Brasil Fashion Designers – Profissionais

worldfashion • 02/07/25, 09:12

No dia 27/06 foram definidos os dez finalistas do concurso nacional - Brasil Fashion Designers – Profissionais 2025 (BFD Profissionais), voltado a profissionais formados em moda e design.

A iniciativa integra a programação do Febratex Summit 2025, e recebeu projetos de 64 profissionais, vindos de todas as  inscritos do norte: Acre e Pará; do nordeste: Maranhão e Pernambuco; do Sudeste: Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo; do Sul: Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina; e do Centro-Oeste, de Goiás e Mato Grosso - somando 12 estados representados na edição.

“O fato de termos representantes das cinco regiões brasileiras mostra que o concurso alcançou seu objetivo de atingir o Brasil inteiro. O BFD Profissionais é um reflexo real da potência criativa espalhada pelo país e reforça a missão do Brasil Fashion Designers de conectar designers da moda nacional à indústria, valorizando a matéria-prima mais sustentável e impulsionando a inovação que gera negócios reais para o setor têxtil brasileiro”, afirma Giordana Madeira, diretora-executiva do Febratex Group.

Com o tema “Terra – Planeta Água”, os candidatos foram desafiados a desenvolver coleções que unam criatividade, sustentabilidade e propósito. Os dez selecionados terão seus looks exibidos em um desfile especial durante o Febratex Summit 2025, evento que acontece entre 19 e 21 de agosto, no Parque Vila Germânica, em Blumenau (SC), um dos mais aguardados eventos da indústria têxtil brasileira do ano.

Ao todo, o concurso recebeu 199 pré-inscrições. Desses, 64 profissionais enviaram projetos completos, que passaram por avaliação criteriosa de um júri especializado.

Formado por especialistas de destaque nos campos da moda e design, o júri reuniu diferentes perspectivas e garantiu uma avaliação criteriosa dos projetos apresentados. Integraram a banca avaliadora: André Hidalgo, Camila Borelli, Conceição Ruiz, Eduardo Viveiros, Francine Lopes, Giovanna Gimenez, Giovanna Lauri, Kátia Suzuki, Margo Isaac, Micheline Maia Teixeira, Silvia Borielo e Yuko Suzuki.

A seleção foi realizada às cegas, sem identificação dos autores, e os jurados atribuíram notas de 5 a 10, com base em quatro critérios: criatividade, originalidade, conceito e adequação ao tema proposto.

O grande vencedor do concurso será premiado com uma imersão de cinco dias na Itália, passando por Milão e Florença, onde visitará ateliês, fábricas e museus de moda. A viagem acontece por meio do programa Fashion Express, com todas as despesas pagas pelo Febratex Group.

“O concurso consolida uma ponte entre criatividade e mercado. Não é apenas sobre premiar talentos, mas sobre criar oportunidades concretas de crescimento profissional e conexões. Entre os concorrentes tivemos recém formados, formados há décadas, profissionais autônomos, colaboradores de marcas, criadores de marcas próprias e até profissionais que deixaram o setor e que estão usando o concurso para voltar para o setor”, completa Ricardo Gomes, gerente de Projetos Especiais do Febratex Group.

Confira os nomes dos dez finalistas do BFD Profissionais 2025, que irão representar a diversidade da moda autoral brasileira no Febratex Summit:

Betto Gomes – Rio de Janeiro (RJ)

Bruna Sibilio – Blumenau (SC)

Dai Vaz Miotto – Brusque (SC)

Eduarda de Souza – Brusque (SC)

Isabela Teixeira – Goiânia (GO)

Juliano Michelli – Gaspar (SC)

Laryssa Perdiz – São Paulo (SP)

Letícia Ghisi – São Paulo (SP)

Maria Laura – Bom Jardim (RJ)

Samuel Riechel – Franca (SP)

Além do desfile final, os looks também estarão em exposição durante o evento e participarão de uma votação popular nos dias 20 e 21 de agosto, quando será definido o vencedor do Júri Popular.

Finalistas do BFD Profissionais 2025

Sobre o Febratex Summit 2025

Com expectativa de reunir mais de 10 mil visitantes, o Febratex Summit 2025 acontecerá de 19 a 21 de agosto em Blumenau (SC). Com os pilares inovação, sustentabilidade e business, o evento é referência na promoção de conexões estratégicas e conteúdo para o futuro da indústria têxtil brasileira. A programação contará com palestras internacionais, painéis de especialistas, expositores e experiências interativas. A agenda completa será divulgada em breve no site: www.febratexsummit.com.br

Serviço:

Brasil Fashion Designers – Profissionais 2025

Desfile final: 19 de agosto de 2025

Exposição + Júri Popular: 19, 20 e 21 de agosto de 2025

Local: Febratex Summit – Parque Vila Germânica, Blumenau (SC)

COLEÇÃO AIR TECH

worldfashion • 16/06/25, 09:59

A C&A, uma das maiores varejistas de moda do Brasil, lançou a AIR TECH, uma coleção cápsula masculina em parceria com a TENCEL™, marca de fibras têxteis do Grupo Lenzing e a fiação Textil Carmem. O lançamento reforça o compromisso da C&A com a inovação tecnológica, sustentabilidade e a democratização da moda de qualidade e responsável.

A coleção é composta por camisetas de manga curta e longa, cuecas boxer e cuecas slip, feitas com 95% de TENCEL™ Modal e 5% de elastano, uma combinação que oferece maciez, caimento leve e alta durabilidade. As peças garantem conforto térmico, toque suave, resistência à proliferação de odores e fácil cuidado no dia a dia.

“Queríamos desenvolver uma coleção de itens básicos que fossem além do essencial e que unissem praticidade, inovação têxtil e sustentabilidade. A TENCEL™ é referência em fibras de Modal, e essa parceria tem tudo a ver com o que acreditamos ser o futuro da moda masculina, que é um guarda-roupa inteligente, confortável e com baixo impacto ambiental”, explica João Souza, diretor comercial e de produtos da C&A.

TENCEL™ une a tecnologia com a moda e promove conceito sustentável. As fibras TENCEL™ Modal são produzidas a partir de madeira proveniente de fontes certificadas e controladas, em um processo que consome até 50% menos água e emite pelo menos 50% menos emissões de carbono do que as alternativas convencionais. Além disso, são certificadas como biodegradáveis e compostáveis, fazendo da coleção AirTech parte do portfólio sustentável da C&A, dentro da plataforma #VistaAMudança.

Devido à alta respirabilidade e rápida absorção de umidade, as peças mantêm o corpo seco por mais tempo, sendo ideais para jornadas ativas e climas variados. O tecido também desamassa com o calor do corpo e as cores neutras facilitam combinações com diferentes estilos.

“A coleção AirTech reforça nossa jornada de oferecer produtos com inovação tecnológica e impacto positivo. Nesta parceria com a TENCEL™ e Textil Carmem, damos ao consumidor uma experiência premium com preço acessível”, conclui o executivo.


“Colaborar com marcas como C&A e Textil Carmem é uma oportunidade para inspirar e transformar a moda com inovação e responsabilidade. Essas parcerias reforçam nosso compromisso contínuo com a sustentabilidade, mostrando que cada escolha consciente, desde os materiais até os processos produtivos, gera um impacto positivo no planeta. Nossas fibras celulósicas são biodegradáveis, compostáveis e provenientes de madeira certificada, cultivada de forma responsável. Pequenas ações como essas fazem a diferença para um futuro mais sustentável”, afirma Juliana Jabour, gerente de Desenvolvimento e Novos Negócios na América do Sul do Grupo Lenzing.

“Nossa participação na coleção AirTech começa exatamente desenvolvendo os fios que deram origem a essa proposta inovadora. Escolher a matéria-prima certa transforma o resultado final e o TENCEL™ Modal é hoje uma das melhores escolhas para quem busca equilíbrio. Ele veste o homem que trabalha, estuda, treina e cuida da família. É leve, resistente, respirável e produzido com responsabilidade ambiental. A coleção AirTech é a prova de que dá, sim, para unir conforto, tecnologia, estilo e consciência desde o início do processo.” destaca Maria Eduarda Martins, Marketing Textil Carmem.

