ABIT

worldfashion • 30/03/20, 16:03

31A Associação Brasileira da Indústria têxtil e de Confecção (Abit) informa que o parque manufatureiro do setor, quinto maior do mundo e integrado, desde a produção de fibras naturais e sintéticas, passando por fiações e tecelagens, design e tecnologia, até a fabricação de roupas, está mobilizado no sentido de procurar atender às demandas mais urgentes em decorrência da pandemia da Covid-19.

“Nesse sentido, nossa indústria, buscando superar os desafios presentes, está trabalhando, nos locais onde as fábricas podem funcionar, para converter seu processo de fabricação à produção de máscaras, aventais, abrigos e outros produtos, muitos dos quais vinham sendo importados, para atender às necessidades prementes geradas pela pandemia do novo coronavírus”, salienta o presidente da entidade, Fernando Valente Pimentel.

fernando-pimentelA Abit está mobilizada integralmente no sentido de contribuir para coordenar essa ação nacional, junto com os sindicatos e lideranças locais, dada a capilaridade geográfica das fábricas, de reposicionamento da produção na maior rapidez possível, para atender a uma demanda urgente do País, informa Pimentel, acentuando: “Com esta ação, estamos procurando oferecer aos médicos e profissionais de saúde materiais importantes para seu trabalho e proteção na luta contra a Covid-19, bem como à sociedade como um todo”. Esta conversão, porém, depende das características das fábricas, da disponibilidade de matéria-prima que atenda às especificações técnicas, da possibilidade das fábricas poderem trabalhar face a restrições existentes em estados e municípios, bem como da logística e mobilidade possíveis no contexto das medidas restritivas de circulação que vêm sendo adotadas.

O quanto a pandemia afeta a indústria têxtil e de confecçõesimg-8084-640x450Na enquete realizada até sexta feira 27 de março, pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) revela que, 97% dos empresários do setor revelam já estar sentindo impactos negativos da paralisação da economia provocada pelo novo coronavírus. No pequeno grupo de 3% dos empresários ainda não sentem os efeitos da pandemia.

img-8085-640x437Dentre as empresas negativamente afetadas 98% apontam o cancelamento ou adiamento dos pedidos por parte dos clientes, devido ao receio de queda em suas vendas, e 2% dizem que não ocorreram cancelamentos até o momento

img-8086-640x445Em 56% das fábricas, há problemas para o escoamento da produção e entrega dos produtos e negociações de prazos de pagamentos e 41% indicam dificuldades para conseguir insumos. Estes também já estão tendo seus preços alterados, conforme percepção de 28% dos entrevistados.

img-8088-640x447A grande maioria, 96%, prevê impactos inevitáveis à frente e 4% não acreditam nisso. Sete por cento revelam que está crescendo a demanda doméstica pelos produtos que fabricam.

img-8087-640x451No que diz respeito somente ao número de pedidos, 98% das empresas informam que houve alterações e 2% indicam que houve aumento.  Porém, 23% dos entrevistados revelam que houve queda acima de 50%. Em 15% das empresas, diminuição variou entre 10% e 25%.

Medidas de enfrentamento da crise

img-8089-640x4501Para fazer frente à presente conjuntura, 62% dos empresários ouvidos colocaram os colaboradores em férias coletivas e 34% estão recorrendo à aplicação de banco de horas. 30% mantêm funcionários em home office, sem anuência dos sindicatos, 14% com concordância das entidades laborais, e 22% iniciaram a demissão de trabalhadores. A opção de redução de jornada e salários foi apontada por 5%. E 1% está contratando.

img-8090-640x441Por outro lado, praticamente todas as empresas, indicam adoção de medidas de orientação e prevenção ao contágio, visando à proteção dos trabalhadores.

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da redação  com informações da Ricardo Viveiros & Associados Oficina de Comunicação, assessoria da ABIT    imagens: divulgação

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