EVENTO BRICS + FASHION SUMMIT

worldfashion • 09/12/23, 10:28

Realizado em Moscou, entre os dias 28 de novembro a 2 de dezembro, o evento internacional incluiu profissionais da moda de cerca de 60 países, que se reuniram no auditório Zaryadye, para discutir as questões urgentes que confrontam a indústria da moda e compartilhar conhecimento e experiências.

Moscou tornou-se um hub da moda internacional, reunindo mais de 200 profissionais da moda

no coração da capital russa.

“Vemos um grande potencial no fortalecimento de parcerias com os países BRICS+.

E os programas de cooperação já apresentam os primeiros resultados.

O fórum internacional da moda irá basear-se no sucesso e identificar

novas áreas promissoras para trabalho conjunto”

observou Natalya Sergunina, vice-prefeita de Moscou.

O foco do terceiro dia do Summit foi a tecnologia e seu impacto transformador no setor da moda. A sessão de plenário, “O futuro está aqui. Como a tecnologia transforma a indústria da moda”, trouxe palestrantes renomados, que compartilharam suas percepções sobre o assunto.

Participantes:

Olivia Merquior, co-fundadora do Brazil Immersive Fashion Week, enfatizou o poder do storytelling na indústria da moda.

“Estamos trabalhando no setor da moda e tentando nos certificar de que existe algum

tipo de narrativa por trás de nossas coisas”, disse ela. “Não se trata apenas do produto

ou do tecido, é sobre a história que pode nos unir, como comunidade. Tecnologia não

significa somente ‘digital’. Inclui também outros tipos de métodos, como a impressão.

Precisamos entender como eles podem ser usados para criar histórias

que melhorariam nossa experiência”.

Rajesh Masand, Presidente da Clothing Manufacturing Association da Índia, ressaltou a necessidade de uma produção otimizada e a integração da automatização, IA e análise de dados para elevar as empresas de moda. Ele também ressaltou o potencial das tecnologias 3D para aprimorar os modelos e procedimentos.

Nana Tamakloe, Diretora Gerente da Accra Fashion Week, falou sobre o impacto das redes sociais na promoção da moda africana. Ele enfatizou que as plataformas de mídias sociais proporcionaram uma plataforma para que os africanos apresentassem sua moda e cultura exclusivas, desafiando os estereótipos mostrados em filmes.

O BRICS+ Fashion Summit proporcionou uma convergência de profissionais da moda, designers e especialistas do setor, vindos de todo o mundo. O evento combinou o Programa Corporativo com os Fashion Shows, um Showroom B2B e um curso Intensivo de Moda especial.

Ao longo da semana, o BRICS+ Fashion Summit assistiu a uma reunião impressionante de designers internacionais, incluindo SADAELS da Argentina, Arzu Kaprol da Turquia, 陳宇CHNNYU da China e David Tlale da África do Sul. No entanto, foi Lucas Leão quem roubou o show no final do dia, apresentando uma mistura de suas três coleções.

Foi no quinto e último dia do BRICS+ Fashion Summit, que terminou em grande estilo com um desfile cativante do renomado designer brasileiro, Lucas Leão. Conhecido por sua maestria em modelos arquitetônicos, Leão impressionou a plateia com seus designs inovadores, apresentados na Galeria do Estacionamento no Parque Zaryadye em Moscou.

“Participar do Summit envolve explorar oportunidades internacionais,

especialmente no mercado russo, onde vemos potencial para colaborações

exclusivas de moda e engajamento da plateia. Com a crescente influência de

Moscou no mundo da moda, ela está evoluindo para se tornar um hub

significativo da moda, com potencial para rivalizar com capitais

tradicionais em termos de criatividade e inovação”, contou Lucas Leão.

Os modelos de Leão presentearam a passarela com trajes modernos e minimalistas, predominantemente em branco e tons pastéis. O talento do designer para criar modelos engenhosos e concisos, inspirados em formatos esculturais, ficou evidente em seus visuais monocromáticos para homens e mulheres.

O que fez com que Leão se sobressaísse foi seu domínio do uso de drapeados, que trouxeram vida aos seus trajes enquanto os modelos desfilavam pela passarela. Das incríveis blusas que pareciam obras de arte ao vestido final de parar o show, que ampliou as fronteiras da moda tradicional, a coleção de Leão foi simplesmente deslumbrante. O designer revelou que trabalhou com artistas plásticos brasileiros para obter os efeitos de tirar o fôlego.


Todas as sessões do Programa Corporativo foram gravadas e podem ser assistidas novamente no site oficial do evento e também ao desfile no site oficial: BRICS+ Fashion Summit

da redação com informações da Fundamento  fotos divulgação

EVENTO - 7ª Edição do Brasil Eco Fashion Week - BEFW

worldfashion • 07/12/23, 15:33

Com o tema “Ecoinovação e Desenvolvimento Sustentável”, o BEFW aborda questões ambientais e sociais em toda a cadeia de produção, incluindo as relacionadas com tecnologias limpas como energia renovável, reciclagem, eficiência energética e novos materiais. Aplicada na ótica das organizações, a ecoinovação, além de aumentar o desempenho e a competitividade de uma empresa, traz benefícios sociais, ajudando a garantir salários mais justos e condições de trabalho seguras e saudáveis, sobretudo neste setor em que 60% da mão de obra é de mulheres, de acordo com os dados da Indústria Têxtil e de Confecção Brasileira (ABIT).

“É inegável que a moda é uma indústria importante na economia,

especialmente quando se trata de empregar mulheres, mas ao mesmo

empo, as práticas tradicionais da indústria têm um impacto devastador

no meio ambiente”, destaca Rafael Morais, diretor executivo da BEFW.

A moda sustentável oferece um caminho para reconciliar a importância econômica da indústria da moda com a necessidade urgente de proteger nosso planeta.

“O evento é um espaço para informar e influenciar

as decisões na cadeia produtiva da indústria da moda

para torná-la mais justa e responsável”. completa Rafael Morais

Desde a primeira edição, a diversidade da moda brasileira é evidenciada na BEFW. Serão 24 designers na passarela, representando todas as regiões do país. O desfile deve lançar as marcas Altair Santo (SE), Elis Cardim (BA), Moda do João (MA), Projeto Algodão Paraíba (PB) e Ventana (SC), além das que já participam desde a primeira edição como Demodê (MA), Sioduhi (AM) e We’e’ena Tikuna (AM). A Nordestesse, um grupo de marcas já estabelecidas na região Nordeste, também participa do BEFW pela primeira vez.

AGENDA DE DESFILES

Local: Rua Frei Caneca, 569, 4º Andar, Bela Vista - São Paulo, SP

DIA - 08/12 - Sexta-feira

15h

Elis Cardim

René Orozco

Kunpi Arqueomoda Andina

Elis Cardim, designer brasileira, baiana, radicada em Salvador, fundadora e diretora criativa da marca que leva o seu nome. A sensibilidade no olhar, o amor pela arte e a admiração pelo feito à mão abrem caminhos que trilha, desde 2018, mixando o artesanato com o design em um enredo que envolve a valorização do produto 100% brasileiro, luxuoso e exclusivo. As artesãs traduzem em tramas uma moda com alma, eterna e que vai além do vestir roupas. A sua maior realização é ser a propulsora da conexão entre artesã, design, parceiros e clientes, formando uma rede de apoio mútuo que fortalece a responsabilidade social e ambiental da marca.

A marca se prepara para lançar uma novidade que seguirá a vertente sustentável: trata-se de um fio feito com um blend de seda, que mistura a seda pura – ainda dos casulos impróprios – com a viscose que seria descartada por outras fábricas. Esse novo fio tem ótimo acabamento e durabilidade, também é confortável para se trabalhar e permitirá que as peças tenham preço menor.

