3ª EDIÇAO DA TRAMA AFETIVA
worldfashion • 30/08/19, 10:50“Um novo passo rumo à Economia Circular”, este foi o tema da Trama Afetiva 2019, com a participação de 13 profissionais previamente selecionados de várias regiões brasileiras, como os paulistas Guilherme Diniz (estilista, mestre em design têxtil e moda e educador), Juliana Yoshie (designer de moda), Luccas Morais (designer gráfico), Lucas Navarro (DJ, produtor e performer), Paloma Gervasio da Silva Botelho (stylist e idealizadora do Projeto Afro: Passado, Presente e Futuro), Rafael Silvério (designer de moda), Renata Dias Nascimento (costureira), e Vinicius Valério Teixeira (designer de produto e diretor de arte) e e Stephan Maus (designer de moda e fundador do projeto Botão de Flor). Vindos de fora de São Paulo, estão: Maira Gouveia (artista têxtil e designer), de Minas Gerais; Mauricio Duarte (estudante de moda) é do Amazonas; Renata McCartney, (designer de interiores) atua no Paraná e Vinicius Almeida (designer de moda), que é do Rio de Janeiro, que participaram de uma verdadeira imersão sensorial e criativa ao serem desafiados a trabalhar colaborativamente com uma nova matéria-prima - um feltro feito a partir da desfibração de peças que retornam por motivo de trocas realizadas nas lojas da Cia. Hering -, que foi submetida a um novo processo de tecelagem industrial com a tecnologia da empresa paulista Feltros Santa Fé.
“Percebemos a evolução do evento até mesmo pelo perfil dos inscritos”, analisa Jackson Araujo, que divide a direção criativa e de conteúdo do projeto com Luca Predabon. “Foram quase 300 nomes, de todas as regiões brasileiras, de diversas áreas da indústria criativa, como artes plásticas, fotografia, dança, design, artesanato, ou seja, uma pauta que se mostra atraente para profissionais e estudantes de diversos segmentos culturais”.
No encerramento na última sexta feira (23 de agosto) no Centro Cultural São Paulo, contabilizava que o evento estabeleceu como um festival multicultural, ao ocupar o Centro Cultural São Paulo, um espaço de convergência artística e social da capital paulistana, batendo recorde de visitantes com mais de 600 pessoas nas diversas atividades realizadas - como oficinas, masterclass, painéis, exposições, filme e shows -, aí incluídas uma média de 20 atividades abertas e gratuitas para o público em geral.
Dentre os participantes: Carla Tennenbaum (designer de criadora da plataforma Ideia Circular); Fióti (músico, produtor e empresário sócio do irmão Emicida na Laboratório Fantasma); Katia Ferreira (empreendedora social, criadora e diretora do Instituto Proeza/Apoena); Dani Leite (criadora da plataforma Comida Invisível de ativismo contra o desperdício de alimentos); Sergio Bispo (criador do coletivo de catadoras e catadores Kombosa Seletiva); Flavia Durante (jornalista, DJ e criadora do bazar PopPlus especializado em moda para corpos gordos); Adriana Tubino e Itiana Pasetti (criadoras do negócio social Revoada); Lucas Corvacho e Jonas Lessa (criadores da Retalhar, negócio de impacto que integra a vida têxtil ao utilizar o reaproveitamento de resíduos como ferramenta para valorizar pessoas); Celina Hissa (designer e criadora da marca social Catarina Mina); Gustavo
Silvestre (designer, artista e criador do Projeto Ponto Firme); Regina Ferreira (CEO da agência Hutu Casting); Carol Gavazzi (CEO da agência Matilda.My); Pri Bertucci (Artista social, fundador e CEO do [SSEX BBOX], que há mais de 10 anos pesquisa e materializa produções sobre gênero e sexualidade); Samantha Souza (Gerente de Impacto Social na Gastromotiva), Henrique Huiz (coordenador da plataforma Cataki); Vicente Perrotta (estilista e criadora do Ateliê TRANSmoras); Patricia Centurion (designer e representante do negócio social holandês I DID).
Para Araujo, o grande legado dessa edição foi o fato de “potencializar o coletivo e entender que ele é mais importante do que a individualidade”. Segundo o diretor do evento, “mobilizar pessoas em torno da sustentabilidade é uma forma de reafirmar que a moda não é mais sobre roupas, mas sim sobre pessoas. Conectamos de pequenos coletivos a grandes marcas e ações para fortalecer a ideia da formação de uma rede de pessoas que conectam pessoas para potencializar as transformações socioambientais”.
Outro importante diferencial dessa edição foi incluir atividades que evidenciaram a importância da representatividade social e de gênero dentro dos processos criativo, produtivo e de consumo. “Não podemos falar sobre resíduos têxteis ou sólidos sem mencionar o resíduo social, ou seja, os discursos e corpos ainda invisibilizados pela moda, como corpos negros, transvestigêneres e gordos, para citar alguns. Estamos sempre ampliando nosso foco de pesquisa para fortalecer as reflexões sobre origens, identidade e representatividade. Temos que perceber que a transformação da indústria, na busca por processos que contribuam para a regeneração do planeta através do reaproveitamento, parte do princípio de cuidado com as pessoas”, conclui.
O resumo de todo o trabalho, reunindo o conteúdo e metodologias desse novo paradigma de produção e consumo, será alvo de uma publicação a ser distribuída, gratuitamente, para escolas públicas e entidades privadas sem fins lucrativos voltadas para a educação e arte, assim como disponibilizado para download gratuito na internet.
da redação com as informações da NAMÍDIA Comunicação imagens: fotos/divulgação
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