Sobre a C&A Brasil

A C&A é uma empresa de moda focada em propor experiências que vão além do vestir. Fundada em 1841 pelos irmãos Clemens e August na Holanda, a C&A entende e defende a moda como um dos mais fundamentais canais de conexão das pessoas consigo mesmas, com todos à sua volta e, por isso, coloca os seus clientes no centro da estratégia. Uma das maiores varejistas de moda do mundo, a C&A chegou ao Brasil em 1976 quando inaugurou a sua primeira loja no shopping Ibirapuera, em São Paulo (SP). Atualmente, a companhia opera em mais de 330 lojas em todo o território nacional, além do seu E-commerce. Listada na bolsa brasileira (B3) desde outubro de 2019, a C&A é pioneira em diversas inovações em seu segmento a partir da oferta de serviços e soluções digitais e omnicanais, visando ampliar experiência on e offline dos seus clientes. Com cerca de 15 mil associados em todo o país e presente na vida de um milhão de clientes por dia, a empresa se destaca ainda por oferecer uma moda jovem, inovadora, diversa e inclusiva para mulheres, homens e crianças.  Te convidamos a conhecer mais sobre a C&A em sala de imprensa.

Sobre a TENCEL™

TENCEL™ é a principal marca de fibras têxteis do Grupo Lenzing*. Desde 1992, a marca TENCEL™ tem sido uma potência que defende uma mudança positiva na indústria têxtil por meio de processos de produção eficientes em termos de recursos e inovações contínuas em fibras. As fibras Liocel e Modal da marca TENCEL™ são materiais de baixo impacto e alto conforto feitos de fontes de madeira gerenciadas de forma sustentável. Ambas as fibras são naturalmente macias, suaves ao toque e podem suportar cores ricas em tecidos. Com controle eficaz da umidade, os tecidos feitos de ambas as fibras também suportam uma sensação natural de secura.

Como soluções têxteis sustentáveis, as fibras TENCEL™ Liocel e Modal são altamente versáteis e podem ser combinadas com uma ampla gama de fibras têxteis para oferecer uma variedade quase infinita de designs e funções de produtos. As fibras podem ser incorporadas em quase todas as categorias têxteis, desde prêt-à-porter, jeans, roupas íntimas, roupas esportivas, roupas de trabalho, calçados e até produtos têxteis-lar. As fibras TENCEL™ Liocel e Modal podem se decompor e compostar no final de seu ciclo de vida (certificado TÜV AUSTRIA). As fibras também são certificadas com o rótulo ecológico da UE (licença nº. AT/016/001) pela excelência ambiental, reconhecendo os elevados padrões ambientais ao longo de todo o seu ciclo de vida.

*Grupo Lenzing representa a produção ecologicamente responsável de fibras especiais à base de celulose e material reciclado. Como líder em inovação, a Lenzing é parceira de fabricantes globais de têxteis e não tecidos e impulsiona muitos novos desenvolvimentos tecnológicos. As fibras de alta qualidade do Grupo Lenzing formam a base para uma variedade de aplicações têxteis, desde roupas funcionais, confortáveis e modernas até têxteis-lar duráveis e sustentáveis. Devido às suas propriedades especiais e à sua origem botânica, as fibras Lenzing biodegradáveis e compostáveis certificadas pela TÜV também são altamente adequadas para produtos de higiene do dia a dia.

O modelo de negócios do Grupo Lenzing vai muito além do de um produtor tradicional de fibras. Juntamente com seus clientes e parceiros, a Lenzing desenvolve produtos inovadores ao longo da cadeia de valor, criando valor agregado para os consumidores. O Grupo Lenzing se esforça para a utilização e processamento eficientes de todas as matérias-primas e oferece soluções para ajudar a transformar a indústria têxtil do atual sistema econômico linear para uma economia circular. A fim de reduzir a velocidade do aquecimento global e, assim, também apoiar as metas do Acordo de Paris e do “Green Deal” da Comissão Europeia, a Lenzing desenvolveu um plano de ação climática claro e baseado na ciência que visa reduzir significativamente as emissões de gases de efeito estufa até 2030 e uma meta líquida zero (escopo 1, 2 e 3) até 2050.

Principais Fatos e Números Grupo Lenzing 2023

Receita: 2,52 bilhões de euros

Capacidade nominal: 1.110.000 toneladas

Funcionários (FTE): 7.917

TENCEL™, LENZING™ ECOVERO™, VEOCEL™, LENZING™ e REFIBRA™ são marcas comerciais da Lenzing AG.

Sobre a Textil Carmem

Criada em 1988 pelo patriarca João Moisés, a Textil Carmem é uma indústria fabricante de fios têxteis para tecelagem e malharia, comprometida com a qualidade, inovação e sustentabilidade. Localizada na cidade de Itapira (SP), a empresa é referência no mercado de fiação por desenvolver, criar e transformar materiais têxteis em produtos inovadores de qualidade, visando atender o mercado têxtil e oferecer as melhores soluções. São produzidas mais de 3.500 (Três Mil e Quinhentas) toneladas de fios anualmente. Com a longa experiência de desenvolvimento, possui catálogo personalizável, que garante matéria prima de excelência a mais de 100 clientes mensais. Alcançando uma vasta variedade de segmentos, como roupas íntimas, infantis, casuais, desportivas, técnicas de cama, mesa e decoração.

CAMISETA AR.VOREE

worldfashion • 21/05/25, 15:06

Em um marco para a moda nacional, a Malwee - marca do Grupo Malwee referência global em moda sustentável - anuncia o lançamento da camiseta Ar.voree, feita com a primeira malha do Brasil com tecnologia capaz de capturar gás carbônico (CO₂) do ambiente e eliminá-lo durante o processo de lavagem. A novidade chega ao consumidor nesta quinta feira dia 22 de maio - Dia Internacional da Biodiversidade, com um modelo de camiseta na cor preta em edição limitada e com venda exclusiva pelo e-commerce da marca.

Fruto de uma parceria inédita com a startup de Singapura Xinterra, por meio da tecnologia COzTERRA, a Camiseta Ar.voree representa um avanço concreto no desenvolvimento de soluções regenerativas aplicadas à moda. Após 25 usos e lavagens, uma única peça é capaz de capturar a mesma quantidade de CO₂ que uma árvore adulta, tornando-se um verdadeiro agente de transformação ambiental.

“Acreditamos que a inovação é um dos caminhos mais eficazes para uma moda mais consciente e com menor impacto ambiental. Moda, tecnologia e sustentabilidade precisam caminhar juntas. E essa peça é um convite para que as pessoas também façam parte desse ciclo”, afirma Gregório Reis, Diretor de Marketing do Grupo Malwee.

A Camiseta Ar.voree marca a primeira aplicação prática, em roupas, da tecnologia desenvolvida ao longo de dois anos de pesquisa, em parceria com a Xinterra, e reforça os compromissos firmados pelo Grupo Malwee na agenda climática global. Desde 2019, a empresa é signatária da campanha Business Ambition for 1.5°C, iniciativa da ONU que visa limitar o aquecimento global e alcançar a neutralidade de carbono até 2050.

O tecido inovador da camiseta captura o CO₂ da atmosfera, que ao entrar em contato com o sabão líquido ou em pó durante a lavagem, é transformado em bicarbonato de sódio, sendo eliminado de forma segura. Esse processo também recarrega os agentes de captura de CO₂ na camiseta, permitindo que ela continue funcionando como um “filtro de carbono” a cada uso. É uma solução simples, eficaz e sustentável para ajudar a reduzir o impacto do carbono no meio ambiente.

Com foco em soluções sustentáveis e escaláveis, a camiseta Ar.voree é mais um produto da Malwee que tem como propósito repensar toda a cadeia de produção — do fio ao consumidor.

“Estamos dando início a uma nova era na moda. Ar.voree não é apenas uma camiseta. É um manifesto em forma de roupa. Queremos que o consumidor sinta que está vestindo propósito, inovação e transformação”, finaliza Gregório.

