INCOFIOS

worldfashion • 13/11/24, 14:36

A Incofios uma empresa líder no mercado têxtil com duas décadas de experiência na produção de fios 100% algodão de alta qualidade. Fundada em 2001, com sede em Indaial, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, é uma empresa de espírito jovem com visão estratégica no seu segmento. Inovação, tecnologia e respeito aos clientes e colaboradores são a base para o crescimento da marca no mercado.

SUSTENTABILIDADE

Na busca por soluções mais sustentáveis em toda a operação, a Incofios, empresa líder na produção de fios de algodão, desenvolveu um projeto sobre o uso de caixas de papelão, muito utilizadas para o transporte e entrega da produção. Agora, parte dos clientes recebe o pedido entregue em paletes retornáveis, que promovem uma solução mais interessante ambientalmente.

Os estudos para a mudança tiveram início em 2017, quando a empresa iniciou pesquisas junto aos seu  clientes de vários setores. E percebeu que a opção poderia ter uma boa aceitação entre todos os clientes, assim a empresa decidiu adaptar essa prática em suas operações.

Benefícios

O projeto oferece agilidade na entrega, enquanto no método tradicional cada caixa precisava ser retirada manualmente do caminhão, agora basta remover o palete com toda a carga, reduzindo o tempo de carga e descarga pela metade. Da mesma forma, no processo de alimentação dos teares, a eficiência é aumentada, pois o tempo gasto para desembalar e colocar os fios nos teares é significativamente reduzido.

Atualmente, a Incofios entrega a produção em paletes para 5% dos clientes, mas o objetivo é aumentar esse número em 25%. Muitos clientes ainda apresentam alguma resistência na troca do insumo porque acabam utilizando também as caixas de papelão, mas o projeto da empresa é conscientizar estes compradores dos benefícios da troca.

Estamos trabalhando ativamente para ampliar a adoção do novo sistema para mais clientes, visando agilidade logística e preservação ambiental. Este projeto está alinhado com as metas globais da Agenda 2030.

“A Incofios, como signatária dos ODS, busca diariamente o consumo e a produção sustentável, que fazem parte dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.”, destaca Fernando Conti, gerente comercial.

A empresa ressalta que os paletes utilizados no projeto são adquiridos externamente e retornam à empresa para serem reutilizados, contribuindo para um ciclo mais sustentável de produção e entrega. Com isso, a Incofios reafirma seu compromisso com a inovação, a eficiência operacional e a responsabilidade ambiental em todas as suas operações.

REAPROVEITAMENTO

Desde 2022, a IncofiosI, que possui uma unidade fabril em Campo Verde, Mato Grosso, conta com o selo Eureciclo, que também garante logística reversa das embalagens comercializadas.

A indústria têxtil desempenha um papel importante na economia global, e seu desenvolvimento sustentável tem sido um foco crescente para garantir um futuro mais verde. A promoção de iniciativas como a reciclagem, a economia circular e a gestão responsável de resíduos reflete o compromisso da indústria em reduzir o consumo de recursos naturais, como a água, e as emissões de carbono.

Com essas práticas, a indústria têxtil visa contribuir para um ecossistema mais equilibrado, adotando um modelo de produção cada vez mais alinhado à sustentabilidade e à preservação do meio ambiente.

Em meio a esse cenário, a Incofios, que possui unidade fabril em Campo Verde, Mato Grosso, vem se destacando por suas ações voltadas à sustentabilidade. Em 2023, a empresa conseguiu reaproveitar 98% dos mais de 2 milhões de quilos de resíduos gerados na confecção de seus produtos, resultado de uma forte campanha de reciclagem interna. Apenas 1,77% do lixo produzido foi destinado a aterros sanitários, demonstrando o compromisso da Incofios com a gestão ambiental responsável e a redução do impacto ambiental.

Conforme o Diretor  da empresa, Edson Augusto Schlogl, o programa de conscientização da Incofios é baseado na metodologia 5S, conjunto desenvolvido no Japão e que tem o objetivo de incentivar um ambiente de trabalho limpo e organizado. “A partir dessa metodologia realizamos a coleta seletiva, garantindo um destino adequado para todos os resíduos. A nossa matéria prima principal, o algodão, também é altamente aproveitado e os resíduos são transformados em briquetes – pequenos blocos que podem ser utilizados em caldeiras”, destaca.

