23º MINAS TREND: AGORA E PARA SEMPRE

worldfashion • 04/10/18, 10:33

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A próxima edição do Minas Trend, semana mineira de lançamentos de moda promovida pela FIEMG – Federação das Indústrias de Minas Gerais, que acontece de 28 outubro a 1 de novembro, em Belo Horizonte.

flavioPara o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, “a entidade está projetando o Minas Trend para o futuro de forma autossustentável e com a moda mineira falando mais alto”. Para o executivo, o setor de moda é de fundamental importância para a sociedade e para a economia do estado, destacando que os momentos de crise podem revelar boas oportunidades para os fabricantes. “A moda mexe com a autoestima das pessoas, além de ter a capacidade de transformar e levar as pessoas ao sonho. O Minas Trend pertence ao segmento - produtores de vestuário, bolsas, calçados e acessórios -, e é ele que vai escrever o presente para definir o futuro”.ronaldo

Para Ronaldo Fraga, diretor criativo, esse “trem”, será cada vez mais inclusivo, democrático e tolerante, segue sua viagem até 2030. “Vamos pensar o Minas Trend daqui a 20 anos, como ele estará em 2030”, provoca Fraga para caracterizar o novo perfil criativo que deve pautar as próximas edições do evento. “O momento é o de pensar de outro jeito. O evento para sobreviver, aliás, a moda para sobreviver, tem que ir além da roupa e, por isso, pensamos no Minas Trend para a próxima década. Em 2030, ao falarmos da 23ª edição, veremos que fizemos história e trilhamos caminhos onde ninguém antes havia pisado”.

Este é o momento ideal para dar força à moda brasileira, destacando que o setor, apesar de ainda bastante importante para o PIB, já foi o 2º empregador do país, posição da qual vem se distanciando a cada ano. Para tanto, a semana de moda passa a refletir um perfil mais participativo e inclusivo, incentivando a adesão da população mineira, conclui Ronaldo Fraga.

como-ir-do-aeroporto-de-confins-para-belo-horizonte“A cidade vai acompanhar e saber como será o próximo Minas Trend. Quando o cliente chegar em Confins, a cidade inteira estará pensando nele para vender roupas, serviços e o desejo de vir para esse lugar”.  Segundo Ronaldo, o tema dessa temporada - “Agora e para Sempre” -, faz alusão à indústria de moda - “a indústria do efêmero que, como nenhuma outra, consegue marcar época e ser inesquecível” -, lembrando que o Minas Trend, a partir de agora, pretende extrapolar a roupa, estabelecendo um diálogo com seu tempo, com a inclusão e a diversidade, para assim falar de criação. “Temos que abrir mão da imagem anglo-saxônica recorrente nos eventos até agora. Precisamos incluir, olhar para o Brasil, olhar para a gente”.

foto_2_vista_geral_sebastiao-jacinto-junior-640x427Esse direcionamento, que visa estabelecer o Minas Trend como um evento de projeção nacional, mas, com características de visibilidade e inserção comercial globais, já pode ser percebido através da linguagem visual adotada por Fraga para a 23ª edição. As tatuagens corporais surgem como a principal referência gráfica da temporada, ocupando os corpos como uma roupa imaginária, mas também bastante real, que se projeta no traço simbolizando o início da criação. “A partir do traço que marca a pele, defendemos aquilo que fica para sempre e nos apresenta para o mundo através das marcas que podem ser tatuagens, rugas, curvas do corpo e, claro, as suas roupas”. Para o diretor criativo, o tema fala do presente e da moda como um reflexo no retrovisor do tempo. “Passados 10 anos, você não vai lembrar quanto lucrou neste ano, mas se você deixou marcas, se você fez parte de um processo de transformação e então sentirá orgulho de ter feito parte dessa história”, conclui o estilista.

minastrend_rc_i18_0020Serviço:

Minas Trend – Outono-Inverno/2019

Data: 29 de outubro a 1 de novembro de 2018 – 2ª a 5ª feira

Horário: 10h00/20h00

Local: Expominas – Belo Horizonte – MG

da redação WF    fonte: NAMÍDIA Comunicação   Fotos: divulgação

Pacto de governabilidade na sociedade do conhecimento*

worldfashion • 01/10/18, 15:33

abit_nobo_redes_sociais_400x400O Artigo 84 da Constituição Federal, em seu inciso I, estabelece que a nomeação dos ministros de Estado “compete privativamente ao presidente da República”. Em nossa história republicana, porém, tal prerrogativa tem sido exercitada principalmente para a escolha dos titulares da área econômica. Os demais cargos são indicados pelos partidos da base de sustentação do Executivo no Congresso Nacional, no âmbito do pacto de governabilidade resultante das eleições.

