiradas nas obras de artistas plásticos brasileiros cujo colorido flerta com o technicolor – Eduardo Sued e Beatriz Milhazes.

maxi-b-c-franciscrime4641-427x640Para completar, novos modelos de bolsas e clutches em palha colorida com debruns contrastantes, com galões e barbicaches em padronagens neo-astecas, porta-celulares em crochê, correntinhas para máscaras, novas cores e formas de colares de elos e a ampliação da linha de pulseiras, além do homewear da marca, puro must have: cestaria, bowls, gamelas, sous-plats, descansos de mesa, luminárias, leques decorativos, tapetes, bandejas, boleiras e banquinhos em mix de pintura à mão e adereçamento com linha naturais e cordas de garrafa pet.

Serviço

Ficha técnica:

Direção de estilo Claudia Chilaze

Direção criativa, styling e cenografia Alexandre Schnabl para Scena Lúdica

Fotografia Ricardo Penna

Beleza Adriana De Bossens

Modelos Caroline Francischini (JOY) e Matheus Pereira maxi-b-c-franciscrime4978-640x427(Front)

Produção de moda Caio Nietzsche

Fashion film Celso Fontinelle para Insonia

Onde encontrar

Flagship: Rua Visconde de Pirajá, 547/202 - Ipanema - cel (21) 99528-2760

Centro: Av. Senhor dos Passos, 197 - tel (21) 2509-0092 / cel (21) 98458-9263

@atelierchilaze

www.atelierchilaze.com.br

da redação com informações de Alexandre Schnabl da Scena Lúdica Style Design Comunicação e branding

Volta ao mundo em 80 pixels

worldfashion • 15/03/21, 14:44

Por Alexandre Schnabl*

1093web-640x427Na mira do empoderamento feminino ao redor do globo – e tendo como alvo a ressignificação de abusos sofridos em diversas culturas –, o Atelier Chilaze embarca numa viagem de balão virtual, reimaginando a rota do clássico de Jules Verne

1146web-427x640A trip agora é digital. Pelo menos por enquanto. Na impossibilidade momentânea de alçar grandes voos por causa da desglobalização forçada, nos resta viajar diante da tela dos devices. Nos dois sentidos: no relaxing e no geográfico. Por hora, o mundo está literalmente – e apenas! – ao alcance do computador. Agora, os cartões postais se resumem a imagens de #tbt nos feeds do Instagram. Frustrante? Talvez. Ou estimulante, quem sabe? Pensando nisso, o Atelier Chilaze olhou para trás para pensar adiante: focou no passado mecânico de uma era pré-informática para refletir sobre o momento atual, se inspirando num dos maiores clássicos da ficção infanto-juvenil – “Volta ao mundo em 80 dias”, de Jules Verne, escrito em 1873 no limiar da 2ª Revolução Industrial.

A partir das peripécias do inglês Phileas Fogg e seu fiel escudeiro Jean Passepartout, protagonistas da obra-prima, Claudia e Sandra Chilaze refazem o percurso da narrativa com a devida licença poética, alterando o itinerário para recônditos relevantes em dias de responsabilidade social. O foco? O empoderamento feminino, questão que move a brand na criação de acessórios e homewear que promovem a autoestima. No seu balão virtual com levada steampunk, as irmãs movimentam a sua bússola rumo a localidades planetárias que têm a ver com o mundo que nos cerca, navegando em direção a paragens onde a posição da mulher é louvável e a outras nas quais as condições sub-humanas precisam ser denunciadas.

1412web-427x640Afinal, se agora impera trocar o flanar pelo engajar, que ele seja sincero. Até porque, nas mídias digitais, o engajamento muitas vezes é fake. Então, que tal substituir a vontade profana de obter likes pelo desejo genuíno de transformar o planeta? No roteiro dessa intrépida jornada, a nova coleção-cápsula do Atelier Chilaze é tanto metáfora para necessários avanços sociais em prol das mulheres quanto libelo para a supressão de comportamentos tóxicos que insistem em privá-las de um admirável mundo novo. Que urge agora, no novo normal.

