ESG - Environmental, Social and Governance

worldfashion • 23/06/23, 11:10

Artigo de André Chaves(*)

É inegável que as questões ESG (Ambiental, Social e Governança) ocupam um lugar central nas agendas de lideranças, acionistas, conselheiros e alta administração das empresas. Elas representam uma mudança fundamental no modo de fazer negócios. Deixaram de ser temas complementares para se tornarem elementos essenciais e vitais para o funcionamento das empresas modernas, sem os quais nenhuma organização poderá sobreviver no futuro.

Essa transformação e a crescente importância do tema são resultado de anos de amadurecimento na forma como as organizações são geridas e na compreensão de seu impacto e propósito. Ficou evidente que não podemos mais buscar o lucro a qualquer custo. Agora, é necessário assumir a responsabilidade de garantir um mundo mais justo, onde as empresas possam exercer suas atividades gerando produtos e serviços que não destruam o meio ambiente, sendo conduzidas com absoluta ética e transparência.

As empresas que não adotarem as práticas ESG enfrentarão um futuro desafiador, uma vez que consumidores conscientes não aceitarão fazer negócios com organizações que causem impactos ambientais ou sociais prejudiciais. À medida que essas empresas colocam em risco seu próprio futuro ao ignorarem as práticas ESG, elas deixam de ser atraentes para acionistas e investidores, acumulando riscos que envolvem multas ambientais e incertezas quanto à sua capacidade de gerar riqueza no futuro. Não há como escapar: a temática ESG é central na agenda de todas as lideranças.

À medida que as organizações compreendem que a vontade dos clientes determinará seu sucesso futuro, elas precisam traduzir essa demanda em novos requisitos de produtos que atendam a essas necessidades. Não se trata apenas da oferta do produto em si, mas também da forma como esses produtos são entregues. Redução do consumo de energia elétrica, conservação da água e pagamento de salários mais justos são apenas alguns exemplos. Todas essas práticas são importantes e, à medida que são implementadas, as organizações devem ser transparentes em relação à adoção dessas medidas. Isso fará com que os consumidores reconheçam o comprometimento das práticas ESG e prefiram essas empresas em relação aos concorrentes que não as adotam.

No entanto, é extremamente importante que a adoção dessas práticas seja genuína, com resultados reais e associada a um interesse legítimo em aumentar a preservação ambiental, a justiça social, a transparência e a ética nas organizações. Empresas que exagerarem na comunicação e fizerem afirmações sobre benefícios ou impactos que não correspondem à realidade, inevitavelmente enfrentarão uma forte reação, causando um efeito contrário ao desejado.

Em suma, o ESG é uma tendência irreversível que precisa ser incorporada à pauta de liderança de todas as organizações. No entanto, sua implementação deve ser feita com cuidado, garantindo que o impacto seja verdadeiro e genuíno, e que as organizações estejam comprometidas em deixar não apenas o lucro, mas também um legado para as gerações futuras. Ao adotar práticas ESG de forma consistente e transparente, as empresas contribuirão para a construção de um mundo mais sustentável e responsável, no qual o sucesso econômico esteja alinhado ao bem-estar social e à preservação do meio ambiente.

(*) André Chaves é sócio e diretor de Indústria de Base, Infraestrutura e Construção da Falconi.

ORIGEM SUSTENTÁVEL

alinhada aos conceitos de ESG

A Crespi do Brasil, indústria de laminados sintéticos de Novo Hamburgo/RS, recebeu no dia 21 deste mês, a certificação do Origem Sustentável no nível Ouro. Com mais de 60% dos indicadores do programa atingidos, a empresa vem se destacando na busca de uma produção cada vez mais sustentável e alinhada aos conceitos de ESG (Environmental, Social and Governance).

Na oportunidade, a superintendente da Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal), Silvana Dilly, ressaltou que o momento é importante não somente para a empresa, mas para a cadeia produtiva do calçado no Brasil. “O Origem Sustentável é a única certificação de ESG para o setor no mundo e termos mais uma empresa certificada é sempre um momento de alegria e um indicativo de que estamos no caminho certo, rumo a uma indústria cada vez mais sustentável e alinhada às tendências de consumo”, disse.

