CEDRO TEXTIL NO MINAS TREND PREVIEW OUTONO/INVERNO 2013
admin • 13/11/12, 14:06- publicado em: INDÚSTRIA – dê a sua opinião!
De olho no mercado brasileiro, a Bonpoint , marca francesa direcionada à moda infantil - pertencente ao grupo de luxo EPI , da família Descours, fechou parceria, através de um contrato de licença com Michael Magnin proprietário de quatro lojas Bonpoint no Brasil . A primeira loja foi inaugurada em 2006, na Alameda Lorena, em 2008 abriu no Shopping Cidade Jardim e há quatro meses abriu mais duas lojas, uma no Shopping Iguatemi e outra no JK Iguatemi.
Quando se trata de luxo, Eric Vallat, CEO da Bonpoint, é um expert no assunto, passou por empresas como LouisVuitton, JM Weston, foi representante e diretor da Christian Dior Couture no Japão. Visitou o Brasil pela segunda vez, dado a importância de São Paulo no ranking de lojas pelo mundo. A cidade é a 5ª no mundo em número de boutiques da Bonpoint, que tem mundialmente 110 lojas, em 27 países e destes 80 lojas próprias. Em 1º lugar está a França, em 2º lugar Japão, 3º lugar Estados Unidos e em 4ºlugar a Inglaterra.
A marca tem em seu DNA de luxo, elegância, humor e discrição, um savoir-faire único aliando criatividade e modernidade ”Somos uma marca de “couture”.
Hoje as lojas são frequentadas por celebridades como Angelina Jolie, Julia Roberts, Katie Holmes . Segundo Vallat, a expansão da grife não para, em dezembro deste ano abre uma loja em Londres; em março de 2013 na cidade do México e em 2014 mais uma loja em Miami, nos Estados Unidos.
HEROÍNA – ALEXANDRE LINHARES
Uma “casa-de-moda” que considera a roupa uma peça de arte, com este perfil, manter uma postura firme de questionamento sobre a maneira como a moda é vista e trabalhada é primordial. “Usamos a roupa como suporte de uma expressão artística genuína. Neste momento, com esta ação, estamos propondo uma reflexão sobre a nossa cultura local, onde o que é ‘globalizado’ está corrompendo nossos valores e nossa cultura, não só brasileira, mas a de nossa terra natal também”, pontua Linhares. Para ele e sua equipe, um desfile é um manifesto artístico completo, que propõe uma reflexão sobre os rumos que a humanidade toma.
O olhar do criador se traduz em cores que esmaecem do bordô e dourado aos róseos e beges. A rua e o ambiente urbano são balizados nos tons de pretos, de cinzas, de verdes, de cimento, concreto, de pedras. O veludo desgasta-se. O cetim desfia-se. A seda se une a outros panos menos nobres para formar a estrutura da roupa. “Como nós, nem ela se mantém sozinha. A coleção mostra a impermanência das coisas, um desequilíbrio humano”, define. O artefato têxtil é manipulado no próprio ateliê da “Heroína - Alexandre Linhares”, onde são feitas as estruturas de tecidos que sustentam a roupa. “O desespero pela exclusividade nos leva a uma produção elaborada e artesanal em todas as etapas do fazer da roupa”, confessa Linhares, formado em Design de Produto pela UFPR e ganhador do concurso nacional “Francal Top de Estilismo” e do “Estilo Brasil”.
Fotos: Ricardo Pacak
ESTÚDIO ORBITATO (SC)
A roupa do Estúdio Orbitato, tem formas simples e mistura materiais sofisticados com processos manuais de produção. Nos desenhos das estampas as roupas contam suas histórias que partem, na maioria das vezes, de memórias da diretora criativa da marca, Celaine Refosco. Nessa edição do Paraná Business Collection, a Orbitato mostra sua terceira coleção batizada de Sol e Chuva. Neste conceito cabem tecidos relativamente leves, até no inverno. A coleção usa algodões 100% com diferentes pesos e estruturas, que são excelentes bases para a estamparia digital. Tem também alguns jacquards 100% algodão, desenhados por Celaine. Complementos com lãs em tecido plano aquecem, mas são leves e ágeis. As cores trazem bases cinzas para as lãs e cores médias e alegres para os algodões. Tudo estampado, bordado, com muita interferência.
O Estúdio Orbitato nasceu no quintal do Orbitato, estrutura multidisciplinar que estuda moda, arquitetura e design em Pomerode, no centro da indústria têxtil catarinense.
Fotos: Ricardo Pacak
LAFORT COLLECTION
A Lafort utilizou uma mistura de materiais e técnicas diferenciadas para trazer modernidade à coleção, unindo o histórico com o atual. As cores variam entre branco, preto, azuis, ouro e bronze e entre os tecidos utilizados estão veludo, couro, brocado e transparências. No tricot a marca mostra jaquards de arabescos, técnica de intársia, fios metalizados, fios lanosos e softs. A técnica de intársia é usada na malharia retilínea para criação de desenhos e estampas mais definidas e com diversas cores, que se juntam num quebra-cabeças e ficam visíveis nos dois lados do tecido.