As composições políticas para a formação do gabinete são aceitáveis e necessárias no contexto das democracias, como ocorre de modo acentuado nas nações parlamentaristas. Entretanto, esse processo precisaria respeitar o critério de capacitação técnica, nem sempre observado em nosso país, criando-se, assim, dificuldades para o desenvolvimento de políticas públicas eficazes em áreas fundamentais. E há o agravante da descontinuidade de programas bem-sucedidos nas mudanças de gestão. Ressalve-se que tivemos, em distintos governos, nomes de excelência indicados por partidos, sendo os ocupantes parlamentares ou não.

fernando-pimentel-abit-427x640Seria estratégico para o Brasil que o próximo presidente, além dos ministros da área econômica, também escolhesse de modo direto, conforme quesitos eminentemente técnicos e de competência, os da Educação, Cultura e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Explico: essas são áreas – em paralelo à vital condução da política econômica – decisivas para a recuperação nacional e participação mais competitiva do País na nova globalização do Século XXI, inserida na chamada sociedade do conhecimento.

As agendas de trabalho dessas pastas são de prazo longo, perpassando gerações. Ao lado dos naturais ajustes de percurso, necessitam de planos e projetos de longo alcance, abraçados e apoiados por toda a população, como fator crítico para sairmos da armadilha de pais de renda média e alcançarmos todo nosso potencial de geração de igualdade de oportunidades, desenvolvimento e riqueza.

Embora fundamental e prioritária, não basta a gestão econômica eficaz, ancorada por reformas estruturais, como a previdenciária e tributária, o equilíbrio fiscal e cambial, redução do “custo Brasil”, desburocratização e outras medidas incansavelmente sugeridas. No mundo da Indústria 4.0, inteligência artificial, internet das coisas, robôs e crescente aplicação da cibernética, o crescimento sustentado somente será possível no âmbito do saber, de modo a se responder com eficácia à rápida e profunda transformação dos processos produtivos e da estrutura do trabalho.

Nesse novo cenário, as políticas públicas relativas à educação, cultura e P&D somam-se à gestão da economia e do desenvolvimento como fatores condicionantes de nossa capacidade de nos converter em uma economia de renda alta. No caso do Brasil, os desafios são ainda maiores, pois teremos de ingressar no novo momento disruptivo global em meio a uma notável recuperação de investimentos, empregos e competitividade, com indicadores internos ainda muito abalados pela pior recessão de nossa história. Temos um país excessivamente polarizado e ainda se debatendo com questões anacrônicas, há muito superadas pelas nações vencedoras no cenário mundial.

Por isso, independentemente do presidente eleito e das suas composições políticas, é essencial que a nomeação de ministros às pastas decisivas para nosso desenvolvimento atenda estritamente à competência técnica, aliada à capacidade mobilizadora de políticas públicas e articulação no diagnóstico das prioridades. Os brasileiros não podem prescindir desse critério. Afinal, é o seu voto que confere ao presidente a prerrogativa constitucional de nomear e exonerar ministros.

Dependendo de quem assumir a Presidência da República em janeiro de 2019, o País terá um número diferente de ministérios, conforme se observa no programa de governo dos distintos candidatos. Na formação do novo gabinete, todas as pastas serão importantes, mas as que compõem as áreas do conhecimento são decisivas para nossa agenda de desenvolvimento.

Nas eleições deste ano, mais do que nunca, em paralelo às democráticas alianças e composição de uma base de sustentação do governo no Parlamento, o principal pacto de governabilidade deve ser firmado com a sociedade. É preciso resgatar em termos práticos o princípio basilar do Estado de Direito, também consagrado na nossa Constituição, de que o poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido!

*Fernando Valente Pimentel é o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).

fonte: ABIT Associação Brasileira das Indústria Têxtil e de Confeção / Ricardo Viveiros & Associados - Oficina de Comunicação  foto: divulgação