Na trajetória dessa nova coleção, ninguém viaja sem eira nem beira: os ventos da moda sopram o dirigível on-line a culturas que, se por um lado são espetaculares por sua riqueza, podem ser consideradas primitivas pelo domínio patriarcal que ainda leva as mulheres à submissão e torturas. Físicas e psicológicas, capazes de causar cicatrizes irreversíveis. Ou ainda a modificações corporais à revelia, inaceitáveis em tempos atuais. Tais tradições encontram paralelo no nosso cotidiano urbano ocidental em intoleráveis hábitos arraigados no ambiente contemporâneo, como a discriminação de gênero, a violência doméstica, o assédio e a diferença de salário por sexo, corroborando, no âmbito da disputa entre os gêneros, com aquilo que o pensador evolucionista queniano Richard Dawkins definiu em seu “O gene egoísta” (The Selfish Gene, Companhia das Letras, 2007): a batalha entre os sexos sempre fará com que um tente submeter o outro, e o gene egoísta masculino teria se encarregado, ao longo dos tempos, de controlar o comportamento feminino para a sua supremacia.

1055web-427x640Diante disso, o que seria mais pré-histórico? Ou demodê? A mutilação da genitália feminina (MGF) – clitoridectomia, excisão e infibulação – em cerca de 30 países de regiões da África Subsaariana e da Ásia, ou a postura do Brasil, único país americano a se recusar a mencionar o termo “saúde sexual e reprodutiva” em um texto proposto por países africanos em julho de 2020, na ONU, para banir essa prática? A burca que leva à invisibilidade como forma de suprimir o desejo, o apedrejamento de mulheres em países regidos pelo Talibã, a amputação dos seus dedos por usarem esmaltes nas unhas ou o levantamento realizado pela organização britânica Womankind Worldwide de que a violência contra a mulher continua endêmica no Afeganistão, onde 60% a 80% dos casamentos consumados são fruto de transações econômicas (dotes) e 57% das noivas têm menos de 16 anos? Difícil definir qual a maior barbárie.

O que repudia mais? Reduzir a curiosidade de safári, na Tailândia, as mulheres-girafa da etnia Karen autobanidas de Myanmar, prontas a enriquecer agências de turismo tal qual um freak show, ou a dominação milenar das chinesas, tibetanas e coreanas por meio da deformação dos pés por ataduras e quebra dos ossos, desde a tenra idade, a fim de satisfazer fetiches masculinos? A constatação, através do estudo realizado em 2012 pela Reuters Thompson Foundation, de que a Índia é o integrante do G-20 no qual 0520web-427x640as mulheres mais sofrem discriminação pela crença de serem inferiores, sobretudo nas afastadas planícies no norte do país, ou a banalização dos estupros sofridos pelas cidadãs somali no campos de refugiados de Mogadíscio, após fugirem das regiões dominadas pelos militantes islâmicos da Al-Shabaab?

A pesquisa dessa nova cápsula de peças, lançada no mês que celebra a mulher, aponta para abusos seculares que servem de prelúdio para denunciar aberrações atuais – o feminicídio, racismo, misoginia, preconceito e a coerção que a sororidade ainda não conseguiu resolver no Brasil da Era de Aquário. Dessa forma, subverter é preciso: signos de sultanatos sociais que relegam a mulher a objeto são ressignificados pelo Atelier Chilaze à condição de empoderamento delas, numa digníssima inversão de valores, em imagens que valorizam a exuberante natureza planetária em sintonia com a essência feminina.  Trata-se da não-burka.

Por outro lado, esse mergulho aprofundado também aponta para localidades que, sem necessariamente serem paraísos, podem ser consideradas idílicas do ponto de vista da dignidade feminina. É o caso das tribos do Vale do Omo, no sul da Etiópia, com pouquíssima influência ocidental, mas presença solar da figura feminina. São mais de 50 etnias, povos como os Mursi, Hamer, Karo, Arbore, Suri e Surma, muito simples, mas de tradições únicas. Todos extremamente vaidosos, sem distinção de sexo, sobrevivendo da agricultura e pecuária de subsistência, e equivalendo, em isolamento, a populações amazônicas como os yanomamis. São pequenas culturas com características peculiares que, em comum, dividem do respeito à mulher à valorização dos adornos, a pintura corporal e a escarificação – decoração voluntária da cútis com desenhos em relevo criados a partir do talho na pele e o surgimento de queloides.