Além disso, desde 2022, a empresa possui o selo verde Eureciclo em suas embalagens, um certificado que garante que, para cada embalagem comercializada, outra equivalente é reciclada. Essa prática faz parte do esforço contínuo de promover a logística reversa, que é o processo de recolhimento e reaproveitamento de resíduos pós-consumo, garantindo que embalagens e materiais não se tornem poluentes, mas sim recursos recicláveis.

Para a Incofios, a logística reversa é um pilar fundamental para a economia circular, pois promove a coleta e o reaproveitamento de resíduos sólidos e embalagens após o consumo. Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, empresas que produzem, comercializam ou importam embalagens são obrigadas a destinar corretamente ao menos 22% dos resíduos gerados. A empresa, por meio do selo Eureciclo, não só cumpre, mas supera essa exigência. “Com a inclusão do selo em nossas embalagens, nós reforçamos nosso compromisso com a sustentabilidade. Nós vamos além do mínimo exigido pela legislação, ajudando a estimular e valorizar a cadeia de reciclagem, que é crucial para aumentar as taxas de reciclagem no país”, afirma Edson.

SELO EURECICLO

Desde 2017, a Eureciclo tem trabalhado com mais de 275 centrais de triagem no Brasil, evitando que milhões de toneladas de materiais como papel, vidro, metal e plástico sejam descartados em aterros e lixões. Além de ajudar o meio ambiente, a iniciativa também gera impacto social positivo, com mais de R$ 36 milhões destinados a cooperativas e operadores parceiros.

INVESTIMENTOS

A empresa  investiu em equipamento que vão reduzir o tempo de reparos das máquinas de até seis meses para 24 horas. Sempre em busca da inovação e da excelência, a Incofios, adquiriu uma impressora 3D de grande porte para otimizar os processos de manutenção de equipamentos de fábrica. Dessa forma, a empresa cria o conceito de “almoxarifado digital” reduzindo o tempo de espera de peças por reposição, que atualmente pode chegar a seis meses, para até 24 horas.

O “almoxarifado digital” foi concebido como uma solução para reduzir o volume do estoque físico e aumentar a agilidade na obtenção de peças necessárias. “Ao invés de armazenar peças fisicamente, a Incofios passa a manter arquivos digitais das peças. Quando uma peça é requisitada, basta enviar o arquivo para a impressora 3D e produzir a peça em questão. Este método não só otimiza o espaço físico, mas também proporciona uma resposta rápida às demandas emergentes”, explica Leonardo Bordignon, Líder De Almoxarifado da Incofios.

O equipamento que permite este avanço é a impressora 3D Creatbot D600 Pro2, uma máquina robusta e altamente eficiente, equipada com uma cabeça de impressão dupla, câmara de construção fechada com controle de temperatura até 70ºC, mesa de impressão aquecida e extrusores Direct Drive. “Este equipamento é ideal para a engenharia e produção de peças de grandes dimensões, feitas com materiais avançados como NYLON, PC e compostos reforçados com fibra de carbono e vidro”, explica Leonardo.

Este projeto foi iniciado em 2022, com um investimento inicial de R$39.300 mil, além dos custos com insumos. Com a recente expansão e a aquisição de uma nova máquina, investimos mais de R$92 mil, diversificando também os filamentos utilizados, incluindo ABS, Nylon, PETG e PVOH, para atender a diversas necessidades de produção. “Esse movimento reflete o compromisso da Incofios com a inovação e a busca constante por soluções práticas que aceleram os processos internos. Afinal, agilidade é um dos nossos valores”, ressalta.

GANHO DE TEMPO E RECURSOS

A principal vantagem do novo equipamento para o departamento de manutenção é a significativa redução no tempo de resposta. Peças que anteriormente poderiam levar até seis meses para serem entregues agora podem ser produzidas internamente em até 24 horas. O Supervisor de Manutenção ressalta que o ganho de tempo é crucial para evitar paradas prolongadas de máquinas, garantindo a continuidade da produção e a qualidade do produto final.

Além disso, a novidade oferece também uma economia nos custos com a produção de peças internamente. “Conseguimos reduzir os custos em até 96% em comparação com a compra de peças importadas, como é o caso dos dutos de cardas, que possuem alta demanda e rápido desgaste”, analisa.

