worldfashion • 01/06/22, 16:02
EXPORTAÇÕES
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que o aumento das exportações para os Estados Unidos foi fundamental para a performance positiva. Em abril, foram embarcados para lá 2,5 milhões de pares, que geraram US$ 30,57 milhões, altas de 147,2% e de 130,3%, respectivamente, ante o mesmo mês de 2021. “Nosso histórico principal destino, os Estados Unidos têm impacto muito importante na balança de exportações. Existe um movimento de reposicionamento do mercado estadunidense, de forma com que os Estados Unidos fiquem menos dependentes das importações asiáticas. Problemas logísticos, evidenciados pela pandemia de Covid-19, especialmente com relação aos custos com frete, e a sobretaxa ao calçado chinês, foram determinantes para esse movimento. Além disso, o consumidor norte-americano, cada vez mais, busca por calçados produzidos dentro dos conceitos de ESG, mercado em que o nosso produto se destaca no cenário internacional”, avalia o dirigente, ressaltando que hoje as exportações de calçados para lá respondem por mais de 30% do total (em receita gerada). No acumulado dos quatro meses do ano, as exportações do setor para os Estados Unidos aumentaram 100% em volume e 122,7% em receita (para 8,52 milhões de pares e US$ 119,3 milhões).
As exportações de calçados seguem em tendência de alta. Dados elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam que, entre janeiro e abril, foram embarcados ao exterior 53,72 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 434,65 milhões, incrementos tanto em volume (+32,6%) quanto em receita (+68,2) na relação com o mesmo período do ano passado. No comparativo com o mesmo intervalo da pré-pandemia, em 2019, o crescimento é de 24,8% em pares e de 26,7% em receita. Somente no mês de abril, foram embarcados 13 milhões de pares, que geraram US$ 114 milhões, altas de 52,4% em volume e de 75,4% em receita na relação com o mesmo mês de 2021. Conforme a Abicalçados, é o melhor resultado para abril em 14 anos.
Ferreira ressalta, ainda, o aumento dos preços médios do calçado exportado, retornando aos níveis praticados em 2019, após quedas nos dois últimos anos. No quadrimestre, o valor médio foi de US$ 8,80 por par embarcado ao exterior. “O setor vem consolidando sua posição no comércio internacional, ao mesmo tempo em que consegue recuperar o preço médio, medido em dólar”, diz.
A Argentina também tem sido uma grata surpresa para os calçados. Com elevação gradual das importações de calçados brasileiros desde o arrefecimento da pandemia de Covid-19, no primeiro quadrimestre do ano a Argentina comprou 5,4 milhões de pares verde-amarelos, gerando US$ 57,4 milhões em divisas, incrementos de 70% e 100,4% em relação ao mesmo intervalo de 2021 e o melhor resultado da série histórica iniciada em 1997. Recortando apenas o mês de abril, os hermanos importaram 2,2 milhões de pares brasileiros, pelos quais foram pagos US$ 21,22 milhões, altas de 131,5% e 156,3% em relação ao quarto mês de 2021. “O Brasil representou 48% de todos os pares de calçados importados pela Argentina nos quatro primeiros meses do ano, 13 pontos percentuais a mais de market share frente ao período da pré-pandemia, em 2019”, informa Ferreira.
Com crescimento menor do que o registrado pelos dois primeiros destinos do calçado brasileiro no exterior, a França aparece no terceiro posto entre os importadores do setor calçadista nacional. No quadrimestre, as exportações de calçados para a França somaram 3,68 milhões de pares, que geraram US$ 25,53 milhões, incrementos de 33,4% em volume e de 31% em dólares na relação com igual período do ano passado. Segregando apenas o mês de abril, os franceses somaram a importação de 571,8 mil pares brasileiros, pelos quais foram pagos US$ 5 milhões, altas de 9,2% e 0,4%, respectivamente, ante o mês quatro do ano passado.
No quadrimestre, a principal origem das exportações de calçados foi o Rio Grande do Sul. Respondendo por quase 46% do valor gerado pelos embarques do setor, as fábricas calçadistas gaúchas enviaram ao exterior 14,78 milhões de pares, que geraram US$ 198,2 milhões, incrementos tanto em volume (+51%) quanto em receita (+77%) em relação a igual aos mesmos quatro meses de 2021. Somente no mês de abril, os calçadistas gaúchos embarcaram 4 milhões de pares, pelos quais receberam US$ 52,42 milhões, incrementos de 52,2% e 74% em relação ao mesmo mês do ano passado.
A segunda principal origem dos embarques de calçados no período foi o Ceará. Entre janeiro e abril, partiram daquele estado 17,2 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 101,55 milhões, aumentos de 25,8% e 47% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. Segregando apenas o mês de abril, as exportações cearenses somaram 3,2 milhões de pares por US$ 22,75 milhões, altas de 59,8% e 70,2%, respectivamente, ante o mês quatro de 2021.
