A CASA BORDADA

worldfashion • 12/05/17, 16:17

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Foi inaugurada ontem dia 10 de maio, o projeto A Casa Bordada idealizada pela diretora geral do museu A CASA. Trata-se de uma exposição de bordados feitos à mão por mestres bordadeiras e bordadeiros dos 27 Estados brasileiros.  O projeto de montagem reproduz a estrutura de uma casa, com paredes, portas, janelas, cômodos, divisórias, toda feita em tecidos bordados. É uma casa construída com pano, agulha e linha.

instituto-de-promocao-cultural-antonia-diniz-dumont-icad-pirapora-mg-foto-marcos-muzi-2-640x427São 60 participantes – entre grupos, cooperativas, associações e artesãos individuais –, autores das mais de 200 peças que estarão expostas. É um levantamento inédito do bordado brasileiro, técnica trazida por colonizadores e imigrantes, que adquiriu feições, usos e costumes nacionais, ao mesmo tempo semelhantes e distintos entre si – como, por exemplo, o bordado com lantejoulas e pedraria característico do Bumba Meu Boi maranhense ou o ponto russo praticado em Primavera do Leste, no Mato Grosso, ensinado por uma comunidade de imigrantes russos às bordadeiras locais, que utilizam apenas fios de algodão puro, já que se trata de uma região de intenso plantio de algodão.

ser-brasileiro-distrito-federal-foto-marcos-muzi-640x426“Senti vontade de iluminar as práticas artesanais do bordado de várias partes do Brasil através de cursos e palestras”, diz Renata Mellão, diretora do Museu A Casa.

instituto-colibri-paraty-rj-foto-marcos-muzi-5-427x640Organizados por Renato Imbroisi e Museu A CASA,  serão realizados cursos, rodas de conversa, palestras e seminário sobre o bordado e assuntos relacionados, como criação, moda, design, artesanato têxtil, mercado, entre outros. Haverá ainda a rodada de negócios, ou seja, a Feira Bordada, com venda de peças e objetos bordados pelos artesãos participantes durante um fim-de-semana. E todas as peças que compõem a exposição estarão à venda desde a inauguração, sendo entregues aos compradores na ocasião da demolição da A Casa Bordada – ou seja, desmontagem da exposição, em agosto.

EXPOSIÇÃO A CASA BORDADA

Abertura: 10 de maio de 2017, das 19hs às 22hs

Período de permanência: 11 de maio a 13 de agosto de 2017

Visitação: de terça a domingo, das 10h às 19h

Museu A CASA do objeto brasileiro

Av. Pedroso de Morais, 1216, Pinheiros, São Paulo, SP

http://www.acasa.org.br/

617O MUSEU A CASA, criado por Renata Mellão em 1997, tem como objetivo contribuir para o reconhecimento, a valorização e o desenvolvimento da produção artesanal e do design brasileiros, promovendo a produção cultural, o resgate e apreservação destes conhecimentos. A sede atual foi construída especificamente para abrigar o museu e inaugurada em 2014, na avenida Pedroso de Morais, no bairro de Pinheiros, São Paulo.

Da redação do WORLD FASHION         Informações para imprensa: Angelo Miguel Comunicação           Fotos: Divulgação

o artesanato indiano no Brasil

worldfashion • 02/03/17, 14:51

O EPCH e o Consulado Geral Indiano de São Paulo tem a honra de convidar importadores de artesanato do Brasil para o nosso Encontro de Negócios do Artesanato 2017. A participação é gratuita e organizada com pré-agendamentos em reuniões de 30 minutos. O convite é restrito aos distribuidores varejistas e atacadistas e grandes empresas comerciais (tradings).

hunar-4Será realizado nos próximos dias 23 e 24 de março, das 10:00 as 18:00 em São Paulo, no Espaço HAKKA. É uma grande oportunidade de reuniões de negócios com 30 fornecedores da Índia, que trarão produtos têxteis, móveis e ornamentação, utensílios para o lar, decoração e antiguidades, vestuário feminino e bijuterias e semi-jóias, para atender aos interesses de lojistas, supermercados, hotelaria e spas.

sehaj-1-350x350gem-2-350x3501Os produtos são feitos do seguinte mix de materiais: algodão, juta, jacquard, pashmina, metal, bronze, madeira, tecidos, osso, chifre, alabastro, couro, vidro, pedras, ferro, prata, EPNS, espelho, cerâmica, mármore, cobre maciço, alumínioe outros.

Neste encontro estarão presentes 30 empresas de artesanato indianas exibindo seus produtos com qualidades e habilidades.Será uma oportunidade única para importadores brasileiros conhecerem fornecedores indianos de qualidade em um só evento.

Este encontro com os fornecedores da Índia é organizado pelo Conselho de Promoção de Exportações de Artesanato (EPCH), uma organização sem fins lucrativos, com o objetivo de promover, apoiar, proteger, manter e aumentar as exportações de artesanato indiano. Com o apoio governamental, tem como objetivo enaltecer a imagem da Índia no exterior, como um fornecedor confiável de alta qualidade de produtos e serviços de artesanato com especificações e padrões internacionais. O EPCH foi montado pelo Ministério Têxtil do Governo Indiano. O Conselho criou uma infraestrutura necessária, como: instalação de comercialização e informações, que serão aproveitadas pelos membros exportadores e importadores.