O Atelier Chilaze crê na potência de transgredir comportamentos descabidos. Mais que isso, leva fé na possibilidade de, com atitudes positivas e através da valorização da beleza plural, contribuir para a mudança necessária. Como diz o concierge interpretado por Ralph Fiennes em “O Grande Hotel Budapeste” (2014), de Wes Anderson: “Ainda resta um lampejo de refinamento na barbárie que se tornou a civilização”.

Comunidades de artesãs continuam sendo presença vital na criação da brand, em collabs bacanudas, seja no manuseio da palha, corda e bambu, na marcheteria da madeira com resina ou nos tingimentos orgânicos. São pólos espalhados pelo Brasil e exterior, que Claudia Chilaze garimpa com afinco para desenvolver sua moda consciente, traduzida em bolsas, clutches, chapeus, luminárias, banquinhos, cestaria e leques, cujo processamento final é executado na própria oficina, no Rio. Agora, além do Rio, Minas, Bahia, Ceará e Rio Grande do Sul, talentos locais do Maranhão, Pernambuco e até do Peru engrossam as fileiras de colaboradores do Atelier Chilaze.

0597web-640x427Na coleção, grafismos em preto & branco contracenam com cores sólidas e translúcidas,  em aspecto brilhante ou lalique, numa cartela de cores que transita entre a resina handmade manuseada sem descarte e as linhas e cordas naturais, usadas em alças, tiras,  borlas, barbicaches e macramês, evocando a luminosidade necessária aos tempos atuais. Peças geométricas se harmonizam com orgânicas, como pingentes de elefantes, para trazer boa sorte. É disso que todos precisamos.

* Alexandre Schnabl é sócio-diretor na Scena Lúdica Studio de Criação e Produção de Conteúdo, jornalista com larga experiência em moda, beleza, cultura e comportamento, profissional com ampla vivência áreas de comunicação corporativa, marketing de experiência, eventos e produção de conteúdo. Produtor de texto e imagem, com destaque nos segmentos de comunicação em geral, tanto no mercado publicitário quanto no meio jornalísto e no varejo. Especializações nas áreas de comunicação visual, merchandising visual, direção de arte e cenografia. Atuação de mais de 20 anos como docente e palestrante nestas áreas.

imagens: fotos

ACESSÓRIOS - JOIAS E BIJOUX

worldfashion • 23/07/20, 16:43

ATELIER CHILAZE

dsc_0774-640x424A empresa está na terceira geração da família que começou com importação de bijouterias nos anos 1940, fornecendo para lojas de departamentos –, e apostam cada vez mais no design autoral. Assim as irmãs Claudia e Sandra Chilaze hoje à frente dos negócios não param de criar e construir uma marca e já estimula e inclui a quarta geração nesta paixão que é o seu DNA.  Seu projeto de expansão foi impactado com a chegada da pandemia e precisou fechar provisoriamente a loja-matriz, no Centro Histórico do Rio, e retardar a abertura da flagship em Ipanema, cujo término da obra coincidiu com o início da quarentena, em março. Abortou a presença nas edições de primavera-verão dos salões de negócios na Bijoias, na capital paulista, e no Minas Trend, em BH, ambos cancelados. E ainda precisou lidar com o fechamento momentâneo, por conta da interrupção das atividades causada pelo coronavírus, da multimarcas Bemglô, tocada pela atriz Gloria Pires e a ex-modelo Betty Prado em São Paulo.

dsc_0802-640x424Nesses quatro meses de confinamento, deu prosseguimento à construção de sua imagem, assim como ao desenvolvimento de novas minicoleções junto aos pequenos artesãos e cooperativas Brasil afora, para manter a economia ativa, atendendo o público de atacado e de varejo pelas mídias sociais. Agora, além de reabrir a loja de fábrica, a Chilaze acaba de inaugurar loja-conceito em Ipanema na contramão do mercado, enquanto antecipa o projeto do e-commerce, a ser lançado em agosto, diante do aquecimento de vendas pelos canais on-line, como direct e whatsapp.