René Orozco Trabalha atualmente com uma coleção única anual baseada na sustentabilidade, onde as nossas peças cobrem todas as necessidades climáticas e de temperatura do nosso país.

Esta coleção pretende recriar uma pequena amostra das diferentes técnicas que podem ser utilizadas no tingimento índigo, entre os exemplos, o fio de lã previamente tingido para ser tecido em tear de pedal, ou o tingimento direto a quente gerando diferentes padrões geométricos ou orgânicos através batik ou tie-dye, técnicas utilizadas por muitas culturas ao redor do mundo (África, Ásia e América).

Kunpi Arqueomoda Andina A marca surgiu pela necessidade de trazer de volta aquele glamour e estilo de vida das nobrezas milenares que são pouco conhecidas, através da ARQUEOMODA, sendo e . Esta palavra foi criada pelo Adrián ILave Inca, para sustentar e trazer de volta todo conhecimento antigo e aplicá-lo nas novas propostas e criações, e que são necessárias para ressaltar a importância do papel que teve o estilo de vida originário na América do Sul.

Esta primeira coleção da arqueomoda andina, traz como reflexão a forma de vida sustentável que eles e elas praticavam, onde tudo o que era tomado da natureza era com prudência, respeito e reciprocidade; onde tudo relacionado a vida (plantas, animais, geografia e universo) tinham um ánimo proprio, dignos de respeito e cuidado. Com a chegada do mundo ocidental, os princípios mudaram para uma visão mais antropocêntrica, com a coisificação da natureza, e hoje vivemos as consequências desses novos principios.

DIA - 08/12 - Sexta-feira

18h

We’e’ena Tikuna Arte Indígena

Demodê

Min

We’e’ena Tikuna Arte Indígena A marca nasceu do Preconceito do NÃO conhecimento amplo da verdadeira história do povo indígena brasileiro. É a primeira grife de moda indígena contemporânea projetada por uma indígena nativa.

A marca trabalha exclusivamente com tecido de algodão e algumas misturas de fibras de turiri, a pintura dos grafismos são manuais, as peça são feitas uma por uma por We’e'ena Tikuna, as pinturas nos tecidos são de tingimentos naturais (jenipapo, urucum). A estamparia com os grafismos nativos sobre o algodão orgânico e a criação das modelagem das peças. Esta participação culmina em momento histórico para população indígena brasileira.

Demodê A marca nasceu desde quando uma mulher decidiu costurar calcinhas pra cuidar da sua saúde íntima, da suas filhas ou de qualquer outra mulher: da necessidade de cuidado mútuo. Faz roupas íntimas biodegradáveis em 100% algodão orgânico, trazendo as rendas manuais do Maranhão em destaque. Feita por mulheres, as modelagens priorizam conforto e beleza, com criações inspiradas em padrões vintage e minimalistas. Valorizando os saberes manuais, cada coleção traz um novo saber, como o crochê em sua coleção “O Futuro é Ancestral” de 2023 e a novidade para 2024 que trás em pauta o cuidado com as águas, uma coleção com tingimento natural índigo, em série limitada.

Min A marca foi fundada em 2017 por Paulo Luz, 43 anos, carioca, formado em design gráfico. Nasceu de um sonho de expandir valores mais minimalistas e um mundo mais sustentável. Reflete sobre materiais, excessos, durabilidade, uso, processos de construção da roupa. Além do design minimalista, foca nas fibras naturais biodegradáveis e certificações ambientais, garantindo proveniência, qualidade e baixo impacto sócio-ambiental.

Os tecidos são 100% naturais e tem diversos certificados ambientais como OEKOTEX, GOTS, BCI, FSC, ORGÂNICO.  Bordados manuais com a cooperativa Copa Roca, comunidade Rocinha e Batik manual feito por artesão. Na parte interna das roupas um QR code que leva ao site e informa quem produziu a peça.

DIA - 08/12 - Sexta-feira

20h30

Transmuta + Ruth Kuriyama

Maju Convida

Transmuta A marca foi a primeira marca de upcycling do Brasil a construir um sistema de comunicação inspirada no princípio do blockchain, registrando todas as informações relativas a produção de suas peças, do garimpo a lavagem, e disponibilizá-las num “dossiê digital”, acessível através de um QR code aplicado na roupa.

Através do poder criativo do upcycling e do design autoral, a Transmuta se afirma como uma ferramenta de regeneração do mercado da moda. Quase 100% dos tecidos usados como matéria prima na produção de nossas peças são roupas em desuso.

A marca prima por inovação e pesquisa, buscando soluções para o aproveitamento máximo das matérias-primas têxteis e suas manufaturas originais. A TRANSMUTA se alia a outras marcas e empresas desenvolvendo soluções personalizadas em projetos que cooperam com a mudança de visão do mercado, baseada na concorrência e competitividade.

Ruth Kuriyama A marca surge em 2021 com a criação de uma linha de quimonos desenvolvidos a partir de matérias primas oriundas de restos de confecção ou de roupas sem uso. Tem como pilares bem estabelecidos o upcycling de matérias-primas, Inspiração na ancestralidade nipônica, e arte têxtil.

Além do upcycling, a arte têxtil vem sendo incorporada nas produções, como um caminho criativo para o aproveitamento dos eventuais resíduos têxteis da produção dos quimonos.

Maju Convida personalidades conhecidas de diversas áreas e mídias para o desfile especial, juntos em prol de amplificar espaços de inclusão, integração e equidade de pessoas com deficiência, no mercado e na sociedade.

Beleza Limpa Em todas as edições, o Brasil Eco Fashion Week prioriza se relacionar com marcas e produtos orgânicos, naturais e sustentáveis. Com coordenação de beleza de Diego Américo, pioneiro pelas maquiagens e cabelos realizados com produtos limpos, os desfiles tem a beleza orgânica com ponto de conexão com o conceito das marcas e o propósito do evento. “A beleza sustentável já é uma realidade e deve andar de mãos dadas com a moda, redefinindo-a com a consciência dos seus impactos.” Diego Américo

Sobre BEFW

O evento anual é pioneiro na promoção da moda sustentável produzida no país. Com o objetivo de catalisar mudanças positivas na indústria, o evento é um ponto de encontro para profissionais, pesquisadores, empreendedores e entusiastas que compartilham um interesse comum na transformação do setor da moda em direção à sustentabilidade. Desde 2017, tem se dedicado a oferecer um espaço para a apresentação de soluções criativas e inovadoras no campo da moda, fomentando negócios e a conexão entre marcas e fornecedores comprometidos com a sustentabilidade.

Patrocínios e apoio

A 7ª edição do BEFW tem patrocínio master da Lojas Renner, além do patrocínio do Mercado Livre e do copatrocínio da Vert e apoio do Sebrae Nacional, Senac, Palma, British Council e Vasart.

7ª edição Brasil Eco Fashion Week - 7 a 9 de dezembro de 2023

Centro de Convenções Frei Caneca (4º andar)

R. Frei Caneca, 569 - Bela Vista, São Paulo – SP

Inscrições no site https://bit.ly/46QuB8u

da redação com informações da Agencia Catu

COLAB - UMA X E MILY MABE

worldfashion • 06/12/23, 06:48

A UMA X é a linha colaborativa e genderless da UMA, lançou o novo drop em parceria com a designer Mily Mabe. Comprometida com o consumo consciente e transparente, assim como nas coleções anteriores, a novidade é composta por 15 peças em modelagens mais quadradas, além de detalhes utilitários, e inspirada em elementos da cultura japonesa contemporânea.

Unindo o frescor necessário para enfrentar as temperaturas mais elevadas e a essência contemporânea da marca, a sustentabilidade neste drop está presente na escolha dos tecidos e na durabilidade das peças, feitas a partir de materiais que possuem propriedades sustentáveis, com destaque para tecidos produzidos com fibra de cânhamo, que é uma cultura de alto rendimento e um recurso renovável, além de fibras de poliéster reciclado e algodão orgânico.