Serviço

CAMISETA AR.VOREE

Tamanhos: Do P ao XGG - Unissex

Cor: Preta

Locais de venda: No e-commerce da marca (edição limitada) www.malwee.com.br

À partir: 22/05/2025

Preço: R$129,00

Sobre a Malwee

A Malwee faz roupas confortáveis, práticas e versáteis, que duram mais e não se perdem a cada coleção. Produzidas de uma forma mais sustentável, em sintonia com um novo jeito de pensar, viver e utilizar nossos recursos. A marca catarinense está presente em mais de 20 mil pontos de venda pelo Brasil e faz parte do Grupo Malwee. Foi reconhecida como uma das 20 marcas mais transparentes do mundo pelo Índice de Transparência da Moda Brasil, nos últimos 5 anos, além de ser referência internacional em iniciativas sustentáveis. Sua moda é democrática, pensada para diferentes biotipos, idades e estilos; nos segmentos feminino, masculino, plus size e infantil. Quem veste Malwee carrega roupas que contam histórias duradouras. É para o bem das pessoas e do planeta.

CALÇADO SUSTENTÁVEL BINACIONAL

worldfashion • 13/05/25, 10:31

A Le Cork foi criada em 2022 para fabricar calçados que combinam conforto e sustentabilidade, após pesquisa e desenvolvimento chegaram a um protótipo. As palmilhas de cortiça utilizadas são extraídas de maneira responsável, sem a necessidade de derrubar as árvores e o processo de regeneração natural do sobreiro contribui para a captura de CO₂, ajudando a combater as mudanças climáticas. A produção da marca é binacional, ou seja, enquanto as palmilhas são produzidas em Portugal, os calçados são fabricados no Brasil, unindo o melhor dos dois países em um produto de alta performance, durabilidade e impacto ambiental reduzido.

Além dos benefícios ambientais, a cortiça também oferece uma série de vantagens para a saúde e o conforto dos consumidores. O material é naturalmente leve, flexível e possui propriedades antibacterianas e antifúngicas, o que ajuda a evitar odores e alergias. Sua capacidade de amortecimento reduz o impacto ao caminhar, tornando os calçados ideais para o uso diário. Além disso, a cortiça regula a temperatura, mantendo os pés na quantidade de calor ideal durante todo o dia.

“Estamos muito animados com o crescimento da marca e com o impacto que estamos criando. O futuro da Le Cork é promissor, e queremos levar nosso produto a um número cada vez maior de consumidores”, afirma João Henrique Tucci, sócio da marca

As sandálias sustentáveis, feitas a partir da cortiça – o mesmo produto utilizado em rolhas de garrafas de vinho - projeta um crescimento expressivo para 2025. Após faturar R$ 1,5 milhão em 2024, a empresa planeja dobrar esse valor em 2025, impulsionada pela crescente demanda por calçados ecológicos e pelo fortalecimento da marca no mercado nacional.

Com um modelo de negócio focado na sustentabilidade e na inovação, a empresa planeja a ampliação da produção, o lançamento de novos modelos e uma maior presença nos canais digitais e no varejo. “A sustentabilidade deixou de ser um diferencial e se tornou uma exigência do consumidor moderno. Nosso compromisso é oferecer calçados de alta qualidade, design inovador e impacto ambiental reduzido”, afirma João Henrique Tucci, sócio da marca.

Com um planejamento sólido e um mercado em crescimento, a Le Cork se posiciona para um ano de grandes conquistas, reforçando seu propósito de unir moda e responsabilidade ambiental.

Além da expansão no Brasil, a empresa avalia oportunidades para levar seus produtos ao mercado internacional. “Temos um produto único, que combina conforto, estilo e consciência ambiental. O público está cada vez mais atento à origem e ao impacto dos produtos que consome, e isso impulsiona nossa missão de levar a Le Cork a um novo patamar”, destaca Guilherme Reis, também sócio da empresa.

TECNOLOGIA ALIADA DA SUSTENTABILIDADE

worldfashion • 30/04/25, 16:29

A sustentabilidade tem se tornado um pilar essencial para a indústria da moda – e conceitos como upcycling e moda circular vêm ganhando destaque, como soluções inovadoras para reduzir o impacto ambiental do setor e como impulsionadoras de negócios, trazendo uma nova forma de lidar com estoques que acabam ficando estagnados.

O reaproveitamento de materiais, premissa do upcycling, mais do que uma forma de repensar o uso de matérias-primas, é também um “boom” de criatividade e inovação no design de produtos. Incorporar a prática com uma visão mais estratégica de negócio pode potencializar vendas com foco no nicho da personalização.

“O upcycling pode ser aplicado em diversas etapas da produção e permite criar coleções únicas, com alto nível de personalização, atendendo a um perfil de público em crescente expansão, que valoriza a originalidade e a cadeia sustentável. E a Brother tem apoiado esse pilar do upcycling por acreditar que com as nossas máquinas (costura, bordado, corte, sublimação e impressão digital) o artesão, estilista ou fashionista tem mais possibilidades de uso e reaproveitamento dos materiais para agregar em suas criações”, comenta Paulo Akashi, diretor de Vendas da Brother.

Para ele, negócios da moda que apostam nesse movimento estão se adequando a um modelo de mercado que vai garantir a perenidade das marcas em um futuro próximo. “Hoje o upcycling já é um método que traz um novo olhar para estoques parados, por exemplo. Nosso objetivo é apoiar toda a cadeia para que tenhamos desde empresas que possuem esses estoques, e são o início do processo, até os artesãos, costureiros, fashionistas e estilistas que são os responsáveis em reutilizar, criar e dar vida a esses tecidos, utilizando qualquer uma das nossas máquinas junto a toda sua bagagem e olhar criativo”, reforça.

Tecnologias como a DTG (Direct-to-Garment), permite impressão direta no tecido, bordados personalizados e aplicação de recortes de materiais, como vinil ou mesmo outros tecidos para sobreposição, são alternativas para diversificar o catálogo de produtos. Com a impressora GTX Pro, por exemplo, é possível customizar roupas e acessórios sob demanda de forma eficiente e sem desperdício de tinta e água; bordadeiras facilitam a personalização de diversas peças, permitindo a criação de produtos únicos a partir de materiais já existentes; e a máquina de corte ScanNCut é uma aliada na produção de itens que se transformam em detalhes inovadores em camisetas, calças, bolsas e acessórios. Os equipamentos da Brother Brasil tem sido uma aliada importante para empresas que desejam atuar no segmento de moda sustentável.

“Entendemos que nossas soluções tecnológicas impulsionam esse movimento do upcycling, permitindo que empreendedores e marcas criem produtos sustentáveis e inovadores. Ao inserir no mercado equipamentos que promovem a personalização e o reaproveitamento de materiais, temos o objetivo de contribuir com a construção de um setor de moda mais consciente e responsável – e que traga retorno para os negócios do segmento”, finaliza Paulo.

A Brother Brasil é integrante da Brother Group, companhia centenária fundada no Japão e presente em mais de 40 países, a empresa desenvolve tecnologias para diversas frentes de negócio, com produtos para a casa, escritório e empresas. Para a indústria brasileira da moda, oferece soluções de impressão digital e uma ampla linha para bordado e costura. Etiquetadoras, impressoras, suprimentos e acessórios, além de suporte técnico, complementam a linha de produtos e serviços. A companhia possui sede em São Paulo (SP) e conta com distribuidores em todo o Brasil, além de loja online.

ARTIGO - “A reinvenção do fast fashion na era da sustentabilidade”

worldfashion • 29/04/25, 16:27

Por Symone Rech*

As transformações necessárias e vão muito além do uso de tecidos orgânicos ou reciclagem de embalagens. Se o problema da moda fosse apenas a matéria-prima, a gente já teria resolvido. O problema real é o modelo de negócio baseado em volume, velocidade e descarte rápido. É preciso reinventar toda a lógica de produção, consumo e relacionamento com o cliente.

Entre os exemplos que ilustram essa virada de chave está a norte-americana Patagonia, frequentemente citada como um case pioneiro em moda sustentável. Desde 1996, quando adotou o algodão orgânico, a marca vem desafiando o senso comum. Sua jaqueta fleece feita de garrafas PET recicladas tornou-se um ícone, mas o verdadeiro ponto de inflexão veio em 2011 com a campanha “Don’t Buy This Jacket”, veiculada na Black Friday. A provocação — pedindo que consumidores reconsiderassem a necessidade de novas aquisições — gerou polêmica, mas impulsionou um aumento de 30% nas vendas no ano seguinte.