A iniciativa do “almoxarifado digital” demonstra a filosofia da Incofios de estar sempre à frente no mercado, incorporando tecnologias de ponta para melhorar a eficiência operacional. Com este projeto, a empresa reforça o compromisso com a inovação, agilidade e qualidade, valores que a diferenciam no setor industrial brasileiro.

da redação com informações da PRESSE COMUNICAÇÃO

ARTIGO - Comércio digital global e a necessidade de novas regras tributárias e regulatórias

worldfashion • 15/07/24, 15:11

Por Fernando Valente Pimentel* e Patrícia Pedrosa**

Uma das mudanças mais marcantes tem sido o aumento vertiginoso das pequenas encomendas por meio do e-commerce. Esta tendência não apenas criou mais oportunidades de negócios para pequenos empreendedores, mas também fez grandes plataformas digitais ganharem relevante espaço no comércio internacional de bens de consumo final, como vestuário. Também devemos explorar essas novas formas de vendas para colocar mais produtos brasileiros no mercado mundial.

No Brasil, de acordo com os últimos dados divulgados pela Receita Federal, a média mensal de pacotes recebidos é de 18 milhões. Nos EUA os números são ainda mais expressivos. Estima-se que o país receba cerca de três milhões todos os dias. Será que as regras atuais de comércio internacional e as legislações implementadas pelos países são adequadas para lidar com as características especificas desse tipo de negócio?

O debate sobre o comércio eletrônico cross border tem se intensificado não só no Brasil, mas em todo o mundo. Questões tributárias, controle aduaneiro, oferta de produtos ilegais e falsificados são desafios que se apresentam com força. A regulamentação e aplicação consistentes de normas técnicas e padrões de qualidade também se tornam cruciais para proteger os consumidores e garantir a equidade no mercado.

Nesse contexto é que tem ocorrido a mobilização pela igualdade tributária no Brasil. Em seu mais recente episódio, foi estabelecida pelo Congresso Nacional taxação de 20% do Imposto de Importação para encomendas de até 50 dólares das plataformas internacionais. O fim da isenção foi um primeiro passo, mas o empenho pela isonomia continua, pois persiste grande diferença em relação aos 90% de impostos incidentes sobre a indústria e o varejo do nosso país.

Cabe observar que os benefícios concedidos às plataformas internacionais, a começar pela isenção tributária iniciada em agosto de 2023, e agora com uma taxação ainda muito aquém do que pagam as empresas brasileiras, são muito característicos de acordos comerciais entre países ou bloco de nações, como o que se está tentando efetivar há mais de 20 anos entre Mercosul e União Europeia. No caso da isenção e “preferência tarifária” para as encomendas internacionais via comércio eletrônico não houve nenhum processo de negociação com avaliação dos parceiros comerciais envolvidos e interesses ofensivos e defensivos.

O Brasil simplesmente ofereceu condições especiais a essas empresas estrangeiras, sem qualquer contrapartida ou negociação e de maneira muito simplista. Não se admite como contrapartida, como se justificou na origem do privilégio, a aderência dos sites de e-commerce ao Programa Remessa Conforme, pois cumprir leis e normas é obrigação.

Concessões dessa natureza neste novo cenário do comércio exterior geram riscos para os países, em especial num momento em que não se pode contar com arbitragem adequada de organismos multilaterais, num cenário geopolítico no qual a Organização Mundial do Comércio (OMC) parece letárgica, encontrando-se, inclusive, sem o seu órgão de solução de controvérsias. Assim, precisamos nos adaptar com os recursos e possibilidades que temos para vencer os novos desafios, o que inclui a igualdade de condições quanto aos impostos e ao aspecto normativo, tendência que já se observa na Europa.

É premente conferir o mesmo tratamento tributário, legal e regulatório a tudo o que é vendido em nosso país, prioridade que se coloca aos poderes Executivo e Legislativo e aos organismos reguladores e fiscalizadores. Caso contrário, seremos atropelados pela realidade irresistível de um planeta hoje sintetizado nas telas de múltiplos devices, no qual metade da população está a apenas um clic de comprar tudo o que desejar e de infinitas possibilidades de satisfazer seus anseios de consumo.

*Fernando Valente Pimentel é diretor-superintendente e presidente emérito da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).