ALL POURPOSE
Os tecidos se dividem em tecnológicos (nylons futuristas, windbreakers, metalizados, empapelados, resinados) e os de aspecto mais vintage, como sarjas e brins lavados em processos industriais que os desgastam e garantem o toque de conforto. Malhas stone wash, tinturada e com diversos processos de manufatura, além dos jeans resinados que imitam couro, também merecem destaque.
DOCTHOS
Tecidos de diversas padronagens, permanência de lisos, listrados e maquinetas e a continuidade do xadrez vichy, com entrada de padrões geométricos, marcam a coleção. Tecidos tecnológicos como sarja resinada, jeans limit com acabamento em íons de prata, malha conforjet que exala perfume, veludo, lurex, sarja acetinada, algodão com e sem strech, tecidos metalizados, algodão com acabamento em leve brilho também trazem personalidade às peças para o próximo inverno. Além destes, merece destaque a linha sustentável Denim Water Low, na qual a proposta é reduzir o consumo de água, desde a produção até a lavagem caseira.
FABIO BATZ
Apresenta um inverno austero, representando a guerra entre humanos e cylons, com peças atemporais e que reflitam o contraponto entre o minimalista e os uniformes espaciais. Nas peças, cores escuras como o preto, cinza e bordô, e uma mistura de tecidos remetem ao espaço e ao “clima” de guerra e representam o conceito de hibridismo com formas geométricas marcadas. “São peças que expressam sentimentos e desejos e vestem homens e mulheres interessados por moda e conscientes do seu papel na sociedade”, diz ele, em sua sexta participação no PBC.
GILDO KIST
A passarela do PBC recebeu o EcoCalema e EcoJóias, dois projetos de inclusão social, que trabalham com mulheres atendidas pelo CRAS (Centro de Assistência Social) e beneficiadas pelo Bolsa Família. Emancipar economicamente essas mulheres é uma meta dos projetos, que com a entrada de Luciana Braga, atual coordenadora e stylist das marcas, ganharam mais valor agregado, diferenciais que começam a destacá-los no mercado nacional e internacional. “O nosso maior objetivo é o resgate da cultura do artesanato e o empoderamento e o protagonismo dessas mulheres neste resgate”, diz Luciana.
Fotos Ricardo Pacak
O Showroom de Negócios do Paraná Business Collection (PBC) nesta edição ampliou seu campo de ação ao receber, pela primeira vez, marcas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul ao lado das paranaenses. Acerta também o passo com o calendário da moda, já que, a partir de agora, o PBC terá duas edições no ano, disponibilizando com bastante antecedência para o mercado os lançamentos da temporada. Em uma área de 2 mil metros quadrados, com uma estrutura especialmente preparada para facilitar a apresentação das novas coleções para o Inverno 2013, expositores do Showroom recebem a visita de compradores especialmente selecionados entre os principais do país.
O 7º PBC, evento realizado pela Fiep (Federação das Indústrias do Estado Paraná), através do Conselho Setorial da Indústria Têxtil e Vestuário do Paraná, e pelo Sebrae/PR (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Paraná), aconteceu de 6 a 10 de novembro, no Centro de Eventos da Fiep.
“Acreditamos que por meio do Paraná Business Collection conseguimos promover o setor do vestuário e, com a abertura do Showroom de Negócios para os outros estados do Sul, vamos fortalecer a indústria da moda na região como um todo”, diz Carla Werkhauser, coordenadora estadual do vestuário do Sebrae/PR.
Nereide Michel, Paulo Martins e Carla Werkhauser
O Oriente inspirou Andrea Marques que desfilou muitas estampas numa harmonia com cores verde, mostarda, terra, vermelho e rosa. Brincando com os shapes, a estilista misturou num mesmo look, peças básicas com peças oversize e criou vestidos tubo com babados na barra, saiotes evasées com blusão, calcas com pregas e camisas de ombros estruturados.
Destaque para as diferentes mangas das blusas.
Por Lu Catoira
R.Groove é um desfile para o público masculino que gosta de visuais mais ousados. A grife apresentou um inverno em azul marinho, marrom, verde e vermelho. As calças cropped surgiram com cintura mais alta e usadas com meias brancas, e os jeans ganharam corte de alfaiataria. Não faltaram jaquetas justas, sobretudos retos, paletós curtos camuflados.
Destaque para os bolsões dourados usados com tênis em jeans e couro.
Por Lu Catoira
Estampas de flores, pássaros e jacquard de losângulos marcaram a passarela de Nica Kessler, numa cartela de cores que envolveu tons roxo, off-white, cinza e terra. Na coleção, não faltaram calças ajustadas com blusas com mangas mais arredondadas, vestidos curtos com movimento, saias longas e recortes de ombros à mostra.
Por Lu Catoira