VESTE S.A.

worldfashion • 18/12/22, 22:43

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A Restoque, tradicional empresa de moda premium, inicia um novo ciclo. Sem deixar de lado a experiência e história que a tornaram protagonista no seu segmento, a companhia se moderniza e passa a se chamar VESTE S.A. ESTILO, além de receber aporte de capital de R$ 100 milhões para acelerar seu crescimento em 2023.

O novo nome empresarial VESTE, traz mais contemporaneidade e reflete a posição da empresa como especialista em seu segmento.

“A companhia tem uma história consagrada no mercado brasileiro e um portfólio de marcas desejadas pelos clientes. Em 2019, reorientamos nossa estratégia e elaboramos um planejamento assertivo para o novo momento do mercado de consumo. Os resultados dessas ações apareceram no ano passado e se fortaleceram neste ano”, afirma Marcelo Lima, presidente do Conselho de Administração.

Esses resultados motivaram o ingresso de novos acionistas na companhia, por meio de um aumento de capital de R$ 1,6 bilhão, concluído no último mês de outubro, o que reforçou significativamente a estrutura de capital da empresa. Fundos administrados pela WNT Gestora de Recursos, que tem como principal investidor o Banco Master, se tornaram acionistas relevantes da companhia.

O aumento de capital de R$ 100 milhões, aprovado pelo Conselho de Administração, com preço de emissão de R$ 1,70 por ação (com ágio de 12,6% em relação ao fechamento de hoje – 14/12), está ancorado pela WNT. “As oportunidades de crescimento futuro, a capacidade de execução da atual equipe e os bons resultados operacionais da companhia nos deram confiança para liderar esse aporte de capital que permitirá à empresa antecipar seu novo ciclo de crescimento”, diz Valério Marega Júnior, sócio da WNT.

Os recursos serão aplicados, principalmente, na aceleração de dois pilares importantes desse novo ciclo de crescimento da empresa: reforma de lojas físicas e transformação digital.

Gestão renovada

A companhia também terá mudanças na administração. Livinston Bauermeister, após sete anos como CEO, irá para o Conselho de Administração. Alexandre Afrange assumirá a posição de CEO. Marcelo Lima, acionista de referência, continuará como presidente do Conselho, do qual também participa Luciana Cezar Coelho e no qual ingressam João De Biase, Paulo Figueiredo e Carolina Wosiack.

“Ao longo deste ano, venho trabalhando com o Marcelo, o Conselho e o Alexandre para lançar esse novo ciclo e garantir uma estratégia de sucessão sem rupturas, reforçando o engajamento e motivação do nosso time”, ressalta o atual CEO Livinston Bauermeister.

alexandre-afrange-_5754-credito-denise-andrade4“Estamos olhando para o futuro respeitando a essência das nossas marcas”, afirma Alexandre Afrange (foto à direita de Denise Ramos) dos fundadores da Le Lis, principal marca da empresa. O executivo foi CEO da companhia até 2014 e voltou em 2020 como head da marca Le Lis a convite de Marcelo e Livinston. A partir de Julho de 2021, assumiu como Diretor Geral de Operações e teve um papel fundamental na transformação da empresa.

“Tenho uma conexão muito forte com a companhia e os resultados que temos alcançado me motivam a continuar buscando o crescimento e o aprimoramento do negócio. Um dos nossos principais pilares será a continuidade da transformação digital, agregada à magia da relação interpessoal e ao contato físico com os produtos, que serão garantidos com a renovação das lojas, conclui Afrange.

Construção do novo momento

Ao longo dos últimos anos, a companhia promoveu uma série de ações: consolidação das operações fabris e dos centros de distribuição, digitalização de vendas e processos, implementação da operação omnichannel, dentre outras.

Visando um caminho mais sustentável, desenvolveu e implementou o Programa +R, com as premissas de Reduzir, Respeitar e Realizar, em prol da sociedade e meio ambiente.

No início de 2022, se tornou a primeira empresa brasileira a ser admitida no The Fashion Pact, um acordo que visa limitar o impacto do setor de moda no clima, biodiversidade e oceanos. A companhia se juntou a grupos como Hermès e LVMH e se comprometeu, entre outros objetivos, a adotar medidas para atingir a redução de 50% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) até 2030 e zerar as emissões líquidas até 2050.

