ABIT

worldfashion • 09/12/21, 15:32

Preocupado, de um lado, com a escalada da inflação e, de outro, com o baixo ritmo de crescimento da economia brasileira, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Valente Pimentel, alertou hoje quinta feira (9/12), para a necessidade de que o ciclo de aumentos da Selic seja “paralisado” após o último ajuste feito pelo Copom, na noite de ontem.

“O crescimento da inflação no Brasil, resultado, em larga medida, dos problemas na rede de suprimentos e majoração das commodities, precisa ser enfrentado, principalmente num país que tem memória inflacionária muito recente, que sofre de um fernando-pimentel-06processo de indexação e que, ao mesmo tempo, tem contas públicas desajustadas”, ponderou Pimentel, acrescentando: “Por outro lado, a elevação da taxa de juros acontece com a economia já em marcha lentíssima”.

Assim, na visão do presidente da Abit, é necessário que o Banco Central, responsável por comandar a política monetária no País, reveja o ciclo de altas da Selic. “Defendemos que, com essa última elevação, que levou a taxa básica a 9,25% ao ano, o Banco Central paralise o ciclo de aumentos, uma vez que a economia, antes mesmo dos efeitos dos juros atuais, já vinha apresentando sinais de fraqueza”, disse.

E acrescenta, a autoridade monetária deve levar em conta estes três fatores: uma economia com níveis de atividade reduzidos antes mesmo da elevação na taxa de juros; uma inflação que não é de demanda e, sim, fundamentalmente, de oferta; e fatores que fogem ao controle dos agentes econômicos, como o preço das commodities. Para ele, há, ainda, um quarto item que contribui para inflação: a taxa de câmbio.

“Além disso, temos produzido ruídos internamente, que têm refletido em uma taxa de câmbio bem mais desvalorizada do que indicariam os fundamentos. Então, é preciso cuidado para que aquilo que precisa ser debelado, que é o pior imposto do mundo, que é o inflacionário, que afeta os mais necessitados, não se transforme num veneno que jogue a economia no abismo”, conclui o presidente da Abit.

da redação com informações da Ricardo Viveiros & Associados - Oficina de Comunicação (RV&A) imagem: foto/divulgação

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