SUSTENTABILIDADE
worldfashion • 06/05/22, 14:33A Brandili, marca de roupa infantil com mais de 54 anos de história focada em trazer o melhor em moda infantil para meninas e meninos, possui uma grande variedade de roupas direcionadas às crianças de todas as idades, sendo uma das marcas preferidas pelas mães e pelos lojistas, e está presente em mais de 67% das cidades brasileiras e em mais 25 países, produz 15 milhões de roupas infantis ao ano.
Em dezembro de 2021, decidiram reciclar as sobras de alimentos em adubo e os resíduos têxteis em fios ecológicos, com exemplos práticos de economia circular, também reduzem a emissão de gases de efeito estufa e a quantidade de lixo destinada aos aterros sanitários. Assim construiram na matriz da empresa, em Apiúna (SC) uma horta orgânica dentro da empresa, onde é utilizado adubo natural produzido a partir das sobras geradas no preparo e consumo de alimentos do refeitório. Foi uma iniciativa da área de sustentabilidade, com o apoio de colaboradores de diversas áreas, se tornou possível o projeto. “Foram adquiridas duas recicladoras de orgânicos. Estes equipamentos desidratam e reduzem os resíduos orgânicos da cozinha industrial a um composto orgânico inerte, o qual é utilizado como adubo. Passam pela máquina cascas, talos, sobras de frutas e vegetais, grãos crus ou cozidos e temperados, pães, bolos, tortas, cascas de ovos, ou sobras desse alimento cru e cozido, além de sopas ou ensopados”, explica o gerente de Sustentabilidade da Brandili, Leonir Felipe Soliman Filho( foto abaixo) A ação vem como um exemplo prático de economia circular em função de um melhor uso dos recursos naturais e da reciclagem de nutrientes e de matéria orgânica estabilizada. “Há uma base de cálculo para que não haja desperdício de alimentos. Mas, como oferecemos refeições em três turnos, sempre temos uma perda e também as sobras normais de preparo dos alimentos. Buscamos essa iniciativa para amenizar os impactos”, ressalta Leonir Filho.
O termo economia circular tem pautado cada vez mais as ações de grandes empresas que, quando preocupadas em minimizar os impactos ambientais e sociais, se desafiam a desenvolver novas soluções para uma recuperação inteligente de recursos. Na indústria têxtil Brandili, que emprega cerca de 1,2 mil colaboradores diretos e 700 indiretos em oficinas de confecção, iniciativas vêm gerando números positivos e mostrando que esse é o caminho para um mundo mais sustentável.
Para o Leonir, os aspectos sustentáveis deste projeto vão além da redução da quantidade de lixo destinada ao aterro sanitário. “Com base no volume de resíduos orgânicos gerado na Brandili em Apiúna (40 toneladas/ano), deixamos de emitir uma tonelada de gás metano (CH4) e 28 toneladas de dióxido de carbono (CO2) por ano no aterro sanitário localizado em Timbó (SC), o que contribui positivamente para a redução da emissão de gases de efeito estufa e reflete diretamente no incentivo a práticas de economia circular”, detalha o gerente.
Hoje, na horta da Brandili, são cultivadas as hortaliças de época, como alface, chicória e também alguns temperos verdes. Ao todo, são cinco canteiros que compõem cerca de 75 metros quadrados. “Atualmente, nossa horta já supre de 10 a 15% da demanda de hortaliças da cozinha industrial”, explica Leonir Filho. A manutenção é feita pelo jardineiro e outros colaboradores voluntários da empresa, com o apoio da equipe de sustentabilidade que possui um engenheiro agrônomo.
Desde 2014, assegura também a reciclagem dos resíduos têxteis gerados nas mais de 40 oficinas de confecção responsáveis por uma parcela significativa do processo de costura e embalagem de produtos. Elas estão localizadas em 13 municípios de Santa Catarina e oportunizam inúmeros empregos diretos. Beneficiando e consumindo 2 mil toneladas de malha anualmente, a empresa catarinense é responsável pela produção de aproximadamente 18 milhões de peças por ano.
O processo funciona da seguinte forma: a matriz da Brandili em Apiúna (SC) recebe os resíduos de confecção produzidos pela unidade de Otacílio Costa (SC) e facções de costura. O material se junta aos resíduos de corte e confecção gerados pela empresa. Eles são pesados e identificados de acordo com o local de origem. A Brandili tem uma parceria com a empresa EuroFios, de Blumenau (SC), que faz a coleta do material e realiza o processo de desfibração do fio e a fabricação de um novo, que é chamado de fio ecológico. “Fazemos todo o controle do processo, desde o transporte do resíduo até a comprovação de destinação/reciclagem, de acordo com padrões e regulamentações ambientais”, complementa o gerente de Sustentabilidade.
O material desfibrado possui diversas aplicações, como enchimentos de pelúcias e almofadas, revestimentos acústicos, cobertores, mantas térmicas, geotêxteis, feltros, filtros, fios e barbantes reciclados. “Adotando de forma continuada ações de não geração, redução e reutilização, e cientes de que os aterros devem ser utilizados apenas depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento, recuperação disponíveis e economicamente viáveis, podemos afirmar que na Brandili, mensalmente, cerca de 21,2 toneladas de resíduos têxteis são transformadas em desfibrados e fios reciclados”, enaltece o diretor Geral, Jacques Douglas Filippi.
da redação com informações da Oficina das Palavras – Inteligência em Comunicação e Conteúdo imagens: fotos/divulgação
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