As silhuetas da coleção trazem a contemporaneidade japonesa que visa a utilização máxima dos tecidos em peças atemporais, leves e fluídas, e o design afetivo com elementos culturais que remetem as vivências familiares de Mabe. O drop conta com camisetas, regatas, shorts, jaqueta corta-vento, vestidos, além de acessórios como ecobags e sandálias, desenvolvidas para trazer muito conforto para todas as idades.

“Entrar no universo da Mily e da família Mabe foi um processo criativo maravilhoso.

Mily esteve presente em todos os momentos, nos mínimos detalhes, o que fez dessa

coleção ainda mais especial! A Inspiração da cultura japonesa contemporânea através

do olhar minimalista da Mily nos proporcionou mergulhar a fundo neste universo tão

pessoal. Acredito que conseguimos traduzir todo este sentimento em uma coleção

autêntica e muito atual”,

explica a diretora de marketing e idealizadora da UMA X, Vanessa Davidowicz.

Para a campanha, a ideia principal foi mostrar como seria um dia na vida da família Mabe, ou seja, o encontro entre a contemporaneidade e as tradições, hábitos e culinária típicas de uma família com diferentes gerações e fortes raízes na cultura nipônica, com fotos feitas em filme analógico na casa onde a designer cresceu.

“A coleção é inspirada na cultura japonesa que minha família

nutre desde a imigração dos meus avós.

Os símbolos representam alguns canais de conexão com

a minha descendência e têm grande influência

na forma como me relaciono com o outro e com o mundo”,

explica Mily.

O novo drop está disponível nas lojas de São Paulo e Rio de Janeiro e no e-commerce, com entrega para todo o Brasil.

Créditos da campanha

Direção criativa: Raquel e Vanessa Davidowicz

Fotos: Pablo Saborido

Direção filme: Fuelture

Direção arte: Vanessa Davidowicz

Styling: Daniel Bombonato e Luciana Hirata

Design Gráfico: Paula Da Rocha

Modelos: Familia Mabe

Beleza: Juliana Barbosa

Sobre a UMA, foi fundada por Raquel e Roberto Davidowicz em 1997, é uma marca de moda contemporânea com essência independente e atemporal. Feita em São Paulo para consumidores globais, a UMA foca em produtos de qualidade, relações de trabalho justas e estética moderna, sempre atenta a novas transformações de moda e comportamento. Em 2020, lançou sua linha 100% sustentável, a UMA X, focada em um público mais jovem, estética all-gender, parcerias e inovações ecológicas.

da redação com informações da Suporte Comunicação

DESFILE - TRAMA AFETIVA

worldfashion • 05/12/23, 10:26

Com direção de moda liderada pela estilista Thais Losso, o desfile “TUDO PODE ACONTECER”, busca transformar a indústria têxtil e da moda, enfatizando a diversidade de materiais disponíveis para reuso, contribuindo para a redução do descarte.

A Trama Afetiva leva à Brasil Eco Fashion Week a força coletiva da transformação na moda reunindo uma rede de parcerias inédita em upcycling em seu desfile

Por sempre busca um ecossistema de moda inclusivo, sustentável, transparente, lucrativo e criativo. É imprescindível a abordagem coletiva das iniciativas da Trama, que conta com grupos de costureiras, cooperativas de tratamento de resíduos e coletivos de artesanato, para trabalhar segundo o upcycling, técnica que recupera matérias-primas em desuso na prática produtiva central de criação das peças únicas da Trama.

É essa força agregadora que guia do desfile da plataforma na próxima edição da Brasil Eco Fashion Week (BEFW), no dia 7 de dezembro, às 20h30, inteiramente composta de criações colaborativas, sempre seguindo o upcycling, para reforçar o compromisso da Trama com uma articulação coletiva para transformar a indústria têxtil e da moda em todos os seus níveis.

Os parceiros são a AZLA (calçados), a Sagui Óculos (óculos de sol), a Revoada (bolsas) e Justine Le Lapin (acessórios). Também fazem parte o designer de superfícies Anderson Rubbo, da Silk na Goma (estampas em silk) e o grupo de crocheteiras Empreendedoras da Quebrada. Os looks do desfile serão arrematados por acessórios de cabeça criados pelo diretor de arte Zeca Gerace, e em três looks do desfile, modelos levam objetos cênicos assinados pelo ator e artista plástico Nelson Baskerville.

O nome da coleção tem origem na trilha composta para o desfile pelo sound designer Dan Maia, outro criativo parceiro, que fez um upcycling musical: a frase vem de um verso da música “Chuva”, interpretada por Gaby Amarantos e presente no remix “Tropicanalha”, criado pelo DJ Ad Ferreira em 2013 e retrabalhado por Dan para o desfile.

“A frase ‘Tudo pode acontecer’ diz muito sobre a liberdade de experimentações que constrói nosso

processo criativo, além de falar das incertezas climáticas que nos rodeiam –

um dia tempestade, noutro calor escaldante –

caracterizando nossa participação na Brasil Eco Fashion Week como

um manifesto micropolítico por meio da moda”,

declara Jackson Araujo, diretor criativo da Trama Afetiva.

O desfile é, de fato, um recorte detalhado das camadas de estrutura política que a Trama atravessa tendo o impacto social como perspectiva maior do seu trabalho como plataforma de pesquisa e criação em design regenerativo na moda.

Com o investimento de recursos financeiros e humanos para suas iniciativas, a Trama potencializa cerca de 300 costureiras e catadoras mensalmente – em sua maioria, mulheres responsáveis pelo sustento de suas famílias. Todos os itens do desfile e as peças da Trama estarão à venda na Feira da Rosenbaum e na loja Bafu.

A mente criativa por trás das peças da Trama é a estilista Thais Losso, diretora de moda da iniciativa e estilista de uma geração que redefiniu a moda brasileira, com criatividade e autenticidade entre os anos 1990 e 2000 – trabalhando para as marcas Cavalera e Zapping. A coleção de vestíveis deste ano já confirma a adoção do upcycling como caminho, já que todas as peças são confeccionadas em náilon de guarda-chuvas recuperados do descarte de resíduos sólidos. Em aterros sanitários, esse náilon levaria 30 anos para se decompor.

A ideia principal da linha consiste em dispor de uma série de peças únicas que, combinadas entre si, podem construir um guarda-roupa pautado pelo maximalismo, com muitas referências à mistura de estampas, cores e modelagens da moda esportiva e de rua. Isto vai na contramão do minimalismo comum às etiquetas de moda responsável e procura provas que a sustentabilidade começa nas etapas de produção, antes das roupas chegarem às mãos do consumidor.

As estampas variadas e os tons vibrantes do náilon dos panos dos guarda-chuvas são coautores das peças da Trama, já que convidam a pensar diferentes possibilidades de combinação para um mesmo item. Quanto mais opções, melhor para montagem desse quebra-cabeça têxtil, que é o que move a criação de Thais Losso: a estilista gosta de ser surpreendida pela diversidade do material que chega das cooperativas de catadoras de resíduos sólidos, que fornecem o náilon para ser transformado em vestíveis e acessórios.

“Essa lógica da surpresa rompe com o esquema tradicional em que o designer

cria sabendo a cartela de cores e estampas na qual vai trabalhar.

Aqui, só sabemos que é náilon de guarda-chuvas e que,

além da surpresa com as cores e estampas,

também temos que lidar com as variáveis de gramatura.

E tudo vai surgindo mesmo é na mesa de corte,

ao darmos forma às peças como num caleidoscópio”,

conta Thais. “Tudo pode acontecer”, conclui.