**Patrícia Pedrosa é gerente de Comércio Exterior e Assuntos Regulatório da Abit.

da redação

CENÁRIO MACROECONÔMICO

worldfashion • 05/10/23, 15:21

O evento sobre o Panorama Econômico aconteceu na sede da ACI (Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom, Estância Velha e Dois Irmãos) em Novo Hamburgo/RS, e contou com apresentações do gerente de investimentos da Sicredi Pioneira Arthur Müller, do gerente de vendas da Monte Bravo Eduardo Correia e do doutor em Economia e consultor setorial Marcos Lélis.

Abrindo o encontro, Müller destacou o cenário internacional e os seus impactos na economia brasileira. Segundo ele, as exportações brasileiras vêm sendo impactadas pelas altas taxas de juros, principalmente nos Estados Unidos e na Zona do Euro, uma inflação persistente provocada pela guerra entre Ucrânia e Rússia e a desaceleração da economia mundial, principalmente da China. “Neste cenário, alguns poucos setores conseguem despontar no nível internacional”, disse. No cenário, as projeções da Sicredi apontam para um crescimento de 3,1% no PIB brasileiro em 2023. Já para 2024 a projeção é de crescimento bem menor, de 1,5%.

Na sequência, Correia falou sobre a variedade de investimentos em renda física, destacando a importância de diversificar os aportes para diluição de riscos. Segundo ele, ainda que o cenário seja um tanto nebuloso, o Brasil deve crescer ao longo do ano, com graduais cortes nas taxas de juros da Selic. Até o final do ano, a expectativa é de que a SELIC chegue a 11,75% - hoje está em 13,25%. Para 2024, a estimativa é de uma taxa na faixa de 9%.

Calçados

Na última apresentação, Lélis discorreu sobre os setores de calçados, couros, móveis e automotivo. Com uma produção que cresceu 0,9% nos comparativos entre janeiro e julho deste ano com o mesmo período do ano passado, a indústria calçadista lentamente recupera as perdas registradas durante a pandemia de Covid-19. “O setor deve chegar aos níveis de 2019 somente em 2025”, projeta. Segundo o economista, diferentemente de 2022, quando as exportações puxaram a produção, em 2023 o motor do crescimento tem sido o mercado interno. “O cenário internacional está mais complicado para o setor. Em 2022, a China praticamente sumiu do mercado, em função das rígidas políticas de Covid Zero e também pelo aumento no valor dos fretes, que os impediu de exportar para mercados mais distantes. A indústria calçadista brasileira acabou sendo beneficiada por esse cenário, no qual também foi somada a valorização do dólar sobre o real, o que deixou os preços mais competitivos para exportação”, conta. Para este ano, conforme projeção da Abicalçados, a produção deve crescer entre 1% e 1,7%, ao passo que as exportações devem cair entre 6,7% e 9,1% em relação a 2022.

Móveis

Já o setor moveleiro, segundo Lélis, viu sua produção encolher 1,9% entre janeiro e julho, no comparativo com o mesmo período de 2022. “A indústria de móveis está muito mais atrelada à questão do crédito e dos investimentos imobiliários, que estão travados”, avalia. Neste cenário, segundo Lélis, é projetada uma banda de crescimento de 0,9% até uma queda de 2,4% na produção, dependendo muito do comportamento da construção civil até o final do ano. Já as exportações do segmento devem registrar uma queda entre 36,4% e 39,3% em 2023.

Automóveis

O setor automobilístico mundial, que perdeu 1,9% de sua produção no ano passado (produzindo 61,6 milhões de veículos), vem em recuperação, embora lenta. Segundo Lélis, entre janeiro e julho, a produção do setor cresceu 1,98% em relação ao mesmo período do ano passado. “

Couros

Por fim, Lélis detalhou a produção de couros no Brasil. Segundo ele, muito atrelada ao crescimento da China, maior comprador internacional do setor, a indústria de curtumes deve crescer em 2023, embora tenha uma margem de queda. A banda pessimista aponta para um revés de 1,2%, enquanto a otimista para um crescimento de 2,3%.

A realização do Panorama Econômico foi da Assintecal e contou com os apoios da Monte Bravo, Sicredi Pioneira e Unisinos.

da redação com informações da DCR - Assessoria de Imprensa