VAREJO DIGITAL

worldfashion • 23/02/22, 10:11

artificial-photography-vb5qtt8x4na-unsplashCada vez mais o comércio necessita de tecnologia e logística para acompanhar as mudanças das vendas on-line e atender melhor o seu consumidor. As ferramentas são diversas, há então a necessidade de conhecer empresas que tenha a solução adequada, para o seu modelo de negócios. Leia no artigo de Antonio Castilho, Diretor de Varejo da Diebold Nixdorf Brasil, que aborda a trajetória do varejo, que passa por revolução em direção ao foco no consumidor moderno, e mudanças nas regulamentações comerciais, políticas e ambientais, os varejistas precisam revisar por completo suas estratégias de negócios rumo ao contexto da digitalização. Ou seja, precisam de uma resposta adequada para acompanhar a inovação contínua buscada e vivida pelas pessoas. Ainda nesta matéria conheça as 5 tendências da indústria da moda no varejo digital em 2022 elencadas pela Codeby, empresa de tecnologia especializada em e-commerce. E para acompanhar o crescimento do varejo ON-LINE, a empresa GTI PLUG  apresenta o sistema de dark stores no Brasil, que atende aos varejistas e investidores de todo o Brasil  como um centro de distribuição e logística, tendência implementada nos comércios.

Revolução do Varejo rumo à era centrada no consumidor

Por Antonio Castilho (*)

dn-antonio-castilhoUma coisa é certa: as lojas tradicionais, como as conhecemos no passado, estão com seus dias contados. Pode parecer exagero, mas não é. Já parece claro que o Varejo físico é e será um dos segmentos mais impactados pela transformação digital. Seja pela rápida ascensão dos concorrentes on-line ou por conta das mudanças nas regulamentações comerciais, políticas e ambientais, o fato é que os varejistas precisarão revisar por completo suas estratégias de negócios rumo ao contexto da digitalização. Neste cenário altamente dinâmico, uma outra certeza é a de que poucas habilidades serão tão importantes para os comerciantes como a adaptabilidade, principalmente em busca de soluções centradas nas demandas dos consumidores.

De acordo com análises do Connected Shoppers Report, à medida que fica cada vez mais indefinida a fronteira entre os pontos de contato físicos e digitais, os compradores esperam que as marcas e os varejistas cumpram suas regras, com pouca paciência para experiências abaixo da média. Segundo a pesquisa, 80% dos compradores abandonarão um varejista após três experiências ruins (envolvendo qualquer ponto de contato) e 66% dos clientes esperam que as empresas entendam suas necessidades e expectativas exclusivas.

Como resultado, o momento exige que os líderes do varejo mudem seus focos de inovação, direcionando os esforços para a capacidade de entender e antecipar a dinâmica do mercado, criando culturas capazes de adaptar e explorar rapidamente as oportunidades que surgirem acerca do atendimento aos clientes. Este é o grande desafio do Varejo físico na atualidade.

É preciso voltar às origens do atendimento no balcão e garantir o foco no atendimento de cada cliente. Importante dizer, aliás, que essa atenção centrada nas necessidades dos consumidores não deve ser, simplesmente, em busca de vantagens pontuais de uma loja em relação à concorrência (com apenas preços ou variedade de portfólio competitivos); ao contrário, os lojistas precisam entender que o sucesso de seus negócios depende cada vez mais da execução impecável da “jornada do consumidor”, incluindo todos os aspectos – da atração à retenção das pessoas, passando por experiências de pagamento verdadeiramente transparentes e sem atritos.

Segundo pesquisa da KPMG, mais de 60% dos consumidores entendem que o valor agregado é um diferencial na escolha de produtos ou serviços. Temos de buscar, portanto, uma compreensão profunda do que um consumidor precisa e quer para pensarmos em um design cuidadoso das atividades, com a otimização das interações e pontos de contato ao longo do caminho feito pelos compradores (dentro das lojas e fora delas, via aplicativos, sites, redes sociais etc.). Na Era do Consumidor omnipresente, jornadas personalizadas – curtas e longas – atendem às necessidades individuais dos consumidores e, como tal, tornaram-se centrais para a forma como os consumidores percebem uma marca de varejo.

Dito de outra forma, os varejistas precisam de uma resposta adequada para acompanhar a inovação contínua buscada e vivida pelas pessoas. É fundamental, portanto, contar com uma abordagem abrangente, com soluções projetadas para ajudar os varejistas a se adaptarem às mudanças constantes, trabalhando pela otimização das experiências do consumidor e na redução dos custos gerais.