dsc_0797-424x640“Percebemos a pandemia como oportunidade. Claro que ela impactou nosso business. As vendas só não caíram 90% porque a nossa linha home cresceu com o interesse das clientes em cuidar mais da casa, por conta da reclusão. Foram quase quatro meses fisicamente fechados, mas vimos a pausa como uma etapa construtiva para planejar a expansão do negócio. Chegamos a um patamar de 75% de queda, mas preferimos manter os artesãos trabalhando, tanto os internos quanto os espalhados pelo país, com os devidos cuidados sanitários. Eles precisam comer, pagar boletos. Se cada um fecha as portas durante a pandemia, o treinamento dispensado a eles vai para o brejo, pois investimos em capacitação e leva tempo para montar essa cadeia produtiva”, analisa Sandra Chilaze, diretora comercial da grife. “Mas demos um pouco de sorte: nosso produto carrega um valor afetivo que vai ao encontro daquilo que o consumidor procura hoje. Nesse período em que os nervos estão à flor da pele, investimos na comunicação através das mídias digitais criando um canal de conteúdo para ampliar a percepção de que somos uma grife positiva, pelos processos de produção e pelo tipo de produto que oferecemos”.

dsc_0827-424x640Com relação a abertura da nova loja em Ipanema, Sandra é contundente: “Não adianta ficar parado. A loja estava pronta, arquitetura entregue após o carnaval pelo escritório Amigarquiteta, da Luciana Cortes e da Graziela Oliveira. Não havia como retroceder. Força na peruca e bola para a frente. Vendemos sete toneladas de resina por ano e isso nos dá certo fôlego. Ao invés de finalizarmos o projeto de merchandising visual com a Scena Lúdica de uma vez só, fomos amadurecendo durante a reclusão. Acabou ficando melhor porque a crise estimula a criação”.  A nova loja prioriza o bem-estar, reflete o novo life-style carioca surgido com a crise. A busca pelo aconchego do lar, proporcionada pela segurança doméstica durante a pandemia, virou matéria-prima para a concepção visual da flagship. “O medo da doença foi massinha de modelar para se chegar ao resultado. É um espaço altamente cenográfico, mas sincero. O foco é emocional, pois oferecemos autoestima, tanto nos maxi acessórios e bolsas quanto nos itens para a casa”, afirma a diretora de estilo Claudia Chilaze. “Não vendemos mercadoria, ela vem a reboque. Na loja, a cliente encontra uma narrativa sobre qualidade de vida, conectividade com o planeta, respeito à diversidade, apreço pela sua beleza e admiração pelas diferentes culturas ao redor do globo. Tudo embalado por um verniz carioquíssimo, pois nos valorizar também significa cuidar do Rio, nossa cidade de coração”.

dsc_0863-640x424O mobiliário criado com madeira pinus com certificado de reflorestamento, a displayagem enfatizou o life-style orgânico e seguro. “O afeto predomina sem pieguice. Lembra aquele desenho da Pixar  ‘Ratatouille’, no qual o ratinho chef de cuisine criava os pratos usando as memórias da infância? De cabo a rabo, a estante remete aos engradados de caixotes dos antigos mercadinhos. Os acessórios são pendurados em hastes como se fossem ferramentas de uma oficina retrô. Usamos samambaias e avencas que nos fazem recordar a casa da avó. São preservadas por processos artesanais, algumas delas penduradas por suportes em macramê. Tudo bem natural. O handmade foi nossa bússola, junto com a iluminação quente e indireta, com toques de penumbra relaxante, como se a cliente estivesse num bosque. Quase o clima de uma sala de terapia holística porque as pessoas precisam recuperar o seu prumo”, destaca Claudia. “Valorizamos o reuso da alvenaria e do piso, que já existiam. É vital evitar o descarte. Fazemos isso nas coleções, por que não no ponto de venda? É sensato. Para completar, meu marido atua no comércio de produtos de higiene para hospitais; optamos por usar itens de última geração na assepsia da loja, como os lenços do desinfetante hospitalar da Eco Master, além de álcool gel de praxe e do álcool isopropílico”.