‘Mais é mais’: autoria compartilhada que aumenta as possibilidades de reuso da matéria-prima

É este um dos traços mais marcantes do que a Trama chama de ‘Mais é mais’, em que quanto mais material disponível mais formas surgem de reaproveitá-lo. “Quanto mais possibilidades criamos de utilização do náilon, mais conseguimos interditar a ida do material para o aterro sanitário”, afirma Thais. Outro ponto importante de seu trabalho na Trama é que ela modela e corta com duas assistentes, mas sua definição da modelagem e do corte é decisiva para o aproveitamento criativo do náilon.

PARCEIROS – PEÇAS EM CROCHÊ

No reemprego do náilon para as peças da Trama, a criatividade de Thais conta com a força das Empreendedoras da Quebrada, grupo de crocheteiras da região do Jaraguá, Zona Norte de São Paulo, nos itens em crochê. Eles são elaborados com fitas recortadas do náilon dos guarda-chuvas fornecidos pelas cooperativas de catadoras de resíduos sólidos. As fitas são feitas seguindo técnica desenvolvida por Thais Losso, capaz de obter 42 metros de fita de náilon de cada pano de guarda-chuva resgatado do lixo. Thais selecionou as capas em cor preta, única nuance que se repete nos lotes de guarda-chuvas recuperados do descarte, e fez do crochê preto a marca registrada desta prática desenvolvida na Trama Afetiva e transmitida às Empreendedoras da Quebrada. “Ao todo, foram usados 250 guarda-chuvas, dos quais 45 tiveram seus panos transformados em fitas para crochê, resultando em 1.764 metros de fita”, revela Thais.

ESTAMPARIA EXCLUSIVA

O náilon multicolorido dos guarda-chuvas ganha uma camada extra de criatividade com as estampas em silk do artista plástico e serígrafo Anderson Rubbo, que atua como designer de superfícies há mais de 25 anos. Ele idealizou o curso Silk na Goma para ensinar a impressão doméstica de desenhos, a baixo custo. Em sua série de quadros “Mata borrão/Viva o borrão”, Anderson utiliza upcycling de material artístico que seria descartado, como telas, restos de tinta, retalhos e sobras de tecido, embalagens, para retratar por meio da sobreposição, imagens do lugar onde nasceu, o bairro periférico da Penha, em São Paulo. Para a Trama Afetiva, Anderson também traduz o ambiente das cidades, criando estampas em linguagem de fanzine sobre o náilon, com desenhos inéditos feitos a partir de telas de silkscreen já existentes, sugerindo a ideia de muros rabiscados, grafitados e pichados.

CALÇADOS RESPONSÁVEIS

Os sapatos dos looks da apresentação são assinados pela AZLA, marca de Matheus Yoshimura, à frente do design e da criação das peças, e Lucas Dorr, que conduz a gestão sustentável da produção e operações da empresa. Para eles, criar com intenção é mais que uma prática; é uma filosofia de design – os calçados são versáteis, atemporais e transcendem a obviedade, incorporando uma linguagem contemporânea que reflete o pacto da marca com a inovação, não apenas em termos de moda, mas também no compromisso com o planeta. Isso é visto nos detalhes: o material de solados e palmilhas é o PVC sustentável, composto por 60% de fontes renováveis, como sal marinho, plastificantes de mamona, soja e cana-de-açúcar.

Ao optar por fontes renováveis, a AZLA contribui para a preservação de recursos e diminuição das emissões de carbono. Assim, a marca incorpora pelo menos 50% de resíduos da indústria plástica e de outros players calçadistas em sua mistura de PVC, escolha que, além de oferecer durabilidade e resistência, reduz significativamente o impacto ambiental. Para o desfile, Matheus e Lucas desenvolveram uma série de sandálias e botas tabi utilizando náilon de guarda-chuvas nos cabedais sobre solado plataforma em estilo Geta, a forma tradicional de calçado japonês e que lembra tamancos e chinelos, traduzidos pela Trama para o universo das ruas.

BOLSAS

As bolsas desfiladas são assinadas pela Revoada, híbrido de marca de produtos, negócio de impacto social e consultoria de design responsável conduzida pela designer Itiana Pasetti. Fiel à economia circular, ela cria itens para a Revoada utilizando resíduos, câmaras de pneu e tecidos de guarda-chuva descartados como principais matérias-primas, e também elabora linhas de produtos para empresas com essa mesma abordagem. Além de consultora industrial, especializada no tema, a designer também é tutora de projetos colaborativos realizados pela Trama. Para o desfile, ela criou uma série de maxi-bolsas em náilon de guarda-chuvas, que dão um toque divertido aos looks urbanos da coleção.

ÓCULOS DE SOL

Os óculos de sol são criados e desenvolvidos pela Sagui Óculos, marca do designer Felipe Madeira, especialista em pesquisas de ressignificação de materiais em desuso ou em situação de descarte. Em 2017, ele começou a desenvolver armações de óculos com tubos de pasta dental e sacolas plásticas, depois transformados em uma chapa, onde são feitos os moldes e os cortes a laser que dão forma às armações. Assim, cada par é único, já que a cor das armações depende do material: na reciclagem a textura e a cor dos tubos de pasta e das sacolinhas criavam padrões aleatórios. Agora, Felipe lança em primeira mão e em parceria com a Trama Afetiva, uma série especial de óculos de sol produzidos a partir da ressignificação de peças de acrílico em desuso ou descartadas, num resultado colorido e surpreendente.

JOIAS DE UPCYCLING

Os acessórios são criações da designer Pri Tiltscher, com a marca Justine Le Lapin. Lapin é lebre, em francês, e Justine é um nome derivado de Justice, ou justiça, também em francês. E Justine Le Lapin, a personagem mágica criada pela designer para traduzir seu universo criativo, não tem gênero definido, e sua cauda é como um feixe de luz. Ela representa a energia da esperança, da renovação e da boa sorte, ensinando a sentir a abundância das novas oportunidades, e também a essencial conexão com a natureza. Com essa perspectiva, a partir do uso das rodinhas plásticas de porta-alfinetes como base, Pri desenvolveu para a Trama Afetiva máxipingentes. Neles são encaixadas meias bolas de acrílico, onde serão montados jardins de flores e folhagens em miniatura. A série traz também máxicorrentes de alumínio coloridas e pingentes diversos, feitos do reuso da sobra de materiais e pingentes de coleções anteriores de Justine.

HEADPIECES

Zeca Gerace, multiartista e diretor de arte, é também parceiro da Trama neste desfile. Foi criador do Estúdio Xingu que, desde o início dos anos 2000, faz projetos para publicidade, moda e arte, marcados por uma estética neotropicalista, caótica e subversiva, em meio à cultura da noite paulistana. Zeca tem trabalhado para grandes marcas de moda, cultura pop e tecnologia, como Melissa, Samsung e O Boticário, além de realizar projetos artísticos, principalmente cenografias e performances urbanas, que misturam arte e vida noturna. Para a Trama, Zeca criou a série de headpieces “Aranhas”, reutilizando as hastes metálicas da estrutura dos guarda-chuvas. “Essa série inédita e experimental será realizada com impressora 3D usando PLA, um filamento termoplástico biodegradável de origem natural e de fontes renováveis, como amido de milho ou cana-de-açúcar”, explica Zeca.

OBJETOS DE CENA

Para emoldurar toda a potência de criação transformadora, a Trama Afetiva vai colocar na passarela da Brasil Eco Fashion Week, três modelos carregando objetos cênicos do ator, diretor e autor teatral, além de artista plástico, Nelson Baskerville. Com uma carreira premiada e trabalhos relevantes nas artes dramáticas no Brasil, nas artes plásticas Nelson também se destaca, tendo exposto trabalhos em Guimarães, em Portugal, e nas galerias de arte paulistanas PoP e Dicromatopsia. Hoje, é representado pelas galerias Smith, na Nova Zelândia, e Tribo, em São Paulo. Nelson criou a série de três objetos também batizada de Aranhas, construída a partir dos esqueletos dos guarda-chuvas entrelaçados. Unindo todos esses universos em seu desfile, a Trama mostra que, de fato, “mais é mais”, e que o agregar de diferentes ideias, saberes e perspectivas é a chave para a transformação.