“A VESTE vem para celebrar as conquistas dos últimos anos e lançar a companhia em um novo ciclo de crescimento e rentabilidade, inspirado na motivação de seu time e no encantamento dos clientes de suas marcas”, afirma Livinston Bauermeister.

O ticker de negociação das ações de emissão da companhia na B3 passará a ser “VSTE3”, alinhado com o novo nome e o novo ciclo. Além disso, as ações de emissão da companhia serão grupadas na proporção de 8:1, adequando-se às melhores práticas recomendadas pela B3.

As mudanças acima serão submetidas à aprovação dos acionistas da companhia em Assembleia Geral Extraordinária a ser realizada em 10 de janeiro de 2023, exceto o aumento de capital que já foi aprovado pelo Conselho de Administração, com preço de R$1,70 por ação (equivalente a R$ 13,60 pós grupamento), dentro de aumento de capital já autorizado pelos acionistas.

da redação com informações da Máquina Cohn&Wolf

INSTITUTO C&A

worldfashion • 16/12/22, 04:04

downloadCapazes de assumir formas de comunicação em linguagem não verbal, engana-se quem acredita que a moda não esteja ligada ao fator político, social e econômico. De todo modo, ela consegue conversar com meio ambiente de forma que o regenere, trazendo posicionamentos e envolvendo as pautas raciais. Mas de que maneira ela pode se tornar uma grande aliada em atos políticos?

Considerada um documento histórico da sociedade, possibilitando analisar anseios, comportamento humano e a sua reflexão sobre a realidade, a moda consegue passar pelo lado do escapismos e do sonho, chegando a alienação ou descaso a ponto de sua isenção ser uma necessidade de se agarrar a algo.

download-2Segundo o estudo elaborado pelo Instituto Fashion Revolution Brasil, o Índice de Transparência da Moda Brasil (ITMB) 2022, teve a pontuação média geral de 17%, representando uma queda  percentual em relação a 2021. As 60 marcas e varejistas do mercado nacional analisadas foram classificadas de acordo com o nível de informações divulgadas em relação a políticas, práticas e impactos nos direitos humanos e meio ambiente.

A quinta edição do ITMB - Índice de Transparência da Moda Brasil, serviu para demonstrar como a evolução da indústria da moda brasileira está lenta. Durante os cinco anos da pesquisa que iniciou em 2018, esse índice vem pressionando marcas com visibilidade no mercado nacional a divulgarem, de forma pública, informações sobre suas operações e as chamadas ‘cadeias de fornecimento’

De acordo com o ativista corporativo e diretor executivo do Instituto C&A, Gustavo Narciso, pilar social de uma das maiores redes de lojas de departamento do país, é interessante ver a moda como um elemento importante em reivindicações sociais e também como um potencializador de expressões.

download1“Vimos nas últimas décadas as mulheres livres para usar peças entendidas como ‘masculinas’ como as calças. Além disso, temos na pauta feminista a busca pelo direito das mulheres vestirem o comprimento de roupa que quiserem sem que isso seja passe livre para comportamentos libidinosos dos homens perante elas. Os homens, por sua vez, que em algumas sociedades antigas ousavam mais da moda tem se apropriado de uma forma mais devagar da dita moda agênero”, explica Gustavo.

A história nos mostra em diversos momentos, de como as vestimentas eram capazes de transmitir mensagens. Quem não se lembra da icônica Maria Antonieta, conhecida por muitos como a rainha que usou a moda tão bem, a ponto de se impor politicamente na sociedade francesa no século 18. Outro nome marcante, mas do contexto contemporâneo foi a primeira dama Michelle Obama, que marcou por seu estilo e por entender como poucas, como usar a moda de maneira diplomática.

Para Gustavo, as pessoas têm optado cada vez mais por trazer significado às suas vestimentas, contando as histórias que tem por trás delas ou comunicando mensagens de cunho político, que transmitam suas crenças e posicionamentos.

download-1“Acredito que em curto espaço de tempo, essa onda será tão forte quanto a logotipia que estampa camisetas com marcas como Adidas, Balenciaga, Nike, Calvin Klein – que marcam a capacidade de quem veste, consumir essa marca de alto valor agregado – para pessoas que tem como premissa, um consumo que demonstre seu posicionamento de uma forma mais profunda, no consciente da busca por valorizar outros aspectos, como o processo criativo e o impacto socioambiental positivo da peça”, completa.