No terceiro posto entre os exportadores de calçados aparece São Paulo. No acumulado do ano, as fábricas paulistas embarcaram 3,26 milhões de pares, pelos quais receberam US$ 41,15 milhões, incrementos de 17,4% e 48,7% em relação ao mesmo período de 2021. Em abril, as exportações paulistas somaram 1 milhão de pares e US$ 11,53 milhões, aumentos de 25,8% e 52,8% ante o mesmo mês do ano passado.
O quarto maior exportador de 2022 é a Paraíba. No quadrimestre, as exportações daquele estado somaram 8,86 milhões de pares e US$ 29,16 milhões, altas de 7,2% e 57,7%, respectivamente, em relação ao mesmo ínterim de 2021. No mês de abril, foram 2,18 milhões de pares e US$ 7,9 milhões, incrementos de 41,6% e 104,6%, respectivamente, ante o mesmo mês do ano passado.
BRAZILIAN FOOTWEAR
O projeto inédito de apoio às exportações de calçados mantido pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) terá como destino a França, terceiro principal destino do calçado brasileiro no exterior, com o Projeto Vendedor França, que ocorre entre 20 e 24 de junho, e levará 10 marcas brasileiras: Anatomic & Co, CCR Shoes, Democrata, Kidy, Luiza Barcelos, Mar & Cor, Moema, Opananken, Petite Jolie e QGK, participarão de rodadas de negócios in loco, diretamente nos escritórios dos compradores locais:
A analista de Promoção Comercial da Abicalçados, Paola Pontin, destaca que as exportações de calçados brasileiros para a França vêm em crescimento nos últimos anos. “Hoje, a França responde por 7% do total das vendas de calçados brasileiros no exterior. É o principal destino na Europa e funciona como um promotor da imagem do nosso produto no exterior, visto que a moda mundial tem os olhos voltados para a lá”, avalia Paola. A analista explica que as reuniões foram - e estão sendo - marcadas por meio de uma consultoria local, que cruza as demandas dos compradores franceses com as ofertas dos calçadistas participantes da ação. “Trata-se de uma ação bastante assertiva, que otimiza a geração de negócios e conexões”, acrescenta Paola.
No quadrimestre, as exportações de calçados para a França somaram 3,68 milhões de pares, que geraram US$ 25,53 milhões, incrementos de 33,4% em volume e de 31% em dólares na relação com igual período do ano passado.
FEIRA NACIONAL DE CALÇADOS 2023
A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e a NürnbergMesse Brasil firmaram contrato para realização da feira da indústria calçadista brasileira. A NürnbergMesse Brasil, empresa alemã de atuação internacional especializada na realização de feiras setoriais, será responsável pela organização do evento. O documento foi assinado no dia 9 de maio na sede da entidade, em Novo Hamburgo/RS.
Ainda sem definição do nome, a feira da indústria calçadista brasileira terá duas edições anuais, sendo que a primeira ocorrerá em novembro de 2023, no Rio Grande do Sul, lançando as coleções de outono-inverno 2024. A segunda edição será em São Paulo, em maio de 2024 e lançará as coleções de primavera-verão 2024/2025.
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, ressalta a expertise do grupo alemão, que possui operação no Brasil. “A NürnbergMesse Brasil foi selecionada por meio de uma concorrência com promotoras de eventos nacionais e internacionais, sendo a que mais se destacou não só no atendimento de premissas das empresas, como também pelo potencial de entrega de eventos com qualidade excepcional”, conta.
De acordo com o presidente da NürnbergMesse Brasil, João Paulo Picolo, a entrada das feiras no calendário nacional irá gerar oportunidades e networking fundamentais para o crescimento do setor. “Nós vamos unir a força e o entendimento da Abicalçados e seus associados sobre o mercado ao know how da NürnbergMesse Brasil em gerar novos negócios com eventos que envolvem muito profissionalismo, seriedade e qualidade.”
Sobre a operadora NürnbergMesse Brasil é uma subsidiária do Grupo NürnbergMesse, uma das 15 maiores empresas internacionais organizadoras de eventos do mundo. O portfólio do grupo possui mais de 120 feiras e congressos internacionais (14 deles no Brasil) e mais de 40 pavilhões. Anualmente, cerca de 30 mil expositores e mais de 1,5 milhão de visitantes participam dos eventos organizados pela NürnbergMesse, que está presente, por meio de suas subsidiárias, na China, Estados Unidos, Brasil, Grécia, Itália e Índia. O grupo ainda possui uma rede com cerca de 50 representantes, que operam em mais de 116 países.
da redação com informações do assessor de imprensa Diego Rosinha imagens: fotos/divulgação