Por meio da implementação de uma cultura centrada no consumidor, por exemplo, os comerciantes podem construir jornadas de compra e de suporte aos clientes mais atraentes, com experiências projetadas a partir das necessidades, preferências e no histórico de compras de cada consumidor.

Para serem competitivas nestes novos tempos, é importante que os varejistas desenvolvam uma análise holística das demandas e etapas de compra dos clientes, e que essas análises sejam feitas de forma ágil para permitir as possíveis adaptações dentro das operações. Isso pode ser feito por meio da combinação entre investimentos em equipes especializadas e através da implementação de tecnologias que ajudem a compor um mix de checkout e atendimento mais fluido e fácil.

A digitalização da loja atual inclui, portanto, hardware, software e processos relacionados para reduzir o atrito nas jornadas do consumidor, tornando as interações entre lojistas e consumidores mais eficientes, econômicas e confiáveis. A utilização de ferramentas modernas é o que ajudará a tornar as lojas verdadeiramente relevantes, construindo experiências de compra conectadas, independentemente de a jornada ter começado em casa, na rua ou na loja.

Evidentemente, aplicar o digital dentro das lojas não é, por si só, uma bala de prata que vence todos os desafios que o varejo tem pela frente. Em vez disso, a revolução da área precisa ser encarada como uma jornada contínua e interativa, com soluções que ajudem a maximizar a eficiência da loja e melhorar a experiência do consumidor. O varejo centrado no consumidor envolve muito mais do que simplesmente “fazer o que o cliente quer”. No mundo moderno e digitalizado de hoje, tudo se resume a criar uma experiência positiva no ponto de venda e no pós-venda.

Portanto, é preciso realmente entender seus consumidores para definir, construir e ajustar suas experiências individuais. O futuro do varejo é altamente personalizado em todos os pontos de contato – digital e físico. Em tempos marcados pela conectividade e pelo poder concentrado na mão das pessoas, as lojas devem buscar opções para entregar o controle da experiência a seus consumidores, permitindo que eles escolham como comprar, como fazer o checkout e como pagar. Resta saber quais serão os líderes que entenderão o momento e permitirão que a revolução chegue até as gôndolas de seus comércios. Com o futuro sendo construído diariamente, esperar não pode ser uma opção de quem planeja conquistar o consumidor sempre.

(*) Antonio Castilho é Diretor de Varejo da Diebold Nixdorf Brasil líder mundial no desenvolvimento de comércio conectado. A empresa automatiza, digitaliza e transforma o modo como as pessoas fazem compras e transações bancárias. Parceira de algumas das 100 maiores instituições financeiras e dos 25 maiores varejistas do mundo, as soluções integradas da Diebold Nixdorf conectam os canais físicos e digitais de forma conveniente, segura e eficiente para milhões de consumidores todos os dias. A empresa está presente em mais de 100 países, com aproximadamente 23.000 funcionários em todo o mundo.

CODEBY

fellipe-guimaraes-ceo-codeby-1-11Segundo Fellipe Guimarães, CEO da Codeby (*), empresa de tecnologia especializada em e-commerce, as tendências vistas a partir de agora influenciarão a moda no varejo on-line por alguns anos. “Essas transformações irão refletir no cenário em constante mudança da indústria fashion no varejo digital, não só em 2022, mas para os próximos anos”.

“Se o ano de 2020 foi o ano da transformação digital para muitas empresas, o ano de 2021 foi marcado pela incorporação de novos processos, novas formas de se relacionar com o consumidor, a integração e unificação de canais de vendas, tudo isso para que a experiência entregue ao cliente seja a mais completa possível”, explica Fellipe Guimarães.

AS TENDÊNCIAS:

Metaverso

A definição do metaverso é de criar visões paralelas às reais. Isso, por meio de dispositivos que levam as pessoas para salas virtuais onde será representada por um avatar construído por ela mesma.

“Na moda, o metaverso pode ajudar a personalizar as experiências de comunicação. Sem contar que ainda cria novos espaços para produção de campanhas, com a vantagem de reduzir o desperdício através das araras virtuais — podem, inclusive, serem usadas para a produção sob demanda”, explica Guimarães.

Um bom exemplo é o Grupo Soma. Através do projeto Farm Na Nuvem, criou um ambiente virtual onde seus clientes podem passear pela loja da griffe como se estivesse no Google Street View. E, ainda, podem escolher itens e fechar a compra ali mesmo no ambiente virtual.