O diretor executivo ainda faz uma reflexão sobre o impacto que o próximo governo, comandado pelo presidente eleito, Lula, pode gerar nos próximos anos, principalmente se tratando de questões ambientais, especificamente o cultivo de algodão.

“A minha maior preocupação hoje com relação à moda vai de encontro ao impacto ambiental que, por exemplo, o cultivo de algodão provoca no campo. As promessas de campanha contemplavam o incentivo a culturas de pequenos produtores, que hoje são responsáveis por grande parte do cultivo do algodão agroecológico e regenerativo no país. Se o plano de governo se concretizar nessa direção, certamente teremos um impacto positivo”, comenta Gustavo Narciso.

Outro ponto de extrema importância que merece atenção pela resistência e representatividade social é a moda afro-brasileira, que vem ganhando espaços em desfiles, festivais e grandes eventos, mas ainda assim é um tabu a ser quebrado. Visto que ainda existe uma resistência na inserção da cultura preta dentro desse espaço nacional, Gustavo Narciso acredita que inicialmente, é preciso amplificar o conceito de moda afro-brasileira para uma ideia visual que vá além de puramente uma referência que fique apenas nas capulanas (tecidos estampados e coloridos utilizados por comunidades africanas).

“A moda afro-brasileira vai além disso, vem de mentes criativas com capacidades, origens e histórias diversas que trazem consigo essas vivências para as suas marcas. Acho que essa desconstrução imagética do que é moda afro-brasileira é o primeiro passo para que possamos oportunizar mais espaços para pessoas negras e indígenas que vem pensando moda no Brasil”, ressalta Gustavo Narciso

Em um país majoritariamente negro, pensar na moda nacional é quase que imediatamente pensar também em uma moda por e para pessoas, que tem forte relação com a cultura negra, e ignorar isso onde se propõe construir um espaço democrático e justo dentro do campo da moda é colaborar com o racismo estrutural do país.

Junto ao Instituto C&A, o ativista corporativo busca investir em marcas de moda autoral, moda essa que já tem seu compromisso com sua cadeia de valor em relações mais respeitosas de trabalho, valorizando mulheres, pessoas negras e indígenas, migrantes e a comunidade LGBTQIAP+.

De acordo com Gustavo, investir nessas pessoas nesse segmento é permitir que a sociedade possa despertar o interesse de tornar o seu consumo político, ao tomar consciência do impacto que sua escolha tem para grupos historicamente minorizados.

Gustavo também faz parte do Entrelinhas, projeto pensado para dar visibilidade a pequenas marcas de moda autoral e cheias de significado. “Quando conectamos a marca Rendeiras da Aldeia, que tem como base a renda renascença, à uma moda de alto luxo como a Apartamento 03, cuja base de clientes tem potencial para entender e pagar pelo conhecimento ancestral e meticuloso que essa técnica possui, estamos falando de política. Quando trazemos a Kioo Modas, marca criada por um casal preto cansado de não encontrar peças que representassem a identidade do filho, com a Dendezeiro que tem despontado no mercado nacional, também estamos falando de política. E é isso que tem movido esse projeto do Instituto C&A adiante”, conclui Gustavo Narciso.

da redação com informações da Assessoria Criativos  Imagens: fotos divulgação de Lu Prezia e Kaique Talles

6ª Edição Brasil Eco Fashion Week

worldfashion • 14/12/22, 22:45

eco-11Com o tema COCRIAR O FUTURO, o maior evento de moda sustentável da América Latina aconteceu em dezembro deste ano em dois espaços em São Paulo. Foram 20 desfiles, 18 painéis e 30 workshops, além de instalações temáticas e participações internacionais.

A Brasil Eco Fashion Week (BEFW) desde 2017 aplica boas práticas de acessibilidade, e vem se aperfeiçoando a cada ano. Além de intérprete de libras, há audiodescrição das exibições e dos desfiles, além de QRCode nos ambientes expositivos como ferramenta para disponibilizar informações para Pessoas com Deficiência (PCD).