dsc_0851-640x424No dressing, além de sons da floresta na trilha e o aroma refrescante de capim-limão, a  preocupação foi intensificar a percepção da marca enquanto criadora de moda consciente inspirada pelo handcraft global, mas bem brasileira. Detalhes como pufes rústicos e futons sobre cadeiras de resort, daquelas usadas em balneários chiques como os Hamptons; frases de estima adesivadas nas paredes e vitrines; delicados espelhos pendurados com fios de couro para a consumidora flertar consigo própria; esculturas-instalação de cestaria nordestina; grafismos P&B fruto da observação da cultura marajoara; e dsc_0871-640x424cestos com novidades para a cliente garimpar, tipo os souks do Marrocos ou Istambul. No arremate, tapetes de palha da coleção compõem o piso, criando cantinhos de relax, além de fotos da coleção para colorir o ambiente, nas estantes e em cavaletes antigos de pintura. “Criamos um cenário que pode ser inspirador para a vida. Sensorial, mas real. Apostamos no hibridismo cultural pois o mundo é diverso, mas um só. Temos que nos unir”, finaliza Claudia, seguida por Sandra, acerca de sua menina dos olhos: “Como ser transparente é fundamental, na área de serviço criamos um mini ateliê para receber as clientes. Elas vão poder conferir de pertinho aquilo que está por trás da loja, como estamos produzindo. Ali desenvolvemos peças customizadas, alças de bolsas exclusivas em macramê. Revelamos novidades que ainda serão lançadas em primeira mão: nossos moodboards e inspirações estão afixados num painel rústico. Tudo num cenário instagramável com direito a backdrop pop-tropical. Estamos amando receber as fãs da marca nesse contato mais intimista, sem aglomeração”.

da redação com informações da Scena Lúdica  imagens: fotos/divulgação

Thirty Seven Trend

nathalie-serafin-375x500A empresa surgiu através do conceito criado pela estilista Susie Faux na década de 70, chamado armário capsula. Segundo a estilista, poderíamos aprender a viver com menos e de forma mais sustentável através de um guarda-roupa reduzido a 37 peças, que poderiam ser substituídas a cada três meses - desde que, ao comprar uma nova peça, a antiga fosse vendida ou doada.Inspirada nesse conceito slow fashion, a Thirty Seven Trend se apresenta como um marketplace pensado para aqueles que – assim como nós! - querem fazer escolhas melhores em busca de uma vida mais consciente e sustentável. Fundada por Nathalie Serafin, que é graduada em Négocios e Marketing e pós-graduada em Design e Modelagem pela Esmod, uma das escolas mais tradicionais da França, a Thirty Seven Trend é um marketplace que visa promover marcas brasileiras que seguem a filosofia do consumo consciente e de moda sustentável. Aqui, reunimos produtos com qualidade que são feitos com baixo impacto ambiental

Quem produz suas joias e bijoux? Cada vez mais, é comum nos questionarmos sobre a origem e condições de produção de nossas roupas, sapatos e bolsas. O consumo consciente, ligado à filosofia slow fashion, se apresenta como a alternativa viável para aqueles que buscam por uma sociedade mais empática e sustentável. Mas e quando falamos de acessórios? “Apesar de tratadas como artigo de luxo, muitas vezes a origem de nossas joalherias é esquecida. Mas, hoje, existem muitas marcas que fabricam sob demanda, de forma artesanal e respeitosa ao meio ambiente”, afirma Nathalie Serafin, estilista e CEO da Thirty Seven Trend, marketplace voltado para marcas slow fashion.

Na Thirty Seven Trend, Nathalie fez uma curadoria cuidadosa, selecionando marcas de joias e bijouterias com design autoral, produção artesanal e consciente. “São ótimas alternativas para quem busca um acessório diferenciado, exclusivo e durável”, comenta.

11Brinco Círculo Mini Pérola  em prata 950 e pérolas de água doce, Brinco Botânica Buque com mini flores de prata 950, pérola de água doce e textura em pó de prata e  Bracelete Botânica Buquê, regulável. Com mini flores de prata 950, pérola de água doce e textura em pó de prata. Todos feitos a mão pela Beatriz Najim Jewllery marca de joias atemporais e contemporânea. Todas as peças são desenhadas e confeccionadas pela proprietária da marca, que cria brincos, colares, braceletes e outros acessórios totalmente exclusivos para a Thirty Seven Trend