Este Encontro já foi realizada no Brasil em 2015, e em outros países como Chile e Colômbia, e depois de São Paulo irão direto para rodada de negócios na Colômbia nos dias 28 e 29 de março.

O EPCH (Conselho de Promoção de Exportações de Artesanato) projeta um aumento de 8,25% nas exportações de artesanatos de 2016 para 2017, atingindo um faturamento de US$ 3.6 bilhões.

Os EUA e os Emirados Árabes são os países que mais importam artigos de metais da Índia representado praticamente 50% das importações totais desse segmento, seguidos por Alemanha (9.9%) e Reino Unido (7.83%).

kalindi1-2-428x640No segmento de artigos têxteis pintados a mão echarpes, artigos bordados e de crochês também os EUA são os grandes compradores, e os mais variados países juntos que formam a maior concentração de importações deste segmento (69%).

A produção de pequena escala e o setor da produção em casa (cottage industry) ajudam a resolver problemas sociais e econômicos dos artesãos, proporcionando emprego a mais de 7 milhões de artesãos (incluindo os do comércio de tapetes trançados), que incluem um grande número de mulheres e pessoas pertencentes às partes mais pobres da sociedade.

A Índia é um dos mais importantes fornecedores de artesanato para o mercado mundial. , Embora as exportações de artesanato pareçam ser consideráveis, a participação da Índia nas importações mundiais é pequena. Apesar da existência de bases de produção e um grande número de artesãos, a Índia não tem sido capaz de cobrar as oportunidades existentes.As inscrições são limitadas e gratuitas para o encontro serão via site: http://www.hotmarketing.com.br/indiahandicrafts2017/index.html

Serviço:

Encontro de Negócios do Artesanato 2017

Data: 23 e 24 de março

Horário: das 10 às 18 horas

Local: Espaço Hakka – Rua: São Joaquim, 460 – Liberdade

O evento não é aberto ao público

da redação do WORLD FASHION      Informações para imprensa: Suzana Elias Azar        Fotos: divulgação

Ronaldo Fraga leva o projeto social de Tucumã, no Pará, para o SPFW

admin • 11/06/12, 12:56

Em seu desfile, na próxima terça (12/06), o estilista mineiro Ronaldo Fraga mostrará o resultado de seu trabalho em conjunto com artesãs do sudeste do Pará, parceria a convite da Fundação Vale. A colaboração resultou nos maxicolares cheios de estilo da coleção “Turista Aprendiz na Terra do Grão-Pará.”

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Para o desenvolvimento dos acessórios, a Cooperativa de Biojoias de Tucumã, que nasceu de um projeto social da Fundação Vale, participou de oficinas com Ronaldo Fraga entre os meses de março e junho.

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Encantado com a potencialidade das artesãs, Fraga se envolveu com a Cooperativa inspirado na estratégia da Fundação de unir desenvolvimento social e geração de trabalho e renda. “É importante que instituições como a Fundação Vale desenvolvam projetos como esse em regiões fora dos grandes centros urbanos. Muito mais do que colares, muito mais do que pulseiras, muito mais do que anéis, cada peça produzida pela Cooperativa traz um desejo de transformação social”, explica o estilista.

Talento inato

Nas mãos de um grupo de mulheres do município de Tucumã, cidade paraense a 937 Km de Belém, sementes da flora amazônica se transformam em biojoias. A partir de um curso de qualificação profissional promovido pela Fundação Vale, em 2009, o grupo conheceu técnicas de beneficiamento de sementes, montagem de peças e noções de empreendedorismo. Passaram de “donas de casa com algum interesse por artesanato” a artesãs de uma Cooperativa que busca evolução permanente.

O suporte dado pela Fundação Vale à iniciativa é um esforço de desenvolver as vocações econômicas da região, valorizar a cultura local e contribuir para o empoderamento feminino.

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Na parceria com o Ronaldo Fraga, foi mobilizada uma equipe de profissionais para aprimorar o conhecimento das artesãs sobre design, estimulando o estudo de novas formas e a experimentação de novos materiais. Além disso, o grupo foi acompanhado por uma psicoterapeuta, com o intuito de trabalhar sua autoestima e criatividade. “A gente antigamente só copiava os modelos. Agora, estamos participando da criação da peça, do desenho, de todo o processo até chegar à produção final e isso está trazendo maior valor para nosso trabalho”, conta Antônia Márcia, líder da Cooperativa.

“É incrível o poder de transformação de iniciativas que trabalham com o desenvolvimento de talentos e com a preservação de tradições e culturas. Pudemos constatar isso na prática, observando como as artesãs saíram fortalecidas dessa experiência realizada em Tucumã”, explica Andreia Rabetim, gerente geral de Parcerias Intersetoriais da Fundação Vale.

De Tucumã para o mundo

Valorizando a flora amazônica, os acessórios da coleção “Turista Aprendiz na Terra do Grão-Pará” são feitos de sementes como açaí, jupati, morototó, jarina, dedo de índia, paxiubinha e ouriço de castanha, além de fragmentos de madeiras como amarelão, ipê, cumarú, muracatiara, tatajuba e roxinho. Todas fazem parte da riqueza e diversidade do Pará, região onde a Vale está presente há 50 anos.

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Criadas em parceria com Ronaldo Fraga, todas as peças são de propriedade intelectual das cooperadas. Ronaldo cederá também seus pontos de venda para a comercialização dos acessórios, de acordo com o interesse das artesãs da Cooperativa.

Fotos:  Marcelo Belém