A semana de moda sustentável contabilizou mais de 3.000 visitantes e participação de marcas de todas as regiões do país. O evento é referência na indústria da moda e da confecção por promover negócios de impacto positivo, sendo a diversidade e a responsabilidade social os pilares que ajudaram a alcançar a sua 6ª edição.

1597349731899Para Rafael Morais, diretor executivo, as ações do BEFW têm um papel pedagógico. “Conhecer a realidade é fundamental. Há centenas de projetos de sustentabilidade acontecendo no país e dar visibilidade é nossa missão. Além disso, moda é sobre pessoas. É sobre a sociedade. O que trouxemos para a sexta edição continua surpreendendo até mesmo quem já atua no setor. Por isso, vimos gente emocionada da primeira até a última fila nos desfiles”.

Ainda sobre a diversidade, vale destacar a presença dos povos originários no BEFW que, desde 2019, traz indígenas para o line up e realiza ações como o Espaço Amazônia para apresentar inovações. Nesta edição, Sioduhi Studio apresentou o Maniocolor, corante têxtil à base de casca de mandioca, desenvolvido pelo designer em seu território ancestral, o Alto Rio Negro, na Amazônia. We’e'ena Tikuna apresentou o Tururi, tecido orgânico que tem origem na entrecasca de árvores seculares no território Tikuna, uma das maiores nações indígenas do país. Entre os modelos indígenas do desfile, esteve na passarela Txai Surui, que ganhou destaque internacional após seu discurso em 2021 na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26), em Glasgow.

eco-2A 6ª BEFW CoCriar o Futuro promoveu 21 desfiles, 18 painéis, 30 workshops e espaços temáticos. E também foi o momento de dialogar sobre o 1º Programa de Moda Circular e Inovação BEFW, projeto realizado com curadoria da equipe de especialistas em circularidade e sustentabilidade do Instituto Senai de Tecnologia Têxtil e de Confecção do SENAI CETIQT. E também teve o lançamento da página do BEFW na plataforma de e-commerce Mercado Livre. Uma ação para ampliar vendas online de marcas participantes do evento.

O evento também contou com a participação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com o lançamento da identidade visual da marca Sebrae Fashion (SBR FSHN). No estande, a Mostra de Moda Sebrae Fashion, apresentou look de 21 negócios presentes no line up da 6º edição. Com apoio de estudantes do Senac Lapa Faustolo, que atuaram como monitores, a Mostra Sebrae contribuiu para que o público aprofundasse conhecimentos sobre os processos necessários para um produto sustentável, produzido com mínimo impacto ambiental e com responsabilidade social.

A cenografia da mostra e do evento em geral buscou ressaltar as ações de sustentabilidade e inovação ao utilizar desde tecidos reciclados da empresa parceira EcoSimple, que compunham o fundo da passarela, ao pioneirismo em realizar a primeira passarela de material reciclado em um evento. Com mais de 20 metros, a passarela foi produzida com fibras de jeans usados, numa fusão de plástico reciclado, látex natural, uma cocriação da Therpol Inovations, da CottonMove e da Retalhar.

No pilar dos conteúdos destaques para participações de importantes empresas e indústrias no segmento de inovação para a sustentabilidade, como empresas nos palcos desta edição como Rhodia, Malwee, Renner, Fashion Hub, Vicunha, Colabora Moda Sustentável, Senai Cetiqt, dentre outros, promovendo excelentes reflexões e debates em prol de futuros prósperos para a indústria da moda.

A 6ª edição do BEFW teve patrocínio master da Renner e do Mercado Livre, e patrocínio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - Sebrae Nacional e Apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - Senac. A Vert, além de co-patrocinadora, ofereceu tênis sustentáveis para as marcas usarem nos desfiles.

Desde a primeira edição, a BEFW - semana de moda sustentável - tem recebido apoio da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção - ABIT em diferentes ações como convite de compradores e da imprensa internacional. Também tem as parcerias com o programa Texbrasil da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos - Apex Brasil, para internacionalização de marcas e produtos nacionais, além da Associação Brasileira de Estilistas - Abest.

