Ronaldo Fraga leva o projeto social de Tucumã, no Pará, para o SPFW

admin • 11/06/12, 12:56

Em seu desfile, na próxima terça (12/06), o estilista mineiro Ronaldo Fraga mostrará o resultado de seu trabalho em conjunto com artesãs do sudeste do Pará, parceria a convite da Fundação Vale. A colaboração resultou nos maxicolares cheios de estilo da coleção “Turista Aprendiz na Terra do Grão-Pará.”

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Para o desenvolvimento dos acessórios, a Cooperativa de Biojoias de Tucumã, que nasceu de um projeto social da Fundação Vale, participou de oficinas com Ronaldo Fraga entre os meses de março e junho.

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Encantado com a potencialidade das artesãs, Fraga se envolveu com a Cooperativa inspirado na estratégia da Fundação de unir desenvolvimento social e geração de trabalho e renda. “É importante que instituições como a Fundação Vale desenvolvam projetos como esse em regiões fora dos grandes centros urbanos. Muito mais do que colares, muito mais do que pulseiras, muito mais do que anéis, cada peça produzida pela Cooperativa traz um desejo de transformação social”, explica o estilista.

Talento inato

Nas mãos de um grupo de mulheres do município de Tucumã, cidade paraense a 937 Km de Belém, sementes da flora amazônica se transformam em biojoias. A partir de um curso de qualificação profissional promovido pela Fundação Vale, em 2009, o grupo conheceu técnicas de beneficiamento de sementes, montagem de peças e noções de empreendedorismo. Passaram de “donas de casa com algum interesse por artesanato” a artesãs de uma Cooperativa que busca evolução permanente.

O suporte dado pela Fundação Vale à iniciativa é um esforço de desenvolver as vocações econômicas da região, valorizar a cultura local e contribuir para o empoderamento feminino.

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Na parceria com o Ronaldo Fraga, foi mobilizada uma equipe de profissionais para aprimorar o conhecimento das artesãs sobre design, estimulando o estudo de novas formas e a experimentação de novos materiais. Além disso, o grupo foi acompanhado por uma psicoterapeuta, com o intuito de trabalhar sua autoestima e criatividade. “A gente antigamente só copiava os modelos. Agora, estamos participando da criação da peça, do desenho, de todo o processo até chegar à produção final e isso está trazendo maior valor para nosso trabalho”, conta Antônia Márcia, líder da Cooperativa.

“É incrível o poder de transformação de iniciativas que trabalham com o desenvolvimento de talentos e com a preservação de tradições e culturas. Pudemos constatar isso na prática, observando como as artesãs saíram fortalecidas dessa experiência realizada em Tucumã”, explica Andreia Rabetim, gerente geral de Parcerias Intersetoriais da Fundação Vale.

De Tucumã para o mundo

Valorizando a flora amazônica, os acessórios da coleção “Turista Aprendiz na Terra do Grão-Pará” são feitos de sementes como açaí, jupati, morototó, jarina, dedo de índia, paxiubinha e ouriço de castanha, além de fragmentos de madeiras como amarelão, ipê, cumarú, muracatiara, tatajuba e roxinho. Todas fazem parte da riqueza e diversidade do Pará, região onde a Vale está presente há 50 anos.

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Criadas em parceria com Ronaldo Fraga, todas as peças são de propriedade intelectual das cooperadas. Ronaldo cederá também seus pontos de venda para a comercialização dos acessórios, de acordo com o interesse das artesãs da Cooperativa.

Fotos:  Marcelo Belém

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