Diferente dos eventos de moda em geral, o desfile da Trama Afetiva na BEFW será aberto ao público mediante a distribuição de ingressos pelo site da Sympla, e acontece no Centro de Convenções Frei Caneca.

No dia seguinte (08/12), as peças poderão ser adquiridas na Feira na Rosenbaum.

FICHA TÉCNICA

Direção criativa: Jackson Araujo

Direção de moda: Thais Losso

Styling: Marcio Banfi

Trilha sonora: Dan Maia

Assistente de moda: Nana Wharton

Beleza: Diego Américo

Parcerias:

Calçados: Matheus Yoshimura e Lucas Dörr/Azla

Bolsas: Itiana Pasetti/Revoada

Bijouterias: Pri Tiltscher/Justine Le Lapin

Estamparia: Anderson Rubbo/Silk na Goma

Óculos: Felipe Madeira/Sagui Óculos

Headpieces: Zeca Gerace/Estúdio Xingu

Objetos cênicos: Nelson Baskerville

Agradecimentos: Jorge Feitosa, Marianna Stockler, Leandro Matulja, Flavia Vanelli, Walter Rodrigues e Rafael Morais

da redação com informações da Agência Lema

1ª POW FESTIVAL

worldfashion • 01/12/23, 09:37

A primeira edição do festival, tem a realização do Instituto SEB – A Fábrica um pólo de cultura e inspiração em Ribeirão Preto. Mais que reunir as iniciativas do Instituto SEB, o local mantém espaços de colaboração voltados à criatividade, ao empreendedorismo e à sustentabilidade. O espaço é localizado em num prédio histórico e icônico que fica no centro da cidade.

O nome foi escolhido pois a atual estrutura renova a antiga fábrica da Cia. Paulista de Cerveja, um prédio histórico tombado na cidade de Ribeirão Preto, SP, construído em 1914 e com relevante significado para a cidade. Reunindo empreendedores, educadores, estudantes, artistas e toda a diversidade intelectual, A Fábrica é um centro de cultura, educação, eventos e empreendedorismo, concentrando mentes ávidas por conhecimento, realizações e aprendizagem.

A produção e curadoria do festival fica a cargo da Zupi Live, empresa que organiza o Festival Pixel Show na capital paulista, um dos mais famosos do país. Com mais de 50 atrações interativas e imersivas, incluindo workshops, experiências, simuladores, games, exposições, live art, feira de criatividade, música, gastronomia e muito mais, o festival tem entrada gratuita, mas, os interessados precisam garantir os ingressos, que são limitados, previamente.

SUSTENTABILIDADE

A indústria da Moda responde por uma parte importante da economia. Para se ter uma ideia, no Brasil, só o setor de vestuário deve faturar mais de R$ 153 bilhões até o fim deste ano. A projeção é da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Se por um lado, as cifras alcançadas impressionam, por outro, as consequências negativas do atual modelo também chamam a atenção. Esse mesmo mercado é considerado o segundo maior poluidor do mundo, atrás apenas da indústria petrolífera.

Diante desse cenário, fica clara a necessidade de mudanças urgentes, não só na cadeia produtiva, mas na adoção de uma forma de consumo mais consciente. Felizmente, aos poucos, iniciativas que aplicam o conceito de sustentabilidade na moda têm ganhado espaço e destaque. Dois cases de sucesso serão apresentados no POW Festival, que acontece nos dias 09 e 10 de dezembro, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

Bruna Freitas, CEO e Founder da Yara Couro, utiliza resíduos da indústria pesqueira, tradicional em sua região, no Amapá, para produzir couro de peixe, que pode ser usado em sapatos, bolsas e outros acessórios. “Valorizamos o produto local, que impacta positivamente a comunidade e atua de forma sustentável a partir de uma cadeia que movimenta frigoríficos, ribeirinhos, comunidades de pescadores e empresas com responsabilidade ambiental, social, empenhadas em fazer história na Amazônia”, descreve. Ela ministrará a palestra “Ecossistema de Pescado Inteligente”, no dia 09, sábado, às 14h20, no auditório POW.

A estilista Camila Machado, desenvolveu uma forma de produção completamente sustentável e dentro dos princípios de upcycling, falará sobre o assunto na palestra “Projeto Impressão Botânica (Almazônia)” que acontece no domingo, dia 10, às 14h20, no auditório POW. “Nesse projeto, levamos grupos para o norte do Mato Grosso (Amazônia, Pantanal e Cerrado) para vivências e estudos com elementos botânicos em suas diferentes formas. Colhemos folhas e flores que dão tom e vida às nossas vestes. Celebramos a diversidade, o amor, a arte e a regeneração, respeitando aqueles que vieram antes e aqueles que virão depois de nós”, explica Camila.

No mesmo dia, às 16h, ela ministra o workshop gratuito de Estamparia Botânica. A técnica utiliza as riquezas provenientes da natureza para produzir peças exclusivas e repletas de significado. “Conseguimos transmitir uma forma de ver o mundo de forma mais cíclica e conectada com nossos ciclos internos. Fazer algo com suas próprias mãos lhe traz para o momento presente, faz você respirar, inspirar e sentir”, conclui.

As palestras serão cobradas à parte, com um ingresso ÚNICO que dá acesso aos dois dias de evento e a todas as apresentações. Tanto os ingressos gratuitos, quanto os convites das palestras estão disponíveis na plataforma Sympla.

Mais informações pelo site e pelas redes sociais: Instagram/@pow_festival e TikTok/@powfestival.

da redação com informações da Phábrica de Ideias - Assessoria de Comunicação

CONGRESSO INTERNACIONAL DA FELICIDADE

worldfashion • 30/11/23, 10:17

Em novembro o evento anual reuniu especialistas renomados de todo o Brasil e do mundo, em Curtiba/PR, para explorar o tema da Felicidade em quatro diferentes perspectivas: Filosofia, Ciência, Arte e Espiritualidade. Um dos pontos altos do Congresso é compartilhar insights sobre como a felicidade no ambiente de trabalho pode impactar positivamente a produtividade e o sucesso dos negócios. A presidente da Lunelli, Viviane Cecilia Lunelli, participou do bloco ‘Felicidade no Trabalho’, por onde também passaram líderes empresariais como Sérgio Sampaio Vice-presidente de Operações do Grupo Boticário; Ariane Santos, fundadora e CEO da Badu Design Circular; João Pacífico, CEO do Grupo Gaia; Estevan Sartorelli, CEO da Dengo Chocolates, entre outros palestrantes.

A Lunelli, indústria têxtil catarinense com mais de 40 anos de atuação, detentora das marcas Lunelli, Lez a Lez, Lunender, Alakazoo, Hangar 33, Fico, Graphene e Vila Flor, com mais de 4.500 colaboradores distribuídos em 14 unidades estrategicamente instaladas em Santa Catarina, São Paulo, Ceará e Paraguai, destacou seu compromisso com o propósito de ‘Promover o sucesso dos clientes através da felicidade e satisfação de seus colaboradores’. De acordo com Viviane Cecilia Lunelli, a busca da Felicidade não é apenas uma aspiração, faz parte do nosso propósito. “Também em nossa visão de sustentabilidade nos comprometemos a fazer moda com significado que promova impacto positivo no mundo e para todos. Com isso buscamos desenvolver pessoas, apoiar a comunidade, fortalecer empreendedores e oferecer o melhor para criar um ambiente próspero, inclusivo e igualitário”.

Durante o Congresso Internacional de Felicidade 2023, a Lunelli criou um espaço e recebeu congressistas para estreitar o relacionamento com os parceiros, além de divulgar o compromisso da empresa com a Felicidade e o impacto positivo que ela busca gerar no mundo. “Esperamos ter compartilhado e vivenciado experiências inspiradoras durante o Congresso. É uma satisfação fazer parte deste movimento buscando fazer a diferença na vida das pessoas”, completa Viviane.