A Pantys abriu o desfile transformando o tabu da menstruação em ato pela dignidade menstrual. Uma das modelos escreveu no corpo as palavras igualdade racial para destacar que a pobreza menstrual atinge 47% das jovens negras e de famílias de menor renda no país (Espro, 2021). O BEFW encerrou a temporada de passarela com um desfile surpresa realizado em parceria com ‘Maju Convida’. Um desfile em que Maju de Araújo, modelo com síndrome de Down, trouxe amigos, artistas e influenciadores para desfilar com ela exatamente no dia 3 de dezembro, Dia Mundial das PCDs. Isso levantou a questão de que ainda existe escassez de estilos de roupas adaptáveis, oportunidades e visibilidade para PDC’s que já ultrapassam 17 milhões no Brasil (PNS, 2019). Um marco no evento que a lançou como mode

PANTYS

eco-3eco-4Fundada em São Paulo por Emily Ewell e Maria Eduarda Camargo, a Pantys é a primeira marca de calcinhas absorventes, laváveis e reutilizáveis da América Latina e única clinicamente testada no mundo. Com vida útil de 100 lavagens, o produto é feito de tecido biodegradável e atende um mercado de 86% das mulheres no Brasil que usam absorvente externo, reduzindo as montanhas de lixo gerados com o descarte. Iniciativas de impacto social incluem doação de produtos para projetos voltados para o fim da pobreza menstrual e inserção de mão de obra de refugiados no Brasil na etapa da embalagem.

O desfile apresentou calcinhas, sutiã para lactantes, cueca masculina e linha praia disponíveis no catálogo.

A Pantys usou sandálias @uselinus (Linus) de PVC ecológico microexpandido e certificação PETA-Approved Vegan e Carbonext  por compensar o dobro das emissões de carbono.

COLLAB RANI + COMAS

eco-5eco-6Na parceria entre as idealizadoras das marcas Rani (Luana Cicolo) e Comas (Agustina Comas), todas as peças foram elaboradas em processos de upcycling industrial com a criação do tecido ORICLA ELÁSTICO. rolos de 20m construídos com material que seria descartados. Os produtos traduzem o reuso inteligente de materiais com intuito de reduzir a geração de resíduos e colaborar com uma cultura de produção de moda com menos desperdícios.

A coleção com o tema Upycling Industrial Brasileiro, apresentou uma linha de roupas esportivas e também peças com modelagens feitas para serem versáteis e se adaptarem a todas as ocasiões. Na passarela, elementos cênicos para simbolizar o modo produtivo e a valorização da matéria-prima fruto da recriação a partir de um descarte. A coleção foi apresentada com tênis da Vert.

DEMODÊ

eco-71eco-81A marca de São Luis, MA, liderada por Maria Zeferina, produz desde 2018 roupas íntimas e peças conceituadas como moda conforto usando como base o algodão colorido orgânico da Paraíba, certificado pela Ecocert. O algodão cultivado no sistema de agricultura familiar já nasce naturalmente colorido. Por dispensar irrigação e tingimento, geram economia de 87,5% de água se comparados com peças de produção industrial convencional. Adepta do lixo zero, reutiliza os resíduos de confecção para a criação de outros produtos. Toda a produção é feita por mulheres em conjunto com duas associações: “Bilro de Ouro” e “Tecendo Saberes” que cuidam das rendas, crochês e outros produtos com os retalhos da confecção.

A coleção trouxe o tema “O futuro é Ancestral” com roupas em algodão, crochê, rendas e acessórios biodegradáveis, relembrando que as tecnologias ancestrais são sabedoria e inspiração para a moda do futuro, onde o ser humano e a natureza são uma coisa só. Alguns looks da coleção foram acompanhados de tênis Vert produzidos com algodão orgânico e algodão reciclado com PET, borracha e couro, além de C.W.L, um material vegano de origem biológica.

NUZ

eco-9eco-10A marca nasceu em 2015, um projeto antigo idealizado por sua criativa e responsável, Duda Cambeses. A marca trouxe um novo olhar sobre o vestir, sendo pioneira em peças com modelagens transformáveis e all gender, que se adaptam a diferentes corpos, no tamanho chamado Universo, que veste do tamanho P ao G. Na produção, adepta do lixo zero. Todo resíduo gerado é transformado em novas peças.

No desfile foram apresentadas peças confeccionadas com tecido tecnológico proveniente de fibra celulósica oriunda de reflorestamento e acabamento com óleo de casca de arroz, que traz como benefício um toque suave e durabilidade da peça. No desfile a marca usou sandálias Linus @uselinus de PVC ecológico microexpandido e certificação PETA-Approved Vegan e Carbonext por compensar o dobro das emissões de carbono.