O diretor da empresa, Paulo Roberto dos Reis Filho, destacou que a Crespi do Brasil pensa na sustentabilidade muito além da sua estrutura física e do pilar ambiental. ”Queremos contribuir com a nossa comunidade local por meio de ações que favoreçam a educação, a saúde, o esporte, que valorizem a cultura e gerem empregos, sempre com o objetivo de promover a inclusão social, econômica e política”, comentou.

DIRECIONAMENTO

Chamou a atenção dos auditores do Origem Sustentável, para a certificação da Crespi do Brasil, o fato de a empresa, a partir de 2020, ter mudado o direcionamento do seu centro de pesquisa e desenvolvimento, o Studio Crespi Design, que passou a produzir coleções orientadas para a inserção de produtos eco-responsáveis e novas possibilidades de acabamentos. Neste contexto, a empresa criou a base Ecosoft, que tem 30% de sua composição feita de fibra de viscose, fibra artificial de fonte renovável produzida a partir de cavacos de madeira de árvores que possuem pouca resina ou a partir da semente do algodão e substitui a fios de origem petrolífera.

A partir da orientação, a empresa, em 2022, migrou completamente para o Ambiente de Contratação Livre, passando a utilizar energias totalmente renováveis em seu processo produtivo. “Por termos migrado nossa operação para uma energia renovável, deixamos de emitir o equivalente a 27,6 toneladas de CO2, o que contribuiu significativamente para reduzir nossa pegada de carbono”, conta Filho. Outro ponto de destaque colocado pelo diretor é a substituição do óleo combustível pelo gás natural e a troca das lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de LED em 90% das suas dependências. Segundo ele, com essas ações, a empresa conseguiu uma redução de 15% do seu consumo de energia elétrica e 20% no consumo de gás natural e à lenha.

O ano passado também marcou a divulgação do primeiro inventário de emissões de gás carbônico da empresa. O documento indicou que a produção emite, anualmente, 787,5g de CO2 por metro linear. “Nossa meta é chegar a menos de 690g por metro produzido até final de 2028”, projetou Filho.

SOCIAL

Na dimensão social, a Crespi do Brasil passou a realizar treinamentos com todos os seus 72 colaboradores, buscando sensibilizá-los sobre as questões de sustentabilidade e a postura da empresa diante dos novos desafios. “Os treinamentos são realizados tanto de forma on-line quanto presencial e contam com a participação de acionistas, colaboradores, fornecedores, clientes e consumidores. Além disso, enviamos nossa Política de Sustentabilidade para toda a equipe por meio de e-mail corporativo para que todos pudessem ter acesso”, informou Filho, destacando a criação de uma cultura de sustentabilidade na empresa e na comunidade.

Com objetivo de atuar frente aos desafios sociais, desde 2008 a empresa doou, para a Fundação Semear, organização social sem fins lucrativos com sede em Novo Hamburgo, mais de R$ 50 mil. “O recurso tem sido fundamental para a fundação e possibilita o desenvolvimento e a qualificação de programas e projetos sociais de iniciativa própria, assim como outras ações que beneficiam e envolvem mais de 40 entidades sociais do Rio Grande do Sul”, destacou o diretor.

EMPRESA

Com mais de 70 funcionários, a Crespi do Brasil é uma das líderes brasileiras no fornecimento de laminados sintéticos em poliuretano para as indústrias de calçados e artefatos. O objetivo de participar do Origem Sustentável é, além de ajudar na preservação ambiental e dos direitos humanos, fortalecer a imagem da marca junto aos seus clientes, fornecedores, colaboradores e sociedade em geral.

SOBRE O PROGRAMA

O Origem Sustentável é mantido pela Assintecal em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e tem o objetivo de certificar as empresas com práticas sustentáveis na cadeia produtiva do calçado. Baseado nas melhores práticas internacionais de sustentabilidade, o programa segue a diretriz de indicadores distribuídos em cinco dimensões: econômica, ambiental, social, cultural e gestão da sustentabilidade.

E já são  51 empresas certificadas e em processo de certificação mais 43 empresas, click no link: https://bit.ly/3r4AIXy para saber quais são as empresas.

da redação com informações da DCR - Assessoria de Imprensa

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