O que a Patagônia mostra é que sustentabilidade autêntica não espanta o consumidor, ela o atrai. Quando a marca alinha discurso e prática, constrói lealdade. Sustentabilidade não é um freio, é um novo motor de crescimento.

Uma das principais apostas para tornar a moda mais sustentável é o desenvolvimento de produtos inteligentes — peças que entregam mais valor com menor impacto e volume. A lógica é simples: em vez de estimular trocas constantes de guarda-roupa, oferecer roupas funcionais, duráveis e atemporais.

A japonesa Uniqlo é referência nesse modelo, com suas linhas Heattech e Airism, que ajustam a temperatura corporal de acordo com o clima. Essas tecnologias oferecem conforto térmico em diferentes estações, reduzindo a necessidade de múltiplas peças para o mesmo fim. É um exemplo clássico de produto funcional.

O consumidor precisa de menos roupas para se adaptar a diferentes temperaturas, o que reduz o consumo desnecessário.

Na mesma linha, marcas como Levi’s apostam em peças atemporais como pilar estratégico. O modelo 501, por exemplo, permanece praticamente inalterado há décadas e continua sendo best-seller. “A Levi’s construiu um império sobre um produto clássico. Toda marca deveria ter o seu ‘501’: um item que vende sempre, independente de modismo e garante previsibilidade financeira”, acrescenta.

Outra frente que ganha tração é a da circularidade. Marcas estão investindo em reparo, revenda, aluguel e até recarga de produtos. A britânica Selfridges criou o programa RE-SELFRIDGES, com metas ambiciosas: até 2030, 45% de suas transações devem vir de modelos circulares. A parceria com a startup SOJO — especializada em consertos — garantiu um espaço permanente de reparos dentro da loja. Além disso, clientes podem revender itens de luxo e receber crédito, alugar roupas e até recarregar embalagens de beleza.

É uma mudança de mentalidade e de negócio. Em vez de depender de vendas únicas e descartáveis, essas empresas estão apostando em serviços recorrentes, que fidelizam o cliente e reduzem o impacto ambiental.

Se a sustentabilidade ainda carrega o estigma de ser “careta”, marcas como a Osklen vêm desmentindo esse mito. Desde 1998, a grife brasileira alia design sofisticado a práticas sustentáveis. Por meio do projeto e-fabrics, utiliza materiais como couro de pirarucu, juta da Amazônia e algodão orgânico. A proposta é oferecer não apenas moda ética, mas também estética refinada e conexão com a natureza.

As pessoas não compram só porque é ecológico. Compram porque é bonito, funcional e desejável. A estética precisa andar junto com a ética.

Apesar das iniciativas promissoras, o alerta é que muitas marcas sustentáveis erram ao comunicar sustentabilidade como se todo o público já estivesse convencido.

As marcas falam como se todos os consumidores já estivessem na ‘maioria inicial’ da curva de difusão da inovação. Mas a maioria ainda não vê valor real nisso. A proposta é aplicar a lógica da Curva de Adoção da Inovação, de Everett Rogers, adaptada à moda.

Para os inovadores — cerca de 2,5% do mercado — a chave está em oferecer produtos disruptivos, com alta tecnologia e apelo exclusivo. A marca britânica Vollebak, por exemplo, vende peças feitas com cobre, grafeno ou madeira flexível.

Eles não vendem sustentabilidade. Vendem o futuro.

No grupo dos early adopters, consumidores influentes e ligados ao luxo buscam status e diferenciação. Marcas como Veja, Stella McCartney e a própria Patagonia conseguiram se posicionar nessa camada, oferecendo produtos que unem propósito e prestígio.

Já para a maioria inicial, composta por consumidores mainstream, o foco está na validação social. Aqui, o importante é mostrar que todo mundo já está fazendo. Criar normas sociais, facilitar o acesso e tornar o sustentável mais prático do que o convencional. A Allbirds é um bom exemplo. A marca vende tênis sustentáveis, mas seu principal argumento é o conforto. Já H&M e Zara inseriram coleções ecológicas como parte das opções regulares, sem criar uma seção isolada para “moda verde”.

O futuro é inteligente — e desejável

No fim das contas, o caminho para a sustentabilidade não será pavimentado apenas com boas intenções ou campanhas pontuais. Ele exige uma transformação profunda na maneira como a indústria cria, vende e se relaciona com o consumidor.

O futuro da moda sustentável não depende de convencer as pessoas a comprar menos. Ele depende de criar produtos tão bons, tão icônicos e tão desejáveis que as pessoas naturalmente queiram comprar — e manter. As marcas que vão crescer não são as que produzem mais, mas as que constroem mais valor.

*Symone Rech é especialista em negócios de moda e fundadora da New & Now uma plataforma de conteúdo e pesquisa de moda que conecta o mercado brasileiro às tendências internacionais com foco em resultados comerciais, a ferramenta transforma tendências globais em coleções lucrativas para pequenos e médios empreendedores, oferecendo análises personalizadas, guias estratégicos e acesso a pesquisas realizadas em capitais da moda como Paris, Londres e Milão.

SPEEDO MULTISPORT

worldfashion • 15/04/25, 16:52

Speedo Multisport desenvolveu uma linha de roupas biodegradáveis, incorporando também tecnologia de proteção contra os raios ultravioleta (UV+80). Essas peças têm a capacidade de se decompor em até 3 anos quando descartadas corretamente em aterros sanitários, o que pode contribuir significativamente para a redução do impacto ambiental causado pelos resíduos têxteis. As peças são confeccionadas com malhas desenvolvidas pela Santaconstancia®️ com os fios poliamida biodegradável 6.6, produzido por Rhodia Solvay®️.

O principal objetivo dessa inovação não é apenas apresentar um produto tecnológico, mas alertar para a necessidade de repensar o ciclo de vida dos produtos consumidos. A linha sustentável Green n’ Blue oferece uma alternativa mais responsável para quem se preocupa com o meio ambiente, especialmente praticantes de esportes. A utilização de materiais biodegradáveis, que se decompõem mais rapidamente do que os convencionais, pode ser uma parte importante na busca por soluções mais sustentáveis para o setor de vestuário.

“Além do benefício ambiental, a nova linha também oferece proteção UV, um cuidado extra para aqueles que praticam atividades ao ar livre. Isso se reflete em maior segurança durante a exposição ao sol, ao mesmo tempo que mantém a funcionalidade das roupas esportivas.”, comenta Roberto Jalonetsky, CEO da Speedo Multisport.

A coleção inclui camisetas biodegradáveis  feitas com a malha Carbon Neutral, um tecido leve e 100% poliamida, desenvolvido especialmente para acelerar a decomposição das peças após o descarte. Esse tipo de tecido é um exemplo do compromisso da  Speedo Multisport com soluções que minimizem o impacto ambiental sem abrir mão da qualidade e desempenho. Já na linha Swim,que contempla maiôs e sungas, a novidade é a combinação da poliamida biodegradável com elastano e a inclusão da tecnologia Stretch Wet 80+, que garante proteção UV 80+ mesmo quando o tecido está esticado e molhado.  A inovação é um diferencial para atletas e amantes da natação que buscam segurança e conforto durante a exposição ao sol.

Com esses avanços, a  Speedo Multisport reforça seu empenho em atender a um público cada vez mais consciente sobre a preservação ambiental, apostando em materiais sustentáveis que, ao mesmo tempo, oferecem conforto e segurança para quem busca desempenho e bem-estar, sem comprometer a qualidade e o desempenho característicos da marca.

A Speedo Multisport tem os produtos disponíveis nas 3 lojas físicas próprias e no e-commerce, e está presente em todo o território nacional através de 40 mil pontos de revenda, entre pequenos e médios lojistas e grandes varejistas.