Reconhecendo seu compromisso com a felicidade dos colaboradores, a Lunelli foi certificada como um ótimo lugar para se trabalhar pelo terceiro ano consecutivo e está entre as 20 melhores grandes empresas de Santa Catarina, de acordo com o ranking do Great Place to Work.

Sobre a Lunelli
Fundada em 1981 como comércio de toalhas Lunender, em Jaraguá do Sul (SC), a Lunelli é, desde 2009, uma indústria têxtil catarinense, que atua como indústria e varejo, por meio de suas oito marcas: Lunelli (comercialização de malhas e tecidos), Lez a Lez (moda e cultura urban beach, presente em edições da São Paulo Fashion Week), Lunender (moda feminina), Alakazoo (moda infantil), Hangar 33 (moda masculina), Fico (surfwear), Graphene (moda fitness) e Vila-Flor (moda feminina), que fazem parte das vidas de 20 mil clientes das lojas multimarcas parceiras, nos seus e-commerces e em 36 lojas entre franqueadas e próprias pelo país. A empresa conta atualmente com quase 5 mil colaboradores diretos e 2.500 indiretos, alocados em 14 unidades instaladas em Santa Catarina (Jaraguá do Sul, Guaramirim, Corupá, Luiz Alves, Massaranduba e Barra Velha), São Paulo (Avaré), Ceará (Maracanaú) e no Paraguai (Minga Guazú), que produzem juntas mais de 15 mil toneladas de malhas e 23 milhões de peças ao ano, rendendo um faturamento de R$ 1,5 bilhão em 2022.
A empresa, reforça seu compromisso com a agenda ESG ao tornar-se signatária do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), principal iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, unindo empresas de todo o globo em torno de temas cruciais como direitos humanos, meio ambiente e trabalho. Com a assinatura do Pacto Global a empresa reforça ainda mais sua visão de ‘Fazer moda com significado que promova impacto positivo no mundo e para todos’ e demonstra seu engajamento em contribuir para a construção de um futuro mais sustentável e inclusivo, alinhando-se com Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU, priorizando os ODS 03, 04, 05, 06, 08, 10, 12 e 13. Tendo a sustentabilidade como parte do seu DNA e buscando continuamente aprimorar a gestão e os processos têxteis para reduzir riscos, desperdícios e impactos ambientais, a Lunelli mantém um firme compromisso com o cuidado e valorização das pessoas, reconhecendo a importância de práticas éticas e responsáveis em todas as suas operações.
A empresa conquista a pelo segundo ano consecutivo o ranking de grandes empresas de Santa Catarina pela consultoria global Great Place to Work - é considerada uma das melhores empresas para se trabalhar de SC.

da redação com informações da InPress Porter Novelli

CdC - Casa de Criadores

worldfashion • 28/11/23, 10:20

A Casa de Criadores chega à 53ª edição, e contará com 29 desfiles, performances, exposições, fashion filmes, shows gratuitos, e nesta temporada apresenta 10 marcas estreantes em um total de 46 apresentações autorais.

Esta edição amplia os olhares, ressignifica e transforma marcas e pessoas que desenvolvem um trabalho manual, artístico e único. A CdC é uma plataforma que contempla a arte em todas as formas e olhares, por isso o evento proporciona aos novos talentos diferentes possibilidades para expor suas demonstrações artísticas durante a temporada, com exposições, performances e fashion filmes. O evento conta ainda com seis shows exclusivos e gratuitos que serão anunciados em 30/11, trazendo o melhor da música popular brasileira e talentos emergentes.

Para dar protagonismo a novas grifes e artistas, a CdC traz um line up repleto de autenticidade e diversidade cultural e, entre os destaques, estão as grifes estreantes na CdC: Herchcovitch; Alexandre, ‘ a neoutopia ‘, ACZAN, Dystopic, KRIXINA, Mateos Quadros, Patrícia Kamayurá, Ruma (das estilistas Helena Malditta e Rubi Ocean, participantes do Drag Race Brasil) e Visén + Kabila Aruanda. O evento também marca a volta do estilista Le Benites.

“Estamos empolgados para realizar mais uma edição da Casa De Criadores.

São 26 anos inovando e abrindo portas ao novo protagonismo que busca nos trabalhos

manuais uma forma de expandir a cultura. As exposições, desfiles e as performances

que serão realizadas no CCSP mostrarão a pluralidade cultural

de um país magnífico e emblemático como o Brasil”,

comenta André Hidalgo, idealizador da Casa De Criadores.

Os desfiles da Casa De Criadores ocorrem de 5 a 10 de dezembro e suas exposições permanecem até 14 de dezembro, encerrando mais uma temporada de sucesso. Confira a programação completa abaixo:

5/12

11h30 - Desfile - Piso Flávio de Carvalho: Herchcovitch; Alexandre

14h30 às 18h - Oficina de Criadores - Espaço Missão:  Aula inaugural com Alexandre dos Anjos, Jorge Feitosa e Vicenta Perrotta

19h - Show - Sala Adoniran Barbosa:

6/12

10h às 13h - Oficina de Criadores – Espaço Missão: Aula Transmutação Têxtil — Vicenta Perrotta

14h às 18h - Oficina de Criadores – Espaço Missão: Aula Sulanca: Têxtil - Moda - Vestuário — Jorge Feitosa

17h30 - Desfile - Sala Adoniran Barbosa: Visén + Kabila Aruanda - Projeto Lab e Volat - Projeto Lab

18h30 - Desfile - Espaço Cênico Ademar Guerra: SOUJE e Guma Joana

19h30 - Desfile - Espaço Cênico Ademar Guerra:  Moda Inclusiva

• 21h - Show - Sala Adoniran Barbosa:

7/12

10h às 13h - Oficina de Criadores – Espaço Missão: Aula Transmutação Têxtil - Vicenta Perrotta

14h às 18h - Oficina de Criadores – Espaço Missão: Aula Design e Criação - Alexandre dos Anjos

17h - Desfile - Sala Adoniran Barbosa: Nalimo

18h30 - Desfile - Espaço Cênico Ademar Guerra: Woolmay Mayden (Fashion Filme), Dystopic [Rato Distópico] e SUKEBAN

19h30 - Desfile - Espaço Cênico Ademar Guerra: UMS 458 - LL, Ken-gá e Jorge Feitosa

20h - Exposição: A Linha Longa – Piso: Flávio de Carvalho - Curadoria: Guilherme Teixeira, Eduardo Araújo e Alzira Incendiária

Alexandre dos Anjos

COZONOSAN

Dellum

Felipe Caprestano

Ken-gá

LARA

Liga Lab

PEDRA

Plataforma Açu

RIDDIM Clothing

Studio Ellias Kaleb

Vicenta Perrotta

Xyboiá

21h - Show - Sala Adoniran Barbosa:

8/12

10h às 13h - Oficina de Criadores – Espaço Missão: Aula Transmutação Têxtil - Vicenta Perrotta

14h às 18h - Oficina de Criadores – Espaço Missão: Aula Sulanca: Têxtil - Moda - Vestuário — Jorge Feitosa

17h - Desfile - Sala Adoniran Barbosa: Mateos Quadros - Projeto Lab e ACZAN - Projeto Lab

18h - Desfile - Espaço Cênico Ademar Guerra: Cynthia Mariah e NotEqual

19h - Desfile - Espaço Cênico Ademar Guerra: Berimbau Brasil (Fashion Filme), Ruma, por Helena Malditta e Rubi Ocean e Vittor Sinistra

20h - Exposição – Piso Flávio de Carvalho:  Performance Procissão da Xyboia

21h - Show - Sala Adoniran Barbosa:

9/12

10h às 13h - Oficina de Criadores – Espaço Missão: Aula Transmutação Têxtil - Vicenta Perrotta

14h às 18h - Oficina de Criadores – Espaço Missão: Aula Design e Criação - Alexandre dos Anjos

17h - Desfile - Sala Adoniran Barbosa: ‘a neoutopia’ - Projeto Lab (Fashion Filme) e SHERIDA - Projeto Lab

18h - Desfile - Espaço Cênico Ademar Guerra:  Estúdio Traça (Fashion Filme) Tradição e Revolução - Jeans 50 anos no Brasil, por Santista + Lycra  e Le Benites

19h - Desfile - Espaço Cênico Ademar Guerra: Rober Dognani

20h - Exposição - Piso Flávio de Carvalho: Performance PEDRA

21h - Show - Sala Adoniran Barbosa:

10/12

16h - Desfile - Sala Adoniran Barbosa: Ateliê Vou Assim + Luä Ayo Ayana

17h - Desfile - Espaço Cênico Ademar Guerra: KRIXINA, Patricia Kamayurá e Leandro Castro

18h - Desfile - Espaço Cênico Ademar Guerra: Fkawallyspunkculture (Fashion Filme), Priscilla Silva e Yebo

19h - Exposição - Piso Flávio de Carvalho: Performance Studio Ellias Kaleb

20h -  Show - Sala Adoniran Barbosa:

Evento: Casa de Criadores 53ª Edição

Data Desfiles: De 5/12 a 10/12, somente com convite

Data Oficinas: De 5/12 a 09/12, somente alunos inscritos

Data Shows: De 6/12 a 10/12, aberto ao público, convites na bilheteria no site do CCSP e presencial (datas da liberação de convites ainda serão divulgadas)

Data Exposições: De 7/12 a 14/12, aberto ao público

Local: Centro Cultural São Paulo (CCSP) — Rua Vergueiro, 1000, Liberdade - , São Paulo - SP (Conectado ao Metrô Vergueiro).

SOBRE O CENTRO CULTURAL SÃO PAULO

O Centro Cultural São Paulo é um equipamento público, promotor e potencializador de arte e cultura da cidade de São Paulo, subordinado à Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Desde 1982, ano de sua fundação, atua visando estabelecer um espaço múltiplo na capital, democrático que abarque diversas expressões artísticas, culturais e educativas. Dentre suas atividades estão realizar programações culturais, oferecimento de bibliotecas, promoção de visitas guiadas e salvaguarda de acervos, prezando pelo encontro, troca de conhecimentos e livre acesso da sociedade como um todo.

da redação com informação da Agência Lema

INTERNACIONAL

worldfashion • 23/11/23, 15:03

Em parceria com a UNESCO, o programa de Educação para Liderança Feminina e Sustentabilidade Woman@Dior, que foi criado em 2017, e conta com a participação de mulheres de diversos países. O programa tem como pilares a autonomia, a inclusão, a criatividade e a sustentabilidade.

A estudante do oitavo período do curso de Comunicação e Publicidade da ESPM-Rio, Ana Beatriz Félix, foi a única brasileira selecionada para participar do Woman@Dior.

Ao longo dos primeiros meses, as participantes têm acesso a uma plataforma de educação com cursos baseados nos valores do programa. Em paralelo, cada aluna é designada a um mentor do grupo LVMH onde são traçadas metas que têm a ver com o seu futuro de carreira.

A plataforma também disponibiliza uma comunidade que reúne mentores e participantes  para uma troca internacional. “Acho que isso é uma das maiores vantagens da mentoria, você estar em contato com diferentes nacionalidades, que são mulheres e futuras líderes do mundo”, diz Ana Beatriz Félix.

A mentoria, destinada a mulheres em início de carreira que provoquem impacto em sua comunidade local, possui requisitos para o ingresso, como inglês fluente, estar no último período da graduação ou realizando uma pós-graduação, e ter o interesse em desenvolver um projeto que gere impacto nas mulheres da sua comunidade local.

Ana Beatriz conta que o seu podcast  “20 e poucos”  se encaixa na proposta do programa e pode ter contribuído para conseguir a vaga. “ Uma das coisas que me fez passar no processo seletivo e ser a única brasileira a estar no programa foi por causa da minha ideia”, afirma.

Bia Félix e um grupo composto por mulheres de diferentes países estão na segunda etapa do programa, desenvolvendo um projeto final chamado de  “dream for change”. Ele  possibilita que as alunas coloquem em prática o que aprenderam na mentoria e apoia o empoderamento das mulheres da comunidade local das participantes.

Os melhores projetos serão escolhidos em março de 2024 e apresentados na conferência na Unesco, em Paris, para um júri selecionado por Maria Grazia Chiuri, diretora criativa da Dior. O projeto vencedor continuará sendo apoiado pela Unesco e pela marca francesa. “Isso é muito significativo. Só de estar participando você já ganha um reconhecimento, uma validação da sua ideia muito boa”, afirma Ana Beatriz Félix.

Ana Beatriz que passou em 1º lugar na colocação geral do vestibular para o curso de Comunicação e Publicidade da ESPM. Durante a graduação, trabalhou na ESPM Jr., empresa júnior de marketing da instituição, fez estágios e trabalhou em uma startup internacional.

“A ESPM me ajudou a ter autonomia para buscar e seguir a minha trilha de carreira. Os professores incentivam muito isso, desde o início com os projetos de trabalho, estamos muito em contato com o mercado”, completa a aluna.

Sobre a ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing é uma escola de negócios inovadora, referência brasileira no ensino superior nas áreas de Comunicação, Marketing, Consumo, Administração, Economia Criativa e Tecnologia. Seus 12 600 alunos dos cursos de graduação e de pós-graduação e mais de 1 100 funcionários estão distribuídos em cinco campi - dois em São Paulo, um no Rio de Janeiro, um em Porto Alegre e um em Florianópolis. O lifelong learning, aprendizagem ao longo da vida profissional, o ensino de excelência e o foco no mercado são as bases da ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing.

da redação com informações da Novapr

Assintecal - “Brazilian Materials”

worldfashion • 21/11/23, 15:51

A Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) esteve em Franca/SP em outubro e em Juazeiro do Norte/CE em novembro, com o objetivo de apresentar o programa de internacionalização da entidade, o Brazilian Materials promovido e realizado há mais de 20 anos, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

Em Franca além de apresentar o projeto no Exporta Franca, evento local promovido pela prefeitura do município, a Assintecal Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatosvisitou 15 empresas de componentes da cidade.

Em Juazeiro do Norte/CE, parte da equipe da Assintecal Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos esteve no município para uma série de apresentações do Projeto “Brazilian Materials”.

O objetivo da visita, que passou por sete empresas locais, pelo Sindicato das Indústrias de Calçados e Vestuário de Juazeiro do Norte e Região e pelo Sebrae/CE, foi levar o programa, que nas suas mais de duas décadas, auxiliou milhares de empresas de todos os portes e segmentos em processos de internacionalização.

O estado do Ceará é o principal produtor de calçados do Brasil, em 2022 fabricou 848 milhões de pares (52% do total). Além de grande produtor, é o segundo maior exportador do setor, com participação de quase 30% no total de 142 milhões de pares.

Luiz Ribas Júnior, integrante da comitiva e gestor de Mercado Internacional da Assintecal, destacou que: “Nesta agenda, apresentamos a importância do investimento em design e tecnologia e também a possibilidade de o polo ampliar e qualificar as suas exportações com o apoio do Brazilian Materials, programa que mantemos em parceria com a ApexBrasil desde 1998”, ressaltando “A agenda foi bastante positiva. Destacamos o potencial da indústria local, seus diferenciais produtivos e nos colocamos à disposição para ajudar por meio das ações do programa Brazilian Materials”.

