MAISON & OBJET

worldfashion • 04/03/24, 10:48

Por PhD. Sylvia Demetresco
O evento realizado em Janeiro último celebrou seus 30 anos, com 2.500 expositores que apresentaram as tendencias do salão, para mais de 86 mil visitantes. A curadoria por conta de Mathieu Lehanneur, apresentou o seu projeto “Outonomy”, homenageando o tema do salão TechEden, que idealiza um futuro re-encantado, aliando harmoniosamente tecnologia e natureza. (futuro do Habitat, futuro do Retail, futuro da Hospitalidade). O TECH EDEN, tema da temporada, gira em torno de locais reinventados nos setores comercial, residencial e hoteleiro. Espaços onde a natureza estará muito presente, nem sempre no sentido literal, mas por vezes digitalizada, nos universos – água, vegetal e mineral. Uma mistura entre natureza e tecnologia, algo para re-encantar a sustentabilidade e tornar o nosso futuro desejável!
Mélanie Leroy, diretora da Maison&Objet, sublinha o compromisso da feira em estar no centro das questões atuais e futuras, conectando criatividade, inovação e responsabilidade ecológica.
Rumo a um futuro sustentável e desejável o “Tech Eden” tem o objetivo de destacar a evolução da relação entre ciência e natureza, e projetá-la para um futuro sustentável e desejável.
Nesta edição, Mathieu Lahanneur, designer do ano, monta o seu projeto “Outonomy”. Ele fala da hibridização de espaços públicos, do despertar do bem-estar, nos espaços com experiências sensoriais, locais de espera otimizados tais como aeroportos, estações ferroviárias e, traz a ideia da necessidade de misturar natureza x tecnologia imersiva.   Mathieu Lehanneur cujo escritório é La Factory, projetou a chama olímpica para os jogos de Paris e como convidado de Maison & Objet criou o projeto Outonomy que é um ecossistema de habitat isolado tal como: o iglu, a cabana, ou a oca, ao combinar as nossas necessidades e as tecnologias atuais. Outonomy tenta responder à pergunta: do que preciso realmente?…”.
O lançamento do setor “Bem-estar e Beleza”, combina rituais de bem-estar e inovações tecnológicas suaves, criando uma fusão entre ambiente natural e tecnologia. A ideia é criar espaços sensíveis, oníricos e benéficos compartilhados na temática “Tech Eden” que oferece experiências entre a realidade e a ficção, passeios virtuais, inovações sensoriais pelos espaços da feira.   What’s new? “O que há de novo? in Retail” torna-se um verdadeiro think tank omnicanal (laboratório de ideias); in Decor” explorará o potencial transformador da residência privada; in “Hospitality Lab” oferecerá cápsulas de fuga biofílicas, imersivas e inovadoras.
As outras impressões que ficam é que há um imenso retorno ao over, muitos produtos e muitas cores misturadas, dando a impressão de algo cheio de luz e cores, quase kitsh, que já aparece até em lojas e vitrinas. O Soft, o fofo que surge como uma volta à infância e aos bichos de pelúcia em vários universos como a impressão de texturas delicadas em materiais brutos, cerâmica, ferro, metal. O étnico, que na feira vem com o tema Unique Ecletic, com um olhar para o artesanato, o brechó, o rústico e natural, tanto no têxtil quanto no mobiliário.

VISUAL MERCHANDISING

worldfashion • 10/05/23, 09:53

ECOALF
By PhD. Sylvia Demetresco
A empresa Ecoalf, de Madri, conhecida por criar coleções esportivas com roupas 100% feitas de produtos reciclados, em cujas coleções não usam nenhuma matéria bruta, preocupada em criar um link entre sua história, sua materialidade e seu discurso, quis criar uma loja que seguisse seu lema.
Sua fala emblemática é: “BECAUSE THERE IS NO PLANET B”
Para continuar nesta pegada a Ecoalf chama o escritório Nagami para realizar sua nova loja no shopping fora da cidade, Las Rozas Village, em Madri.
O conceito é usar o mesmo ideal, de utilizar materiais recicláveis, para a criação da loja. Foi um projeto milimetricamente estudado e realizado por máquinas de impressão impecáveis e nos mínimos detalhes. Tudo se ajustou antes da montagem da loja. Paredes, prateleiras, mesas, expositoras tudo realizado com plástico reciclado, em impressão 3D.
Foram 3,3 toneladas de plástico retirado do mar. Tudo para reduzir as emissões de CO2; o espaço é todo reciclável. A loja tem 90m² para expor as roupas, acessórios e calçados da
O conceito é usar o mesmo ideal, de utilizar materiais recicláveis, para a criação da loja. Foi um projeto milimetricamente estudado e realizado por máquinas de impressão impecáveis e nos mínimos detalhes. Tudo se ajustou antes da montagem da loja. Paredes, prateleiras, mesas, expositoras tudo realizado com plástico reciclado, em impressão 3D.
Foram 3,3 toneladas de plástico retirado do mar. Tudo para reduzir as emissões de CO2; o espaço é todo reciclável. A loja tem 90m² para expor as roupas, acessórios e calçados da Ecoalf – todos feitos com materiais reciclados e de baixo impacto. Quase que temos a impressão te entrar num iglu gelado, escorregadio, brilhante, como o gelo, ao ver a loja! Luz branca azulada, iluminação fria na maior parte do espaço com focos de luz solar nos produtos; a sensação das paredes e mesas com estrias como rajadas de vento e de gelo; e a textura apesar de toada a sensação de gelo, é agradável, morna, suave.
Exposição de tênis num espaço curvo; prateleiras lisas e longas mostram as roupas; cabideiros entre duas lâminas de gelo; chão brilhante e displays quadrados como blocos de gelo. Resultado realizado a partir de garrafas de plástico, pneus, nylon… todos os resíduos plásticos recolhidos foram transformados em materiais têxteis para criar suas coleções sustentáveis e eco responsáveis mas, também, na construção do espaço, como forma de reciclar o plástico, de forma arquitetônica, em todos os cantos da loja.
A empresa NAGAMI está na vanguarda da arquitetura sustentável; com design e tecnologia para aumentar a conscientização sobre a mudança climática e inspirar mudanças, foi o que disse
Exposição de tênis num espaço curvo; prateleiras lisas e longas mostram as roupas; cabideiros entre duas lâminas de gelo; chão brilhante e displays quadrados como blocos de gelo. Resultado realizado a partir de garrafas de plástico, pneus, nylon… todos os resíduos plásticos recolhidos foram transformados em materiais têxteis para criar suas coleções sustentáveis e eco responsáveis mas, também, na construção do espaço, como forma de reciclar o plástico, de forma arquitetônica, em todos os cantos da loja.
A empresa NAGAMI está na vanguarda da arquitetura sustentável; com design e tecnologia para aumentar a conscientização sobre a mudança climática e inspirar mudanças, foi o que disse Javier Goyeneche, fundador da Ecoalf, e pediu para focar nesta conscientização aos arquitetos, para criarem este projeto, por hora, único.

da redação