22Brinco Crisântemo feito a mão com flores naturais. Pingente de 2 x 2,5 cm. Colar Crisântemo com pingente de 2 x 2,5 cm. e corrente banhada a ouro e Brincos Cubo Borg, produzidos com resíduos de corian. Pino e rosca de aço cirúrgico. Mais jovial, a NOVI surgiu com inspiração no filme de Stanley Kubrick, “2001: Uma odisseia no espaço”. A marca busca, em suas criações, trazer a conexão perdida entre homem e natureza, através de suas joias em resina, flores naturais e ouro. Com produção totalmente artesanal e brasileira, é uma ótima forma de homenagear os artistas locais, e estão na Thirty Seven Trend

31Colar Líquen uma ótima forma de se conectar com a natureza. Feito de galho e resina, o pingente tem 9 cm., Colar Triângulo com pingente de madeira de reaproveitamento e resina, e corrente de latão e Brinco Prisma que utiliza madeira reaproveitada.  A marca de acessórios Jéssica Debortolo, por sua vez, tem como objetivo reutilizar e ressignificar materiais descartados. A madeira é a matéria-prima principal, mas durante essa busca por preciosidades, a artista agregou descarte de espelho, líquen, galhos, sementes e diversos outros materiais em suas produções exclusivas para Thirty Seven Trend

logo“Essas marcas expressam o DNA da Thirty Seven Trend, que busca mostrar que é possível aliar estilo, elegância e responsabilidade ambiental, em busca de um consumo mais consciente e humano”, expressa Nathalie Serafin.

da redação com informações da DC33 Comunicação  imagens: fotos/divulgação

Rommanel

511979-426x6401A empresa está entre as mais importantes marcas de joias folheadas do mundo é uma empresa voltada para valorizar as pessoas e transformar sonhos em realidade. Traduz isso em seus mais de 3.000 modelos de joias folheadas a Ouro 18K, Rhodium, Rhodium Negro e joias em Aço. A moda é um dos pilares de atuação da empresa, desta forma possui profissionais que pesquisam as principais tendências e as traduzem em novos modelos 525737-426x6401de joias, assim como os licenciamentos da atriz Gio Antonelli, da apresentadora Ana Hickmann e da dupla Simone & Simaria, além da própria linha da marca que conta com celebridades como garotos propaganda. Por respeitar o consumidor, as joias Rommanel são 541989-426x640hipoalergênicas a níquel e buscam a excelência em design, acabamento e durabilidade, resultando em um produto que se tornou referência em mais de 20 países. Para isso, conta com um moderno parque industrial com equipamentos capazes de realizar esses sonhos sem agredir o meio ambiente.

Com a o objetivo de movimentar seu e-commerce e oferecer produtos desejados, por preços mais acessíveis, a Rommanel, uma das mais importantes fabricantes de joias folheadas do país, anuncia o “Outlet Rommanel”, uma ação especial para suas consultoras. A primeira seleção de produtos conta com um mix de joias variadas, das clássicas às mais modernas, e com descontos imperdíveis. O outlet foi criado para ofertar às consultoras, possibilidade de compra de itens de coleções que deixaram de ser vendidas, mas que não deixaram de ser desejadas. Periodicamente, a seleção dos produtos será substituída com uma curadoria feita por temas, como: masculino, infantil, clássicos, pérolas, presentes, etc.

Para acompanhar esse e outros lançamentos e ficar por dentro das próximas novidades da Rommanel, siga e acompanhe o perfil da marca no Instagram

da redação com informações da Helena Augusta Assessoria de Comunicação  imagens: fotos/divulgação

Atelier Chilaze

worldfashion • 19/02/20, 10:55

claudia-e-sandraApós o sucesso da apresentação da coleção do Atelie Chilaze no desfile do Sindijoias, no Minas Trend, em outubro passado, as irmãs Claudia e Sandra Chilaze (na foto de Marcel Streich) - da terceira geração da família que começou com importação de bijouterias nos anos 1940, fornecendo para lojas de departamentos –,  apostam cada vez mais no design autoral.