Na ocasião a Assintecal - Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos,  também formalizou o convite para empresas locais estarem no INSPIRAMAIS, salão que lança mais de mil materiais para as indústrias de calçados, confecções, móveis e bijuterias nos próximos dias 23 e 24 de janeiro 2024, em Porto Alegre/RS.

Sobre o Brazilian Materials - Um projeto realizado pela Assintecal, ApexBrasil e Abrameq, que pretende promover um bom desempenho das exportações e, consequentemente, do setor. O projeto possui soluções adequadas para cada nível de internacionalização, mantendo ao alcance das empresas ações de promoção comercial, inteligência, capacitação, entre outros. Os fabricantes brasileiros que integram o setor de componentes interessados em ampliar suas relações comerciais com o mercado externo têm a oportunidade de participar, assim como outras 300 empresas, do projeto Brazilian Materials. Para mais informações, entre em contato por meio do e-mail: relacionamento@assintecal.org.br.

Sobre a ApexBrasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia brasileira. A Agência realiza ações diversificadas de promoção comercial, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, e visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira.

Sobre a Abrameq - Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Afins é uma entidade sem fins lucrativos dedicada a pensar estrategicamente o setor, conduzindo programas direcionados ao desenvolvimento tecnológico das empresas e a sua inserção no mercado interno e externo. Tem atuado com ênfase na capacitação e qualificação das indústrias de máquinas para couro, calçados e afins. Através de parcerias com diversas entidades como Universidades, Associações, SENAI, SEBRAE, ABDI, APEX- BRASIL, SDECT e outros, a entidade proporciona ações de capacitação com foco em gestão empresarial, acesso a mercados, inovação e tecnologia, segurança, etc.

Sobre a Assintecal - Há quatro décadas a Associação Brasileira de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal) atua diretamente na expansão de seu setor coureiro-calçadista. Seu trabalho é reconhecido pela força e diálogo com todas as esferas governamentais, pela consolidação do mercado internacional e pelo desenvolvimento em pesquisas e conteúdo de moda. A entidade responde por um setor que possui 3 mil empresas.

da redação com informações da DCR Assessoria de Imprensa

ARTIGO - Moda do futuro

worldfashion • 21/11/23, 08:39

O que se projeta para o setor têxtil e indústria da moda daqui 10 anos?

*Por Karin Hellen Froehlich

A indústria da moda sempre foi um playground para inovações e tem por premissa atender uma das necessidades mais básicas do homem: cobrir o corpo. O Brasil é a maior cadeia têxtil completa do Ocidente, isso significa que temos desde a produção de fibras, passando por fiações, tecelagens, beneficiadoras, confecções até chegar no varejo. O faturamento da cadeia têxtil e de confecção brasileira chegou a R$ 190 bilhões em 2021 (IEMI 2022). Além disso, o setor da confecção é o segundo maior empregador da indústria de transformação, perdendo apenas para alimentos.

No entanto, hoje a indústria da moda vive um momento de dualidade: a agilidade e avanço disruptivo rumo a um futuro com novas tecnologias emergindo. E do outro lado, a sustentabilidade e ameaças climáticas em ascensão nesta que é uma das indústrias mais poluentes do planeta.

Portanto, o que pensar da moda daqui 10 anos? Com certeza a adaptação será uma ordem ao novo cenário da indústria da moda. À medida que as tendências acima mencionadas se tornam mais evidentes e implementadas mundialmente, as marcas que se tornarem mais responsivas às necessidades do mercado terão vantagem competitiva neste ambiente de rápida mudança. Da preocupação com a emissão de carbono na atmosfera até adoção da inteligência artificial, a indústria da moda está mudando e não vamos mais olhar para trás. Nenhuma marca ou varejista será capaz de evitar as pautas de sustentabilidade e digitalização, categorias que ao meu olhar, são as principais que determinarão as tendências da moda no futuro.

Hoje os consumidores têm inúmeras informações disponíveis na palma de suas mãos, trazendo uma dependência da indústria da moda nas ferramentas digitais. Além disso, clientes esperam por experiências personalizadas e recompensas por sua fidelidade. Uma pesquisa realizada pela Accenture revelou que 48% dos consumidores esperam tratamento especializado simplesmente pelo fato de serem clientes recorrentes.

Portanto, aqui estão algumas visões que acredito para o desenvolvimento da moda do futuro:

Saúde em foco: hoje já são experimentadas propriedades promotoras de saúde aplicadas em malhas e tecidos, como nanocápsulas integradas na trama que melhoram a regeneração da pele, ou aplicação de aloe vera para hidratação. Há ainda fios inteligentes que funcionam como condutores de dados para medir pontos de pressão e até mesmo fornecedores de energia para gerar calor ou esfriar regulando a temperatura corporal. Provavelmente este será um tópico que impulsionará o mercado sportswear a longo prazo.

Sustentabilidade: desde o lançamento do Pacto Global da ONU, fazendo luz à maior iniciativa de sustentabilidade corporativa mundial, este tema é uma megatendência que definirá a moda do futuro. A marca Patagônia, por exemplo, utiliza algodão regenerativo e promove produtores nos Estados Unidos que aderiram ao projeto. North Face também é uma marca que caminha nessa mesma direção. Além disso, há tendência para modelos de consumo alternativos, como o mercado de segunda mão que prevê um aumento para 34 mil milhões de euros até 2025. Pensando de maneira geracional, a geração Z estará mais interessada em usar peças do que as possuir.

Generalismo com os dias contados: há uma boa posição para marcas que oferecerão uma única categoria de produto como especialidade absoluta e assim alcançarão um alto nível de credibilidade. Trata-se do alinhamento de produtos de acordo com a necessidade customizada de um cliente, usando da tecnologia como a digitalização da cadeia de processos. No varejo não será diferente, há oportunidades para multicanais mais rápidos e adaptados às exigências de experiências dos consumidores. Amparados pela tecnologia, varejistas poderão usar ferramentas para obter o máximo de dados ao seu favor, como necessidades e comportamentos dos consumidores a fim de promover experiências mais personalizadas, como recomendação de produtos, comunicação mais exclusiva, levando a uma jornada de compra mais satisfatória para o cliente. Por consequência, melhora o desempenho dos negócios através de taxas de conversão e retenção.

Tecnologia pulverizada: com o avanço da inovação tecnológica, a moda sobe para um novo nível. Hoje já não é mais facilmente possível distinguir entre uma imagem de produto gerada digitalmente e uma fotografia. Isso abre possibilidades completamente novas para esse segmento: ferramentas de visualização 3D, modelagem digital, funcionalidades inteligentes, tecnologias vestíveis, além da adoção da tecnologia no processo fabril. A Sensoria Smart Socks, por exemplo, desenvolveu meias que detectam qual parte dos pés sofre mais pressão durante uma corrida. Com a crescente do e-commerce, produtos digitais serão experimentados através de avatares, desfiles de moda digitais e finalmente o metaverso, que abre um playground completamente novo para a moda digital.

Todas essas macrotendências abrem possibilidades completamente novas para a moda. Difícil falar tudo o que sairá do âmbito de tendência para concretizar como uma verdade comercial absoluta, porém, ao fazermos progressos para eliminar técnicas ambientalmente abusivas, adotarmos a inovação tecnológica ao nosso favor, práticas mais éticas em todo o ecossistema têxtil e primar pela qualidade, a moda em geral seguirá para um bom caminho.

Acima de tudo, meu maior desejo para nós, como indústria da moda, é permanecermos curiosos: estarmos ativamente abertos para novas descobertas, termos um olhar otimista em relação ao futuro, contar com profissionais que mudarão as coisas para o melhor. O mercado é altamente favorável para inovação, o que hoje parece fantástico e irreal, na verdade está muito próximo de se tornar algo normal.

*Karin Hellen Froehlich é Gerente de Marketing Global da Texneo, uma das maiores indústrias têxteis da América Latina.