A Speedo Multisport é uma das principais incentivadoras do esporte brasileiro, patrocinando grandes atletas, federações e mais de 400 competições anualmente, além de fomentar a prática esportiva em diferentes modalidades. Em seu Elite Team, a Speedo Multisport  conta  com a multicampeã mundial e ouro em Tóquio 2020, Ana Marcela Cunha, o atual campeão dos jogos Pan Americanos, Guilherme Caribé , com o Melhor Nadador da América do Sul pelo Swammy Awards, Guilherme Costa (O cachorrão), além de outros atletas. A empresa acredita que o futuro está nos jovens e, através do Future Team, apoia, atualmente, mais de 20 atletas.

da redação com informações da Gueratto Press

PROJETO - ATACAMA RE-COMMERCE

worldfashion • 19/03/25, 16:45

O Projeto Atacama RE-commerce - é uma iniciativa que está transformando o desperdício da indústria da moda em oportunidade -, permitindo que peças de marcas renomadas, algumas nunca antes usadas e em ótimo estado, ganhem uma nova chance. A ação provoca o olhar para o problema do descarte têxtil, possibilitando que consumidores tenham acesso a essas roupas de forma online e gratuita, arcando apenas com o custo do frete. Ou seja, a pessoa está pagando para tirar a peça de roupa do deserto.

Assinado pela VTEX - Plataforma tecnológica de e-commerce, em parceria institucional com a Associação  global de conscientização do impacto social e ambiental da indústria da moda - Fashion Revolution Brasil e a ONG Desierto Vestido, o projeto chama atenção para o impacto ambiental da indústria da moda e incentiva a reflexão sobre os atuais modelos de superprodução e consumo.

O descarte de roupas em grandes volumes se tornou um problema ambiental no Atacama. Estima-se que cerca de 39 mil toneladas de peças sejam despejadas na região anualmente, formando verdadeiras montanhas de lixo. O fenômeno é consequência do modelo de produção acelerado da indústria da moda, que gera descarte excessivo de itens novos ou pouco usados, em sua grande maioria, herdados do mercado ‘fast fashion’ dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia.

“Acreditamos que cada peça tem uma história e um propósito. Nossa missão é resgatar esses itens e dar a eles uma nova chance, promovendo um processo de conscientização sobre o consumismo exacerbado promovido pela indústria da moda atualmente”, afirma Mariano Gomide de Faria, CEO da VTEX, empresa responsável pela plataforma digital do projeto.

A operação do Atacama RE-commerce envolve um processo cuidadoso de seleção e restauração das roupas. Uma equipe especializada realiza a curadoria dos itens, o que garante que estejam em boas condições para revenda. As peças são higienizadas, organizadas e disponibilizadas na plataforma digital. Os consumidores podem acessar o site, escolher os produtos e pagar apenas o valor do frete – as roupas em si são oferecidas gratuitamente.

“Iniciativas como o Re-Commerce são essenciais para repensar a maneira como consumimos moda. O impacto ambiental da indústria têxtil é enorme, e fomentar alternativas sustentáveis é um caminho para reduzir o desperdício e preservar os recursos naturais e as comunidades locais, que são afetadas por esses problemas”, afirma Ángela Astudillo, cofundadora da Desierto Vestido, uma organização sem fins lucrativos dedicada a educar, conscientizar e incentivar a economia circular na indústria têxtil.

“Queremos ir além do e-commerce: nossa iniciativa convida à reflexão sobre os impactos do nosso atual modelo de produção, consumo e descarte desenfreado. Estamos vivendo uma Emergência Climática, e a indústria da moda precisa de compromissos mais robustos. Esta ação é uma forma de chamar atenção para o que está por trás das roupas e provocar novas formas de se relacionar com elas.” comenta Fernanda Simon, diretora executiva da Fashion Revolution Brasil, organização brasileira que faz parte do maior movimento ativista de moda do mundo.

O Projeto criado pela maior agencia de idéias e comunicação a Artplan, o site é www.recommerceatacama.com

BUAISOU NA JAPAN HOUSE

worldfashion • 12/03/25, 18:49

Em 2015 a BUAISOU, foi fundada como um ateliê, com os artesãos que cuidam de todos os processos, desde a semeadura do índigo até o tingimento das roupas. Kakuo Kaji - o representante do BUAISOU, que veio ao Brasil, é o artista e artesão de tingimento de índigo. Nascido em Aomori, aprendeu sobre design têxtil no curso de Design Têxtil na Universidade Zokei de Tóquio e durante sua graduação conheceu o tingimento natural. Depois de se formar, ele se juntou a uma equipe de voluntários de revitalização regional da província de Tokushima para conhecer o índigo. Lá ele aprendeu as técnicas básicas, desde o cultivo até a produção do sukumo (corante) do índigo, e foi expandindo seus conhecimentos criativos de forma autodidata. Em 2012, inicia as atividades do BUAISOU, enquanto participa de trabalhos de revitalização regional. Em 2015, fundou a empresa em Tokushima e Nova Iorque simultaneamente. Todas as obras de BUAISOU são produzidas por ele.

Abaixo a transcrição das declarações e considerações de Kakuo Kaji na JAPAN HOUSE na abertura do workshop sobre  “ Preparo da tina de tingimento com índigo japonês ” e  a oficina do “ Tingimento com índigo japonês e KATAZOME *”  (*que utiliza uma pasta de arroz e estêncil para a criação de padrões e desenhos no tecido)  de uma peça com a técnica AIZOME* (*conhecida por gerar diferentes tonalidades de azul), produzidas a partir de processos naturais e sustentáveis, conforme ilustrado no vídeo.

KAKUO KAJI :

- Agradeço o convite de estar no Brasil, um país muito lindo e estou surpreendido pelo interesse despertado que o workshop despertou no grande público, pois no Japão não há tantos interessados e estamos muito impactados e felizes com as apresentações. Tivemos muita sorte de estarmos na época do carnaval e ter tido a oportunidade de estarmos no sambódromo, e como profissional que trabalha com cores admirei muito ver tantas cores e como japones ouvir o som foi muito impactante, levarei muitas reflexões deste momento.

- No meu trabalho, nas abordagens com as cores, não estou muito preocupado com a emoção que a determida cor vai  transmitir e sim em como atingir a cor que quero atingir, a cor que desejo e penso em  como conseguir.

- Quando comecei trabalhar com as cores não tinha muita conciência de como é fazer uma determinada cor, porque  quando trabalhamos com guache escolhemos uma determinada cor que queremos pintar e a gente escolhe e a cor que queremos. Mas quando trabalhamos com o tingimento natural ou com outras referencias de tingimentos naturais, já trabalhei como galhos, cascas e folhas, mas no caso do índigo é diferente, começamos do zero pela semente e isto realmente me encantou e por isso me especializei no cultivo e no tingimento do índigo.

- Como foi abordado na abertura a questão da sutentabilidade, quando eu comecei a trabalhar com o índigo, não tinha esta visão e esta abordagem e as pessoas começaram a falar que era um processo sustentável e aí comecei a tomar conciência.

- Aqui vocês devem estar com uma expectativa de que sigo um abordagem e métodos tradicionais, mas eu confesso não sigo esta visão do tradicional e tenho a sorte de estar numa empresa e que usa referências do tradicional, mas temos a nossa própria abordagem.

- E pensando sobre o que é tingimento tradicional (AIZOMÊ) por exemplo do mestre Kiri, eu não faço parte, sou a primeira geração ainda e não tenho a tradição centenária na nossa casa, então hoje inclusive, quando as pessoas falam, eu questiono sobre este conceito do que é tradicional, hoje nos temos uma abordagem muito mais livre e fico feliz por isto.

- Então precisamos pensar em como vamos transmitir esta nossa aboradagem como, vamos transmitir a cor que nos criamos e de fato divulgamos através dos nossos objetos e produtos e também com abordagens como estas que estamos mostrando aqui para vocês.

- E cor apesar de parecer natural, é apenas cor, então é fácil enganar as pessoas sobre o tigimento natural, sendo que não é, pois a cor é apenas cor.

- Então o que seria ideal é divulgar o máximo possível, transmitir o máximo possível, o como é a forma do tingimento natural, no Japão tem locais que fazem os tingimentos, onde as pessoas entregam as pessoas e são feitos os tingimentos.