Design digital 3D e fabricação sob demanda

Uma das dificuldades de realizar compras pela internet de roupas e acessórios é a impossibilidade de provar peças e, dessa forma, saber como será o caimento da roupa no corpo. Este ainda é um fator motivador para que muitos consumidores optem por não realizar compras pelos canais digitais.

“O Design digital 3D consiste basicamente em modelos de roupas tridimensionais com aspecto realista, que se moldam ao corpo do consumidor, além de mostrar combinações para aquela peça. Além disso, tem a proposta de ser sustentável. Sim, a peça só entra em produção após a compra, viabilizando modelos de negócio que visam a fabricação sob demanda”, pontua o especialista.

Realidade aumentada e NFT

A realidade virtual permite mais interação do usuário com a marca e produtos. Esta tecnologia proporciona a oportunidade de experimentar acessórios, peças de roupas e até mesmo a noção de proporção de produtos. É uma tendência que pode ser explorada nas redes sociais, como Facebook Shopping e Instagram Shopping, por exemplo.

“Por meio de óculos de realidade aumentada também é possível ampliar a experiência real de pessoas com a moda NFT. Imagine, por exemplo, que uma pessoa consegue (por meio de óculos especiais) se ver vestida com sua última compra em NFT, com uma compra exclusiva e protegida por criptografia. Seria fantástico, não? Em teoria isto será possível com a soma de NTFs, Metaverso e realidade virtual. Ou seja, 3 ideias que estão sendo apostas altas em gigantes como a Nike, Ralph Lauren, Vans, Gucci e muitas outras”, ressalta Fellipe.

Vídeos

Mostrar produtos por vídeo já é uma prática adotada por diversas marcas em sua estratégia de vendas no e-commerce. Além de mostrar mais detalhes do produto, os vídeos dão noções de proporção e criam uma atmosfera mais receptiva ao cliente.

“Uma das tendências - inclusive bastante usada no Oriente por marcas de luxo - é a venda de itens de moda por vídeos. A ferramenta tem a proposta de ser dinâmica e utilizável em qualquer aparelho, dando ao cliente um atendimento exclusivo e uma experiência única”, aponta Guimarães. “Além disso, é possível conquistar dados importantes sobre seu cliente, como comportamento de compra, produtos de interesse, abandono de carrinho e produtos mais vistos”.

Integração de canais

Uma das características que marcaram a transformação do varejo foi a integração de canais. “Muitas empresas tinham um olhar paralelo sobre suas operações digitais, tratando como uma parte separada dos demais canais. É crucial haver o entendimento de que o digital e o varejo tradicional podem ter envolvimento e ser integrados, criando uma operação muito mais completa e eficiente para o cliente”, salienta Guimarães.

Um olhar 360 graus diminui as fronteiras entre o online e offline, e faz com que empresas do setor de moda possam explorar modelos de negócios diferentes. Além disso, canais mais dinâmicos como o WhatsApp, se tornaram importantes não só para vendas, mas para o relacionamento com o cliente em várias partes da jornada de compra. “A tendência é que este canal continue fazendo parte das estratégias e seja aperfeiçoado para que o cliente fale com o vendedor, tire dúvidas, obtenha fotos e informações privilegiadas da sua marca favorita”.

(*) Codeby empresa de tecnologia com mais de 7 anos no mercado, especializada no desenvolvimento e implementação de e-commerces, lançou recentemente o e-book gratuito “10 tendências para a indústria de moda no digital”, que antecipa as tendências e como elas podem ser aplicadas nos negócios.  A empresa  tem evoluído e transformado a realidade de negócios digitais de grandes marcas e empresas, contribuindo com soluções tecnológicas personalizadas para ambientes digitais. Com sede em São Paulo - Capital, e filial em Portugal, o grupo busca ampliar seu cenário de atuação, registrando crescimento acima de 160% ao ano. A Codeby é MVP Partner no quadrante da Vtex e mantenedora do E-commerce Brasil.

Fellipe Guimarães, especialista em negócios digitais | Startup Maker | Desenvolvedor Full Stack l Autor do livro “Universo do E-commerce”. Founder do  Grupo Codeby, empresa de tecnologia especializada em desenvolvimento de funcionalidades que agregam o crescimento para negócios digitais. A empresa que possui 7 anos de mercado atende grandes marcas como, por exemplo, KFC (México), F64(Romênia), Telemercados (Chile), Lego, Shoulder, Valisere, Alpargatas, entre outras.