CONTEXTURA

eco-111eco-12A marca foi idealizada por Evelise e Anne Anicet, mãe e filha, atuantes há 12 anos no mercado. Tem como diferencial a inovação em texturas têxteis. Além disso, usa insumos de reaproveitamento e matérias-primas natural e tecnológica, rastreadas e/ou certificadas, através de processos de fabricação artesanal, digital e industrial. A marca participou do projeto Global Fashion Agenda 2020, que surgiu no Copenhagen Fashion Summit 2017 e convocou outras marcas de moda e varejistas a assinarem um compromisso para acelerar a transição para um sistema de moda circular. Assim, tornando-se signatária, pioneira e disseminadora da causa pela circularidade na moda brasileira.

A coleção foi inspirada na memória de praia, sensações de contato com a areia, a água, espumas e a brisa suave. É rica em texturas táteis inspiradas nos elementos naturais. As formas e modelagens se fundamentam na proporção áurea. As cores reproduzem gamas de brancos, off-white e beges da beira do mar. Os looks foram apresentados com tênis Vert produzidos com algodão orgânico e algodão reciclado com PET, borracha e couro, além de C.W.L, um material vegano de origem biológica.

REPASSA

eco-131eco-14O Repassa é um brechó online considerado a principal referência no mercado de moda circular do Brasil. Criado em 2015 na cidade de São Paulo, vem gerando impacto socioambiental positivo ao aumentar o ciclo de vida das roupas. Entre as 600 mil peças em estoque, a cada venda finalizada, o vendedor recebe 60% do valor. O saldo é disponibilizado na própria plataforma gerando o Saldo Repassa, um tipo de carteira digital, e pode ser transferido para conta corrente, usado no próprio site da empresa para novas compras ou doado para ONGs. Com atuação nacional, o Repassa foi adquirido pela Renner em 2021.

Para o desfile, os looks foram divididos entre os tipos de estilos universais (Romântico, Dramático /Urbano, Criativo, Natural/Esportivo, Tradicional, Elegante e Vintage),

representando diversas histórias com roupas já usadas por outras pessoas antes, aumentando o ciclo de vida de cada uma das peças. Roupa de brechó é para todos.

WE’E'ENA TIKUNA

eco-15eco-16A arte Indígena apresentou peças de algodão orgânico, linho e também o tecido natural Tururi, da tradição indígena Tikuna, extraído da entrecasca de árvores seculares e muito utilizado na região amazônica. Com novos grafismos feitos com substratos orgânicos como urucum, jenipapo e barro, a artista plástica We’e'na apresenta nesta edição a coleção “Worecü - ritual da Moça Nova”.

A narrativa da coleção é sobre a “Festa da Moça Nova”, a mais importante para o povo Tikuna. Um ritual que marca a transição da menina, que menstrua pela primeira vez e já pode se casar. Assim, há várias provações físicas e aconselhamentos que farão com que a moça encerre sua infância. Nesta edição, haverá participação de vários indígenas e ativistas de diversos povos desfilando, inclusive modelos do povo próprio Tikuna.

WOOLMAY MAYDEN

eco-17eco-18A marca fundada em São Paulo em 2019 por Jean Woolmay Denson Pierre, haitiano radicado no Brasil desde 2015. Antes de lançar sua própria coleção, atuou como atleta, modelo e digital influencer, ocupando espaços de representatividade e realizando collabs com coleções inspiradas pelo movimento Black Lives is Matter. Investe em tecidos sustentáveis e reciclados e com design inspirado na moda streetwear. Nesta edição da BEFW a marca apresentou peças com jeans ressignificados.

A produção é feita sob demanda sempre inserindo a mão de obra de negros e negras mulheres, LGBTQIA+, comunidades tradicionais, refugiados e imigrantes.

A coleção Incarner (Encarnar em português) é composta de 12 looks com o denim ressignificado. As peças com cortes de alfaiataria são descoladas e no estilo jovem urbano. As peles à mostra ressaltam a diversidade de corpos usando peças agênero.