Com relação ao processo da plantação, cultivo e colheita do planta índigo, que inclusive é uma planta comestivel, seguem abaixo algumas considerações:

- Entre janeiro, fevereiro a março no grande inverno, é feito o preparo da terra, na província de Tokushima, onde vários agricultores especializados, se dedicam ao cultivo do índigo. O agricultor produz o índigo sem utilizar defensivos químicos, só herbicidas, pesticidas e de forma natural,  é ruim pois dá muito trabalho, mas a planta é utilizada também para o alimento.

- E é claro que todos esses pesticidas e tudo mais são desenvolvidos para que não impactem a saúde das pessoas. Sempre pensando em como as pessoas faziam antigamente, quando não existiam os produtos químicos e utilizam estas reflexões nas iniciativas deles.

- E claro, cada pessoa vai pensar de uma maneira, mas nós não queremos utilizar esses instrumentos químicos, porque se a gente fosse pensar que o índigo é um alimento, então será que a gente conseguiria comer se tivéssemos usando um pesticida?  Na verdade, impactará o planeta e nós repetimos muito que não queremos usar implementos químicos no nosso cultivo.

- O Japão entra na primavera a partir de março, então  a semente é cultivada nesta época.  E quando essa muda atinge 10 cm mais ou menos é transplantada para o campo

- E é quando inicia a correria porque no entorno das plantas do índigo  começam a crescer as ervas daninhas, e aí, precisam ser tiradas ao máximo essas ervas, pois na hora da colheita a máquina mistura tudo e no processo com certeza acabará impactando na qualidade. Não é algo extremamente produtivo, mas nós fazemos questão de tirar todas as ervas daninhas.

- No final de junho, então é o momento que nós vamos fazer a colheita e a planta verde índigo está mais ou menos na altura do quadril.  E depois que nós colhemos, nós secamos com uma máquina e levamos para uma sala cheia de ventiladores, para que as folhas, que são mais leves vão lá para o fundo da sala e os caules as partes mais densas fiquem no começo da sala e assim separamos o caule.

- Uma das características peculiares, do índigo japonês é que o pigmento está apenas nas folhas, então há necessidade de ter um local para separar os elementos, as impurezas, então fazemos questão de fazer ao máximo essa separação.

- Quando você vê a folha crua apesar de estar ainda verde, quando ela seca tem aspectos, mais azulados, mas a parte do caule é mais amarelada, então já dá para ver essa diferença. Isto mostra que o caule não tem pigmento.

- No final de setembro, o Japão fica mais frio é quando o índigo começa a florir, a direção dos pigmentos já não ficam tão forte, tão concentrado nas folhas, então é o fim desse ciclo, e a nossa batalha cotidiana é realmente finalizar o processo, até antes do final de setembro, que é quando paramos o cultivo.

- No inverno toda aquela folha seca, ela vai precisar ser fermentada pra criar nosso brilho. E pra fazer essa  pigmentação, temos um quarto específico, literalmente significa o dormitório, o espaço de dormir, exatamente como se fala no Japão, que é fazer dormir e a partir do momento em que essas plantas começam a fermentar essas folhas secas começam a ficar mais quente. Elas vão gerando o calor do processo, então são cobertos com um cobertor de palha que se chama futon, que é literalmente,  cobertor em japonês.

- Então uma vez por semana desfazermos esse monte colocamos água, fazemos buracos remexemos e cobrimos, com o futon novamente.  Sim, vamos fazer isso uma vez por semana por 20 semanas.

- E fazendo esse processo de fermentação a cada ano, talvez a gente tenha uns dias a mais outros a menos, mas no geral, nós fazemos isso por 120 dias a 140 dias e o resultado são as folhas secas compostadas, chamadas de sucumon.

- Então, o nosso pigmento, o que a gente vai usar pra atingir é uma mistura das folhas secas com água com oxigênio e o resultado depois de 120 a 140 dias parece tempo mesmo.

- Por que que nós fazemos isso? porque se dá pra esse trabalho? porque quando nós fazemos essa compostagem, nós conseguimos guardar esse pigmento por mais tempo. Ele fica muito mais fácil de preservar.

- Um segundo ponto é que o verão no Japão, é limitado,  um período de 3 meses, então não dá pra cultivar o ano todo. Além disso, o Japão é um país que tem sido atingido por muitos desastres naturais como muito tufão, por exemplo, então talvez em alguns anos o cultivo não ia ter tanto sucesso assim por pelo menos mais de 10 anos.

- Um outro benefício que é comum essas folhas que estão super concentradas e compostadas conseguirem rapidamente atingir uma cor mais segmentada, uma cor mais forte.

- Se a gente pensa no volume, das folhas secas, nós não temos espaço para conseguir armazenar, mas quando a gente faz o processo de compostagem e conseguimos  misturar uma quantidade gigante de folhas, e assim conseguir produzir líquido que é utilizado para o atingimento.

- Há várias formas de produzir o índigo, essa é uma forma que é muito específica do Japão. No Brasil, na Índia ou em países africanos, a forma de fazer esse pigmento é totalmente diferente. E uma das características diferentes é a própria planta.  No caso tem muitos que têm o pigmento tanto na folha quanto no caule.

- Vou explicando para vocês só pra vocês terem uma noção de como se faz:

Numa tina de índigo folha e caule, coloca num tanque cheio de água e vai fazer com que essas folhas e caule fiquem por 3 dias e vai começar a fermentar. E a cor da água desse tanque vai ficar meio azul esverdeada. E então essas folhas e caules são retiradas. A gente vai contar uma mistura com cal e vai mexer muitas vezes, para fazer com que o oxigênio incorpore essa mistura.  Então, por meio do oxigênio, essa mistura vai oxidando, e com o tempo os pigmentos também vão decantar.  E aí, você joga aquele líquido que ficar na parte superior e o que sobra que dá em um aspecto pastoso é o pigmento em si.

- E essa pasta  é que vai ser incorporada na tina, então, quando a gente parar pra pensar o tempo de preparo, dessa pasta,  o método tradicional e aqui no Brasil, por exemplo, outras regiões do Japão, é totalmente diferente.

A Japan House São Paulo (JHSP) trouxe em comemoração aos 130 anos do Tratado de Amizade Brasil-Japão,  pela primeira vez, o coletivo de artesãos japoneses BUAISOU. A JHSP é uma iniciativa internacional com a finalidade de ampliar o conhecimento sobre a cultura japonesa da atualidade e divulgar políticas governamentais. Inaugurada em 30 de abril de 2017, a Japan House São Paulo foi a primeira a abrir suas portas, seguida pelas unidades de Londres e Los Angeles. Estabelecida como um dos principais pontos de interesse da celebrada Avenida Paulista, a JHSP destaca em sua fachada proposta pelo arquiteto Kengo Kuma, a arte japonesa do encaixe usando a madeira Hinoki. Desde 2017, a instituição promoveu mais de 48 exposições e cerca de mil eventos em áreas como arquitetura, tecnologia, gastronomia, moda e arte, para os quais recebeu mais de 3,5 milhões de visitantes. A oferta digital da instituição foi impulsionada e diversificada durante a Pandemia de Covid-19, atingindo mais de sete milhões de pessoas em 2020. No mesmo ano, expandiu geograficamente suas atividades para outros estados brasileiros e países da América Latina. A JHSP é certificada pelo LEED na categoria Platinum, o mais alto nível de sustentabilidade de edificações.

Por Yuko Suzuki   Crédito das imagens do vídeo  de Ale Virgílio

FEBRA TÊXTIL 2025 em São Paulo

worldfashion • 21/02/25, 15:12

A feira aberta no último dia 18 de fevereiro, contou com a presença de diversas autoridades e representantes do setor, o presidente do Febratex Group, Hélvio Pompeo junto com o diretor-superintendente da ABIT, Fernando Pimentel, receberam o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de SP, Rodrigo Hayashi Goulart, o presidente do CIESP e presidente Emérito da ABIT, Rafael Cervone; o presidente do SindTêxtil, Júlio Scudeler; o representante do Sebrae Nacional, Nourival Pantano Júnior; a representante da ApexBrasil, Márcia Nejaim; o secretário-executivo da Frente Parlamentar do Desenvolvimento Econômico de SP, Sérgio Kacas; e o assessor da presidência da ApexBrasil, Silvio Torres.