0372-chilaze-m4687A bola da vez é a coleção Eletrozônia, que traz peças que reinterpretam as culturas tribais do Alto Xingu, combinando resina processada artesanalmente, sem produção de descarte, com matérias-primas naturais, ao lado de best sellers da brand: maxicolares, correntes de elos largos, brincos e pulseiras em uma variedade grande de cores. E ampliam as propostas em linhas de homewear, de cestaria, e de bolsas confeccionadas em bambu, palha e corda tingidos artesanalmente, arrematados por detalhes como aplicações em madeira e alças em macramê ou resina, e à partir de agora as peças podem ser adquiridas em São Paulo no corner na Bemglô Rua Oscar Freire 1105, um espaço de multimarcas paulistana de Gloria Pires e Betty Prado que foca na moda chique sustentável. E no Rio a grife, que dá sequência a uma história de varejo familiar de mais de 70 anos, inaugura, após o carnaval, a sua primeira loja-conceito no coração de Ipanema, bairro carioca que faz parte da sua trajetória.

1-480x640Os novos pontos de venda vão reunir tanto as linhas de maxi colares, braceletes, viseiras e bolsas quanto as de aneis couture e de decoração – novidades! –, solidificando o crescimento da marca, que anda colhendo bons resultados na contramão do mercado. “Neste último trimestre, nossa participação nas feiras foi significativa”, afirma Sandra Chilaze, diretora comercial: “Crescemos 20% no Minas Trends e 18% na Bijoias, entre outubro e novembro”, completa, enquanto se prepara para abrir flagship no coração de Ipanema

Como destaque, a carioquice de suas criações, que valorizam o mix de exuberância, brasilidade e sustentabilidade. Até aquilo que começa como livre exercício criativo, de experimentação, vira sucesso. Por exemplo: explodiram em vendas os espelhos exclusivos com revestimento de corda e os cestos decorativos naturais. Todo o estoque levado para o Minas Trend acabou bem antes de o salão de negócios terminar. “Nossa linha inspirada na Amazônia, “Eletrozônia”, teve ótima aceitação e se destacou na passarela do Sindijoias, pelo colorido e acabamentos. Agora, ela vai direto para a Bemglô”, ressalta Claudia Chilaze, diretora de estilo da grife.

Em 2013, quando a grife começou a produzir peças em resina – hoje carro-chefe da brand –, foi  selecionada pela curadora Ana Luiza Pessoa de Queiroz para participar do evento que celebrou a moda brasileira  – “Le Brésil Rive Gauche” –, no Le Bon Marché, uma das mais tradicional loja de departamentos parisiense. Foram 120 marcas escolhidas a dedo, dentre elas, gente graúda como Lenny Niemeyer, Osklen, Farm, Phebo, Granado, Adriana Barra, Schutz, Melissa e Havaianas. O interesse dos franceses pelas peças do Atelier Chilaze acabou garantindo um pedido de 2000 peças feito pelo magazine, e ainda abriu frentes de exportação para clientes europeus, como a Polônia.

atelier-chilaze-divulgacao-10528-chilaze-m4866-qA criatividade de Claudia Chilaze é inesgotável, ela acaba de desenvolver novos itens da linha de correntes, atualizando o design dos aros de resina, além da Linha Gumos, com peças foscas, em textura lalique e em colorações naturais, que se inspira nas terapias corporais feitas com pedras vulcânicas.

“A massagem com pedras quentes é uma terapia milenar usada tanto por chineses e monges budistas quanto indígenas sulamericanos em rituais sagrados e de cura, que envolve todos os sentidos porque inclui óleos aromatizados. Percebi que o bem-estar que esses procedimentos proporcionam ao corpo e à alma tem a ver com a autoestima que nossas coleções estimulam nas mulheres. O calor, o contato e a pressão da massagem liberam endorfina e serotonina, causando a mesma sensação de felicidade que nossas clientes têm quando se olham diante do espelho, ao portar uma criação nossa”, filosofa Claudia Chilaze, que finaliza: “É um processo de embelezamento que surge a partir da autodescoberta e da aceitação. A mulher que usa um acessório Chilaze ou já descobriu seu empoderamento ou segue plena nessa rota. Além disso, fiquei surpresa quanto tive o insight que me permitiu vislumbrar o quanto as rochas vulcânicas usadas nessa terapia, o nosso design e as textura que desenvolvemos com a resina convergem numa mesma plasticidade”.

As peças da Atelier Chilaze, estão pelo Brasil, principalmente nos estados de Pernambuco, Alagoas, Distrito Federal, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina,

da redação    com informações da Scena Ludica Style Design / Alexandre Schnabl e Janete Santos            com imagens: fotos da Agência New Age