quando givenchy decide enfrentar a crise…

admin • 04/08/09, 10:07

Para não dizer que os estilistas vivem desconectados da realidade, Givenchy criou uma linha “anti-crise”. A idéia do estilista Riccardo Tisci é simples: lançar alguns modelos clássicos da marca com uma releitura 2009 e – o mais importante – com preços mais acessíveis que os da linha principal.

As peças (blusas brancas, bolsas, casacos em couro, calças pretas e até mesmo sapatos) serão vendidas a partir de 200 euros e, como são bem básicas, poderão muito bem sobreviver várias temporadas. A coleção, sabiamente batizada Redux, estará disponível nas boutiques da marca a partir de outubro. Um conceito que vai certamente agradar os “recessionistas” de plantão. Silvano Mendes

ppr termina semestre em baixa

admin • 31/07/09, 10:11

O grupo internacional de produtos de luxo PPR divulgou nessa sexta-feira seu balanço do primeiro semestre. Os resultados apontam uma queda de 3,6% no faturamento total, que terminou o período calculado em 9,23 bilhões de euros.

PPR divide suas atividades entre moda e grande distribuição. O conglomerado é proprietário do Gucci Group, que reúne nomes como Gucci, Yves Saint Laurent, Balenciaga e Stella McCartney, mas também da Fnac, da Conforma (móveis populares), da Redoute (vendas por correspondência) e da marca Puma.

Assim como seu concorrente direto, LVMH, o grupo de François-Henri Pinault registrou resultados mais estáveis nos segmentos de moda que em seus demais ramos de atividade. Enquanto a Fnac terminou o semestre em queda de 5% e a Conforama perdeu 10,9%, as empresas do Gucci Group fecharam o período em alta de 4,4%. No entanto esse número deve ser ponderado, já que marcas como Gucci ganharam 8,3% no faturamento enquanto Yves Saint Laurent sofreu uma queda de 6% no mesmo semestre.

Se LVMH cortou despesas em marketing para enfrentar a crise, PPR preferiu suprimir empregos, principalmente na Fnac e na Conforama. A decisão causou vários protestos, mas o grupo declara que a medida já trouxe seus resultados: 106 milhões de euros foram economizados nos primeiros seis meses do ano. A boa notícia é que a empresa pretende investir ainda mais nos mercados emergentes. Com 31% de suas vendas realizadas nesses países, PPR viu seu faturamento progredir 15% nos chamados novos mercados. Silvano Mendes

crise em honduras assusta gigantes da moda

admin • 30/07/09, 11:33

Desde que foi atingido por um golpe de Estado há mais de um mês, Honduras entrou para a atualidade internacional. A tal ponto que quatro gigantes da moda - Nike, Gap, Adidas e Knights Apparel – decidiram se unir em um comunicado enviado à secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, para exprimir sua preocupação.

Mesmo se não tomaram partido sobre a situação politica do país, os fabricantes de roupas e artigos esportivos se dizem apreensivos e solicitam “que esta crise seja imediatamente resolvida, com as liberdades públicas restabelecidas, inclusive a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão e a liberdade de movimento”. No entanto as empresas não disseram a que ponto a situação tem afetado suas atividades ou se pretendem reduzir o volume de produtos fabricados no país caso as turbulências continuem.

Apesar de breve, a mensagem deixa transparecer o peso desse pequeno país de oito milhões de habitantes para o mercado norte-americano. Afinal, Honduras é o maior exportador de tecidos e roupas prontas da América Central, o que o posiciona com um dos parceiros privilegiados dos Estado Unidos. Há duas semanas um grupo de empresas do setor já havia enviado uma carta ao presidente Barack Obama. O documento lembrava que o país era o terceiro maior mercado para as exportações do têxtil norte-americano, além de ser seu quarto maior fornecedor no setor. Silvano Mendes

crise afeta lucros de lvmh

admin • 28/07/09, 09:49

O grupo LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton, número um mundial do luxo, divulgou nessa segunda-feira seus resultados do primeiro semestre. Apesar de um volume total de vendas praticamente estável, a empresa registrou uma queda de 23% em seu lucro líquido nessa primeira metade do ano. Enquanto as vendas ficaram na casa dos 7,81 bilhões de euros (contra 7,79 em 2008), os lucros caíram de 891 para 687 milhões de euros em comparação ao mesmo período do ano passado. O gigante do luxo estava habituado a um crescimento anual de mais de 10% que se repetia há várias temporadas na maioria de suas marcas.

De acordo com a direção do grupo a queda do primeiro semestre se concentra principalmente no setor de bebidas, jóias e relógios – que dependem de distribuidores externos - , enquanto os bons resultados vêm dos produtos de moda (roupas, bolsas e acessórios), que registraram um crescimento de 8% em suas vendas. O que mostra que a política de controle de sua rede de distribuição, como no caso de Louis Vuitton, vendida apenas em suas próprias boutiques, continua dando seus frutos.

Desde o início da crise econômica LVMH tem adotado uma estratégia de redução de custos no marketing e promoção (corte de 5%). Essa tendência deve continuar no segundo semestre e os investimentos publicitários serão mais concentrados nas marcas estrelas do grupo, como Louis Vuitton, Christian Dior et Guerlain. O gigante francês também deve investir ainda mais nos mercados emergentes, que já representam 30% de suas vendas no mundo e são vistos como importantes vetores de crescimento. No topo da lista: China, Rússia, India e … Brasil. Silvano Mendes

um novo dono para lacroix?

admin • 24/07/09, 11:14

Continuam as especulações sobre um possível comprador para a grife francesa Christian Lacroix. Essa semana algumas empresas manifestaram interesse pela marca que está sob administração judicial desde o início de junho após ter declarado a suspensão dos pagamentos. Entre os nomes mais cotados está o da consultoria Bernard Krief Consulting, que já está se especializando em salvar empresas em dificuldades em vários setores. Além de ter comprado a tradicional fabricante de fios para bordados DMC, o grupo adquiriu 19 empresas à beira da falência em apenas dois anos.

Entretanto alguns especialistas questionam a estabilidade de Bernard Krief Consulting e, principalmente, a origem do fundos usados nessas aquisições. Dirigida pelo prefeito da pequena cidade de Verneuil e conselheiro do partido UMP (do presidente Nicolas Sarkozy) Louis Petiet, a consultoria tem um faturamento que dobra a cada ano mas que não seria suficiente para tais transações. Sabe-se apenas que para reestabelecer a saúde financeira de algumas dessas empresas Petiet adotou uma organização “low cost” com parceiros nos Emirados Arabes, China e Paquistão. Será que Lacroix, uma das mais tradicionais marcas francesas, vai deixar de vez o país?

A grife, criada pelo líder mundial do luxo LVMH em 1987, foi vendida em 2005 ao grupo norte-americano especializado em lojas de dutty-free Falic, mas continuava com sede francesa. Com um faturamento de 30 milhões de euros em 2008, mas com perdas de 10 milhões no mesmo ano, a empresa pode cessar suas atividades e demitir seus 112 funcionários caso não encontre um comprador ainda esse ano. Silvano Mendes