O Hélvio Pompeo Madeira, ressaltou a importância da FebraTêxtil para o setor têxtil e a economia brasileira, destacando São Paulo como um polo estratégico da indústria. “Viemos reafirmar nosso compromisso com o setor e com o Brasil, pois São Paulo é a mola mestra do país. Com o trabalho que estamos realizando, junto aos expositores e parceiros, queremos consolidar esta feira como um evento anual, que represente a força da nossa indústria e seu potencial, não apenas no Brasil, mas em toda a América do Sul. É fundamental mostrar ao mundo a importância do mercado têxtil brasileiro”, afirmou Madeira.

“Estamos entusiasmados com a retomada da FEBRATÊXTIL em São Paulo, um marco essencial para a cadeia de insumos têxteis do Brasil. Esta feira é estratégica para consolidar o crescimento do setor, com empresas fornecedoras e compradoras de matérias-primas feitas no País. Essa integração é que fortalece um setor”, declarou Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Abit.

Acreditando que um setor forte precisa ter uma feira de insumos forte, que atraia compradores nacionais e internacionais, a Abit está na correalização da FEBRATÊXTIL, juntamente com FCEM e Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo (Sinditêxtil-SP).  O evento busca promover a integração dos segmentos de fios, tecidos, denim, malharias, aviamentos e complementos. Além de insumos, tecnologias e serviços, proporcionando, para as empresas e profissionais da confecção, moda e varejo, um ambiente que oferece soluções para os mais diversos processos criativos, produtivos e de gestão da cadeia têxtil.

A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) mostra que o setor retomou um ciclo de crescimento no ano passado, após enfrentar dificuldades da pandemia e as incertezas que têm permeado o País. Em 2024, o segmento têxtil registrou crescimento de 4,8% na produção em relação ao mesmo período de 2023, enquanto o vestuário avançou 3,9%. Para 2025, a Abit projeta um crescimento de 1,2% em toda a Cadeia, a depender, é claro, do cenário do PIB nacional que reflete no poder de compra dos consumidores. Mas o setor está otimista e projeta investimentos.

Um dos temas abordados foi o fortalecimento dos polos comerciais têxteis na cidade de São Paulo. O secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Rodrigo Hayashi Goulart, destacou as iniciativas voltadas para as regiões do Bom Retiro, Pari e Brás, reconhecidas como grandes centros de produção e comércio do setor. “Temos dado uma atenção especial a essas regiões, com o objetivo de melhorar as condições para que novos negócios sejam abertos, gerando mais empregos e renda. Além disso, estamos avaliando medidas para potencializar o desenvolvimento local, incluindo ações voltadas à infraestrutura e logística”, afirmou.

Ele também ressaltou os esforços para qualificação profissional, citando o Fashion Sampa, programa que já capacitou mais de 1.200 pessoas em parceria com a São Paulo Fashion Week. “Esse programa tem um impacto significativo na cadeia produtiva da moda, promovendo oportunidades para novos talentos e fortalecendo o setor”, destacou.

EMPRESAS PARTICIPANTES

A The LYCRA Company, referência global em inovação para a indústria têxtil, participou da FebraTêxtil 2025, como um dos principais players do setor para discutir tendências, tecnologia e sustentabilidade. A empresa esteve presente no Espaço Talks no dia 19 de fevereiro, com duas palestras voltadas para a importância das parcerias estratégicas e o desenvolvimento de soluções inovadoras para atender às demandas da cadeia produtiva e do consumidor final.

Apresentou cases de sucesso de Joint Marketing, uma estratégia colaborativa em que duas ou mais empresas trabalham juntas para promover seus produtos ou serviços, compartilhando recursos, audiência e expertise. No setor têxtil, o Joint Marketing pode envolver parcerias entre tecelagens, marcas de moda, varejistas e fornecedores de matéria-prima. A segunda palestra abordou os pilares tecnológicos da The LYCRA Company, explorando como a empresa identifica desafios do mercado e desenvolve soluções avançadas que combinam conforto, durabilidade e sustentabilidade.

Para Carlos Fernandes, Diretor Comercial da The LYCRA Company para América do Sul: “Retomar uma feira têxtil em São Paulo, o maior centro comercial do país, com tantas marcas e parceiros importantes locais, é um movimento de extrema relevância e nos ajuda a estabelecer novas conversas com uma grande variedade de players dos centros urbanos próximos. Nossa expectativa para o evento é muito positiva”, afirmou.

A Vicunha apresentou os últimos lançamentos, além de alguns destaques exclusivos da coleção 2025, com ênfase em tecidos que incorporam tecnologias sustentáveis e promovem a redução do impacto ambiental. Entre as principais inovações da empresa, destaca-se a utilização de 100% de água de reúso no processo produtivo de denim e brim. Esta novidade é possível graças à estação de tratamento VSA, inaugurada em maio de 2024, em Pacajus (CE). Ela purifica o esgoto doméstico urbano para uso industrial, eliminando a necessidade de captação de água de mananciais naturais, representando um marco para a sustentabilidade hídrica no setor têxtil.

A linha Less Water, que agora inclui os artigos Taipe e Frades (no Denim), além de Cyros, Sardenha e Mykonos (no Denim Colour). São produtos que têm um consumo muito baixo de água no processo produtivo (de um a três litros de água por metro de tecido fabricado, dependendo do artigo).

A linha Regen, que utiliza algodão cultivado com práticas agrícolas regenerativas, não só reduz a quantidade de água usada, mas também ajuda a melhorar a saúde do solo. Entre os produtos dessa linha está o Pietro Royal Regen.

“A FebraTêxtil é uma oportunidade valiosa para compartilharmos nossas inovações e fortalecer o relacionamento com nossos parceiros e clientes. Estamos prontos para contribuir para um futuro mais sustentável, com soluções inovadoras que atendem às demandas do mercado e do meio ambiente”, afirmou Renata Guarniero, gerente de Marketing da Vicunha.

A Capricornio apresentou os tecidos com a nova cor Dark Blue, e um acabamento inovador, o Glow Coating. O Dark Blue chega no Algarve, o queridinho 100% algodão, com peso de 12 Oz, na construção 3×1 e largura de 1,76 m.

O processo de lavanderia, as reservas ganham mais destaque, revelando um efeito exclusivo que mistura o fundo azul, com o black. Esse visual autêntico e sofisticado, é perfeito para peças originais com acabamentos diferenciados.

O Algarve Light Black Glow, também na composição 100% algodão com o acabamento Glow Coating. O peso de 10 Oz, vem com um elegante efeito de brilho glitter. Esse acabamento vem de frente com as tendencias de brilho, metalizados e pedraria, ideal para quem busca peças ousadas e modernas.

O artigo Eva, um artigo leve, com 5,5 oz e construção cetim. Com 77% de algodão e 23% de poliamida na composição, ele proporciona conforto, super frescor e não retém o odor no dia-a-dia. Por conta da poliamida, tem um stretch mecânico, que não deixa o tecido rígido e mais agradável.

Para João Bordignon, Diretor de Marketing, Comunicação e Sustentabilidade da Capricórnio Têxtil, a participação da empresa no Fashion Show é motivo de grande satisfação. “Estamos muito felizes em participar da FebraTêxtil, especialmente no Fashion Show, que é uma excelente oportunidade de exposição. A Capricórnio acredita fortemente em iniciativas que apoiam, fortalecem e incentivam a visibilidade e o amadurecimento do setor têxtil nacional. Estamos comprometidos com o consumidor e com tudo que envolve o denim de forma verdadeira”, afirmou Bordignon.

Entre os expositores a sustentabilidade tecnológica foi um tema de destaque, com várias empresas apresentando soluções inovadoras, como a Dini Têxtil, que focou na reciclagem de PET e resíduos têxteis, e a Saltorelli, que trouxe o Eco Denim e práticas de reúso de água.  A CTM Fios destacou fios reciclados, reafirmando o compromisso da indústria com práticas ambientais responsáveis.

Outro ponto importante foi a participação do Fundo Social de São Paulo, que apresentou seus programas de qualificação profissional, com ênfase em cursos voltados para a moda. A iniciativa tem como objetivo ampliar as oportunidades de emprego e inclusão social no setor têxtil.