VB ATELIER

eco-19eco-20Fundada em 2012 no Rio de Janeiro pela estilista Andrea Villas Boas, a VB Atelier desenvolve peças de alfaiataria com elementos que remetem à ancestralidade da cultura africana e aos saberes dos indígenas. A VB Atelier tem como prática de produzir em pequena escala, além do desperdício zero, doando os retalhos para o artesanato feito por mulheres negras de comunidades e de marcas alinhadas com o propósito da marca.

Em sua coleção, a marca destacou as indumentárias criolas. Argumenta que “criolo” vem desse termo de ser algo negro brasileiro, não africano. Sendo assim, defende que sua Moda Afrocentrada tem como proposta descentralizar o olhar colonizado e trazer novas narrativas. No desfile usa sandálias Linus @uselinus de PVC ecológico microexpandido e certificação da PETA-Approved Vegan e Carbonext por compensar o dobro das emissões de carbono.

LIBERTEES

eco-21eco-221Fundada em 2013, a Libertees nasceu da ideia de transformar a vida de mulheres através da arte, do trabalho e da educação. O projeto de Marcela Mafra e Daniela Queiroga permite que mulheres em situação de cárcere criem, produzam, reconheçam seus talentos, reconstruam sua história, sua autoestima e se tornem empreendedoras de si mesmas. Propósito e responsabilidade social fazem parte da essência da marca. O impacto social gerado através das capacitações de mão de obra feminina é o foco da Libertees.

A coleção Prosas da Rua apresentou o aspecto jovial da marca, com peças produzidas em tecidos de baixo impacto e com tecnologias têxteis como poliéster reciclado e composições de algodão orgânico, malhas biodegradáveis e viscoses certificadas. A estamparia exclusiva e o tingimento natural foram desenvolvidos nas oficinas de arte pelas colaboradoras da marca. Os looks foram apresentados com tênis Vert produzidos com algodão orgânico e algodão reciclado com PET, borracha e couro, além de C.W.L, um material vegano de origem biológica.

SIODUHI STUDIO

eco-23eco-24A Sioduhi Studio é uma marca de protagonismo originário, alinhada ao ecossistema e às práticas sustentáveis - Agenda 2030. Com criações agênero, atemporais e acabamentos de alfaiataria, a marca tem como fundador e criativo, Sioduhi expressa a presença originária nos centros urbanos e nas aldeias. Sua moda destaca a dinâmica da identidade indígena, em qualquer lugar e tempo, estabelecendo uma nova conexão a valores e territorialidades ancestrais — Rio Negro, Amazônia, Pindorama e Abya Yala, ao passado, presente e futuro, simultaneamente.

Em sua coleção ManioQueen apresentou peças agênero com estilo utilitário, esportivo, atemporal tingidas com o Maniocolor, corante extraído da casca de mandioca. “Manio” refere-se à mandioca e “Queen” à soberania e nobreza desse alimento.

CHRISTIAN SATO

eco-25eco-26Christian Sato é uma marca estreante e está em seu primeiro ano de atividade. A marca pratica a sustentabilidade através de técnicas têxteis artesanais, utilizando a técnica têxtil japonesa do Boro que sobrepõe retalhos de tecidos para não gerar resíduo têxtil. Na esfera social, a contratação da equipe de confecção é composta 100% de pequenos empreendedores da Zona Leste de São Paulo. Os produtos da marca mesclam dois assuntos distintos, o artesanal e o tecnológico. Os materiais utilizados têm composição natural e são certificados.

A coleção Acid Rain discorreu sobre a adaptação humana diante das crises globais. Apresenta corpos transformados com modelagem que cumpre o desafio de ser cibernética e orgânica, e a textura alcançada com a técnica artesanal do Boro japonês, mescla os desgastes dos kimonos e o efeito destroyed do universo cyberpunk.

ESTÚDIO NUDA

eco-27eco-28Uma marca independente baseada em São Paulo, lançada em 2020 por Bruno Sales. O designer mineiro tem como foco a criação de uma moda atemporal e consciente, desenvolvendo peças a partir dos ideais modernistas de design. Focando no guarda-roupa masculino, o Estúdio Nuda tem como parte da essência a preocupação com o ambiente e estar no ciclo da sustentabilidade, o que determinou o formato de produção sob demanda e centralizada no ateliê da marca, garantindo a escolha de tecidos de matérias primas certificadas, como o algodão BCI e viscose EcoVero.