GTI Plug - Dark Store

É um modelo de negócio que funciona como um centro logístico e de distribuição, em que as empresas recebem os pedidos pela internet ou contato direto com um atendente. O principal diferencial é o prazo de entrega, que geralmente é de até 24 horas. Além disso, mais de um pedido pode ser coletado ao mesmo tempo, o que otimiza o trabalho dos colaboradores.

Com o crescimento do sistema de dark stores no Brasil, varejistas por todo o País começam a abrir os olhos para esse setor que pode aumentar exponencialmente o lucro de empresas durante o atual momento de crise econômica.

leo-lima0401De acordo com Eduardo Maia (*), CTO da GTI Plug, alguns varejistas viram a oportunidade de transformarem lojas físicas em dark stores temporariamente. “Essa experimentação permite observar se é possível adaptar determinados negócios para esse tipo de modelo. Comerciantes costumam usar esse tempo de teste para modelar uma operação de dark store permanente, o que também serve como um período de aprendizado para um novo modelo de negócio”, relata.

Ao adentrar no setor, os custos de vários critérios devem ser considerados. Novos funcionários, mais espaço de armazenamento, software para gerir pedidos e vários outros itens são necessários.

Maia revela que existem especialistas que avaliam se é viável usar o mesmo espaço de uma loja física para a dark store. “Se seus pedidos on-line tiverem grande demanda diária, pode ser um sinal de que você deve implantar uma dark store à parte, evitando problemas de logística, conflito de estoque e atendimento lento”, pontua.

O crescimento das dark stores tem relação direta com a mudança na forma de consumo e do avanço das compras digitais no dia a dia das pessoas. Em 2020, uma pesquisa da ABComm – Associação Brasileira de Comércio Eletrônico revelou que, só naquele ano, mais de 20 milhões de pessoas começaram a comprar pela internet. Foram 301 milhões de compras por métodos digitais, o que gerou um crescimento de 68% em comparação ao ano anterior.

De acordo com o Eduardo Maia da GTI Plug, a pandemia do coronavírus alavancou a força dos e-commerces em geral, o que acelerou o processo de compras por outros canais além do físico. “As marcas tiveram que se adaptar para continuar no mercado de forma competitiva ou até sobreviverem. Nos EUA, por exemplo, a maioria das grandes marcas optou por passar por esse processo. Em algum momento, sua marca deverá entrar nesse modelo de negócio para se manter atualizada, tendo em vista que as dark stores vieram para ficar e com certeza farão parte do futuro do varejo”, finaliza o especialista.

(*)Eduardo Maia é graduado em Ciência da Computação, pós-graduado em Gerenciamento Estratégico de Projetos pela Universidade Fumec e tem MBA em Finanças Corporativas pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, certificado no MPS.BR (P1-MPS.BR) e implementador MPS.BR (P2-MPS.BR), melhoria no processo de software. Tem atuação em relevantes projetos de desenvolvimento de softwares em grandes organizações. É responsável técnico e tecnológico da GTI PLUG - uma logtech que está transformando o ecossistema de armazenagem do País, aplicando tecnologia nas diversas etapas da logística. Seu principal objetivo é aplicar transformação digital nesse setor, revolucionando e democratizando a logística no Brasil, otimizando a conexão entre o cliente e a disponibilidade do estoque e assim, gerar maior eficiência para a economia do País e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

No Brasil e no mundo a ruptura de estoque é algo que incomoda todas as empresas. A GTI Plug surgiu com a crença de que essas empresas não podem falhar com seus clientes para continuar crescendo. Profissionalizar as atividades logísticas das pequenas e médias empresas com a adoção de tecnologia é o norte da GTI Plug.

da redação com informações da Planin Comunicação para Diebold Nixdorf Brasil, informações da Temma Agência para Codeby e informações da Carolina Lara Comunicação para GTI PLUG  imagens: fotos/divulgação

sem comentários

Atenção: o sistema de comentários foi concebido para promover debates construtivos sobre os assuntos publicados. A Link Editora reserva-se o direito de excluir conteúdos (textos, fotos, urls ou qualquer outro) que julgar preconceituosos, ofensivos, difamatórios, caluniosos, prejudicial a terceiros ou que infrinjam qualquer legislação atual. Conteúdos de caráter promocional ou comentários anônimos também serão removidos.
Ressaltamos que os conceitos e opiniões emitidos nesse espaço serão de única e exclusiva responsabilidade de quem os formular.

ainda não há comentários.