Dragão reforça identidade da moda brasileira

admin • 26/04/10, 21:18

No primeiro dia da 11º edição do Dragão Fashion Brasil, que acontece de 25 a 27 de abril, em Fortaleza,  Ceará, o evento reforçou sua verdadeira vocação: mostrar o lado da moda brasileira que se diferencia pelos materiais e técnicas artesanais, sem perder a conexão com a moda global.

O line-up do dia abriu com o projeto Conexão Solidária que apresentou uma coleção politicamente correta, pautada nos saberes populares da região, tais como as rendas richelieu, labirinto, renascença e filé, além dos bordados, crochês e macramês.

A coleção, assinada pelos irmãos estilistas André e Raphaella Castro e produzida por cooperativas de artesãos de 32 comunidades do Ceará, trouxe peças e looks para o feminino e o masculino, trabalhados com estilo, sem cair no folclórico.

Em seguida, o desfile da marca feminina infantil Jolie! Jolie!,da estilista Andrea Cerqueira, quase trouxe abaixo a sala de desfile Salão das Marés com suas modelos mirins, cheias de graça e atitude. A marca apresentou roupas lúdicas, porém antenadas com as atuais tendências da moda.  Sainhas balonês, micro-casacos românticos, calças odaliscas em Denim com barra tie-dye e vestidinhos românticos de cintura alta usados, por exemplo, como sobreposição para um saruel em estampa de onça ou legging com efeito rendado, ofuscaram  peças mais convencionais e adultas, como  as batas , jeans e camiseta.

Porém, o ponto alto do primeiro dia do evento ficou por conta da apresentação do estilista e arquiteto multicultural Mark Greiner que apresentou looks estruturados com ombros e quadris exarcebados e, no extremo oposto, peças minimizadas que deixavam partes do corpo a mostra, como se fizessem parte da construção do tecido da roupa.

Dragão Fashion Brasil - Mark Greiner - foto divulgação

“Faço roupas para momentos especiais e não para o mercado”, contou o estilista que manifestou uma óbvia homenagem ao recém-falecido estilista inglês Alexander Mac Queen, com peças cênicas que transformavam a mulher em um ser híbrido, sem pé, mãos e cabeça.

Já o estilista Vitorino Campos se inspirou “na angústia de viver na desordem em busca da ordem” para desenvolver uma coleção que se destacou pelo uso dos tecidos nobres com tratamento artesanal como os linhos, o shantung e uma seda mista com trama de filamentos de metal, que estruturavam o corpo sem causar um “modernismo incômodo”, segundo o estilista.

Desfilaram ainda no primeiro dia os estilistas Iury Costa, Vitorino Campos e Ivanildo Nunes, além das marcas Handara, Mar Del Castro e o carioca Mário Queiroz, que apresentou para o Nordeste a coleção inverno 2010, lançada em São Paulo.  Astrid Façanha

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