BRASIL FASHION DESIGNERS 2025

O concurso Brasil Fashion Designers 2025 (BFD), destinado a estudantes de moda, promovido pelo Febratex Group, que visa valorizar o design e revelar novos talentos, desta vez com o patrocínio da  The LYCRA Company, o vencedor foi premiando com a oportunidade de apresentar sua coleção na Expotextil Perú, que se realizará de 23 a 26 de outubro no Centro de Convenciones Jockey Plaza  em Lima /Peru.  Com esse patrocínio, a LYCRA reafirma seu compromisso com a inovação e o incentivo ao desenvolvimento de novos talentos na moda. Como parceira do concurso, a empresa oferece apoio estratégico alinhado ao seu histórico de transformação e contribuição para o setor têxtil, reforçando seu interesse em fortalecer a conexão entre design e tecnologia, valores centrais para sua missão de impulsionar a indústria têxtil com soluções de alto desempenho e conforto.

A grande vencedora desta edição foi Mariana Rossetto, que conquistou a oportunidade de apresentar sua coleção na Expotextil Peru, levará seu trabalho para um público internacional, ampliando sua visibilidade e consolidando sua trajetória no mercado.

O segundo lugar ficou com Lívia dos Passos, que se destacou pelo design inovador e refinamento técnico. Já o terceiro lugar foi conquistado por Douglas Lopes, reconhecido pela criatividade e excelência na confecção de suas peças. Na quinta-feira, o evento ainda contará com a votação do público, onde todos os looks dos finalistas serão expostos para uma votação especial.

As coleções criadas pelos finalistas foram apresentadas em um desfile exclusivo para um time de jurados composto por renomados especialistas da moda e da indústria têxtil. Os jurados desta edição foram:

● Francisco Gonzalez - coordenador de marketing da Vicunha.

● Eduardo Viveiros – Editor da L’Officiel.

● André Hidalgo – Fundador da Casa de Criadores.

● Fred Haydu – Atual editor da Revista Têxtil.

● João Braga – Professor e renomado pesquisador de moda.

● Marta De Divitiis - ex-editora da Revista Têxtil.

● Miguel Santos - vencedor do último BFD, realizado em Caruaru (PE).

A edição, o concurso teve como tema: Vivi Haydu – O Legado de uma Mulher de Vanguarda. Nascida no Egito e radicada no Brasil desde 1957, Vivi foi uma das diretoras da Fenit (Feira Nacional da Indústria Têxtil) importante plataforma que promoveu o design brasileiro no mercado internacional.

“O tema não poderia ser outro: o legado de uma mulher de vanguarda. Nossos participantes mergulharam na história da Vivi, desde sua infância no Egito até sua marcante trajetória no Brasil. Para contar essa história tivemos uma linha do tempo e um acervo fotográfico extraordinário, que serviu de referência para a criação das coleções”, destacou  Ricardo Gomes, Gerente de Novos Projetos do Febratex Group.

O BFD 2025, reafirmou a posição como uma das plataformas para o desenvolvimento da nova geração de designers brasileiros. Além de incentivar a criatividade, o concurso promove a integração entre diferentes elos da cadeia têxtil, aproximando estudantes, profissionais e a indústria.  E contaram com os patrocínios de:  LYCRA, Vicunha, Andrade Máquinas, Silmaq e da Bonor.

FASHION SHOW

Com uma programação que uniu inovação e negócios, a FebraTêxtil 2025 consolidou seu papel como um evento essencial para o setor, impulsionando a indústria têxtil e proporcionando conexões estratégicas para profissionais e empresas. O espaço Fashion Show trouxe grandes nomes da indústria, como Vicunha, Capricórnio, Total Fios, Manatex, Bonor, Macias Tecelagem, Sticle e Fiação Fides, que apresentaram coleções que aliaram criatividade, inovação e a busca por soluções tecnológicas aplicadas ao design de tecidos.

A Moda Inclusiva,  em parceria com a Casa de Criadores, realizou um desfile com peças que uniram estilo e funcionalidade. As coleções abordaram a representatividade e a diversidade, utilizando tecidos inteligentes e modelagens inovadoras para atender às diversas necessidades de pessoas com deficiência. A iniciativa reflete o compromisso da indústria em promover uma moda mais acessível e inclusiva.

“A Moda Inclusiva é essencial para garantir a representatividade de modelos com deficiência, ampliando a diversidade na indústria e fortalecendo o compromisso com a acessibilidade. Participar de um evento como a FebraTêxtil é uma oportunidade estratégica para sensibilizar o mercado e demonstrar que a inclusão está diretamente ligada à sustentabilidade, um tema cada vez mais relevante para as empresas. Sem acessibilidade, não há sustentabilidade, e essa é uma mensagem urgente que precisa ser compartilhada”, afirmou Daniela Auler, idealizadora do conceito de Moda Inclusiva e CEO da Moda Inclusiva Conexões.

Ricardo Gomes, Gerente de Novos Projetos do Febratex Group, ressaltou a importância da visibilidade. “Os desfiles vão além de revelar talentos, eles também elevam a percepção dos produtos e enaltecem o trabalho técnico dos expositores, garantindo mais projeção na passarela. São uma poderosa vitrine de divulgação e um grande atrativo para o público, que tem participado de forma cada vez mais engajada”, destacou.

ESPAÇO TALKS

O espaço contou com diversos conteúdos sobre mercado, inovação e sustentabilidade, trazendo insights valiosos para empreendedores, designers e profissionais da cadeia têxtil.

ARENA DO CONHECIMENTO

A Arena do Conhecimento reuniu especialistas e líderes do mercado, que discutiram os principais desafios e oportunidades do setor têxtil. O espaço, no primeiro dia de evento, abordou temas como economia circular, desenvolvimento sustentável, novas tecnologias e as mudanças no comportamento do consumidor, trazendo insights valiosos para os profissionais da indústria.

Os nãotecidos também se destacaram na feira, com um espaço dedicado a esses materiais amplamente utilizados em setores como saúde e construção civil.

O Fashion Revolution Brasil, o grande movimento ativista de moda do mundo, marcou presença com o lançamento do livro digital gratuito “Cânhamo é Revolução” uma publicação que explora o potencial do cânhamo como matéria-prima sustentável para a indústria têxtil. Ainda pouco difundido no Brasil, o material, variedade da Cannabis sativa, se destaca como uma alternativa promissora devido às suas propriedades ecológicas e à versatilidade na produção de tecidos.

“A FebraTêxtil 2025 foi realizada em São Paulo, Estado hub de negócios que é o maior produtor de têxteis e confeccionados do país, portanto uma feira de São Paulo para o Brasil e o mundo. Apresentamos as expectativas do setor, debatendo as taxações e a igualdade tributária necessária, visando uma concorrência justa e leal. O nosso objetivo é fazer com que, em três ou quatro anos, o evento seja fantasticamente maior”, afirmou Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente da Abit.

O presidente do Febratex Group, Hélvio Pompeo Madeira, destacou a importância do evento para a indústria e compartilha os planos para as próximas edições: “A FebraTêxtil se estabelece como um evento essencial para o setor têxtil em São Paulo. Nossa missão é continuar criando um ambiente propício à troca de conhecimentos e à geração de negócios. Para as edições futuras, nosso objetivo é expandir ainda mais a feira, trazendo as tendências e inovações que irão moldar o futuro do setor”.

O Diretor do Febratex Group, Hélvio Jr., destacou o enorme sucesso da feira, enfatizando que FebraTêxtil 2026 já é uma realidade. Ele ressaltou que o êxito desta edição reflete o compromisso da Febratex com o fortalecimento da indústria têxtil. “Estamos não apenas fortalecendo este ecossistema, mas também impulsionando o crescimento do setor, o que demonstra nosso empenho em promover a evolução contínua da indústria têxtil”, afirmou.

A FebraTêxtil 2025 se posicionou como o único evento em São Paulo que integra todo o ecossistema de insumos e soluções para a indústria têxtil e de confecção. A edição de 2026 já está confirmada será nos dia 24 a 26 de fevereiro de 2026 e com certeza trará ainda mais inovações e tendências para a indústria têxtil.