Feminilidade e fetichismo marcam primeiro dia de SPFW

admin • 17/01/10, 23:54

Abrindo oficialmente os desfiles das coleções para o inverno 2010 da São Paulo fashion Week, a Cavalera levou os fashionistas para a Galeria do Rock, um dos locais mais hypados e tradicionais do centro da capital paulista. Embalada pela bateria pulsante de Igor Cavalera, a marca abusou do estilo sexy e roqueiro, trazendo um jeanswear resinado com aspecto metalizado ou black de efeito marmorizado, uma alfaiataria estilosa e transparências, corseletes e brilhos, especialmente para elas, num mix de cores escuras combinadas a outras vibrantes.

Já Oskar Metsavaht, da carioca Osklen, apresentou uma coleção com um forte apelo conceitual, recheada de imagens marcantes que, apesar de impressionantes, especialmente pela precisão das construções rígidas e tridimensionais, provavelmente não chegarão às araras das lojas. Arquitetônicas, as roupas passeiam em tecidos como um pesado feltro de lã, rayon, couro ecológico e shantung de seda. Destaque para o tricô em pontos rústico de peças amplas com capuzes, além de outras rorosa-cha-inverno-2010-spfw-foto-divulgacao-fotositeupas estampadas com folhagens em cores delicadas.

A jovem designer Priscila Darolt desfilou uma coleção enxuta, com apenas 13 looks, composta apenas de vestidos que são desenhados sobre corpo com formas tipo corselete desenvolvidas a partir de faixas, velcro, cadarços de algodão, passadores de borracha, telas de algodão, couro e camurça, se contrapondo a leveza de outros em seda com lindas e delicadas estampas de orquídeas aplicadas estrategicamente sobre a peça, numa clara dualidade entre a força e a fragilidade feminina.

A FH de Fause Haten desfilou no corredor lateral do segundo andar do pavilhão da Bienal, apostando fortemente na sobreposição de peças. As roupas carregavam um forte perfume vintage, mesclando estampas de pele de bichos, brocados, adamascados, peles falsas e muito, muito tecido, o que o estilista chamou de um exercício de liberdade. Detalhe, a trilha foi executada ao vivo por uma banda de jazz trazendo nos vocais o próprio estilista, quase que irreconhecível, usando a mesma peruca das modelos do desfile.

Mário Queiroz, designer de moda masculina, buscou inspiração na cidade de Londres para desenvolver roupas para um público jovem e moderninho, que adora sobreposições discretas de moletom, camisas ou camisetas e um jeans confortável com lavagens atuais. Sem sair de sua zona de conforto, Mário investe na estamparia para dar um up na estação como traçados do mapa ou símbolos do metro da capital inglesa aplicados sobre denim ou algodão.

A Rosa Chá, sob a batuta de Alexandre Herchcovitch, olhou para as roupas de mergulho e para a lingerie para criar uma coleção com um toque fetichista composta por maiôs, biquínis, tops, macacões justos, casacos, saias, vestidos e blusas na qual o fio condutor é a renda. As peças em tons de pele e preto carregam ainda cristais, recortes e formas que invocam os anos 50, perfeitamente adequadas para as pin-ups do século XXI, acompanhadas de outras com estampas vibrantes numa verdadeira explosão de cores. Abrindo e fechando o desfile, a bela top americana Chanel Iman.

Fechando o primeiro dia de desfiles, a  Colcci, sem Gisele Bündchen, que acaba de ser tornar mamãe, convocou Alessandra Ambrósio e Izabel Goulart para desfilar uma coleção no qual o jeanswear ainda é a vedete, acompanhando ponchos e maxi pulls, embaladas por um perfume folk ou setentista, tudo com um apelo para lá de comercial. Henriete Mirrione

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