A coleção é inspirada pelo espetáculo de dança Boxe Boxe do coreógrafo francês Mourad Merzouki e pelas fotos de pugilistas alemães feitas por August Sander no início do século XX.

TRAMA  AFETIVA

eco-29eco-30A Trama afetiva é uma plataforma de pesquisa em design sobre inovação regenerativa para resíduos da indústria têxtil. Também é ambiente de diálogo entre pensadores, artistas, ativistas, cientistas, marcas e sociedade civil, que se desenvolve organicamente na aplicação da Economia Afetiva. Esta é uma forma de reinventar o mercado pela valorização dos ganhos coletivos nas relações de cocriação, produção, venda e consumo; catalisadora de interações orientadas pelo respeito, empatia e complementaridade. Fundada em 2016, tem como diretor criativo, Jackson Araújo, comunicólogo especializado em comportamento de moda, é ativista da racionalização criativa para a sustentabilidade.

Depois de três anos desenvolvendo pesquisas em design sobre ressignificação de náilon de guarda-chuvas recuperados do aterro sanitário, a plataforma de cocriação TRAMA AFETIVA mostrou pela primeira vez em passarela o resultado obtido nas coleções colaborativas realizadas por Thais Losso, Jorge Feitosa e Itiana Pasetti.

“Pra mim, o mais importante é retornar fazendo parte de um coletivo, celebrando a força da colaboratividade, da construção horizontal e de um propósito maior, que é fortalecer as discussões sobre a ressignificação de resíduos e a preocupação com as manualidades e os grupos produtivos de pessoas invisibilizadas pela sociedade e pelo sistema da moda”, declara Thais Losso.

Os guarda-chuvas utilizados no processo fazem parte de uma parceria da Trama Afetiva com a plataforma de economia circular Revoada, dirigida por Itiana Pasetti e Adriana Tubino. Juntas, Trama e Revoada comissionam a cooperativa de catadores e catadoras da Unidade de Triagem de Lixo Seco do Campo da Tuca, em Porto Alegre a recuperar e higienizar os guarda-chuvas.

Além de virar roupas de modelagem resíduo zero, os guarda-chuvas também viram fitas de náilon para crochê, a partir de tecnologia criada por Thais Losso e aperfeiçoada por Jorge Feitosa, ambos designers-tutores das oficinas criativas da Trama Afetiva.

Complemento de informações da NAMÍDIA Assessoria

SAU

eco-31eco-32Uma marca do Ceará fruto do encontro de Yasmim Nobre e Marina Bitu. Uma psicóloga e uma estilista, ambas jovens e inquietas, criaram a marca com desejo de transformar a vida de quem faz e de quem usa suas peças. Suas criações envolvem renda, bordado, olaria, trabalho manual, madeira e palha. Estes fazeres são produzidos por coletivos de artesãs, em arranjos produtivos locais organizados no interior do Estado, desde o litoral até o sertão. Em suas coleções, utilizam tecidos com certificado OekoTex. O selo atesta à indústria têxtil responsabilidade pela qualidade humana e ecológica e garante que seus produtos químicos não são nocivos à saúde. Além disso, são tecidos cujos processos industriais envolvem tratamento e reaproveitamento de 100% da água utilizada na produção.

A Coleção Narcisa utilizou a metáfora do espelho como um convite à discussão sobre subjetividade, relações interpessoais e arte na contemporaneidade. O trabalho de macramê utiliza linha metálica que remete ao rio. Botões e acessórios são desenvolvidos em cerâmica e vidro reciclado derretido confeccionadas pela ceramista Vivian Vieira, a Bone Ceramics. Franjas em fios acetinados dão vida a vestidos longos. Por fim, espelhos descartados são reutilizados como vidrilhos.

VESTÔ

eco-33eco-34A Vestô nasceu em 2017 por Najat Hassan a partir da pesquisa pela moda sustentável e se apaixonou pela moda consciente e ética. Desta forma, a missão é dar um novo significado à moda através das roupas da marca. A Vestô produz peças tingidas manualmente com cascas, folhas, raízes e sementes que respeitam o meio ambiente, a pele e a saúde geral dos clientes. Utiliza matérias-primas naturais certificadas e confeccionam as coleções exclusivamente com tecidos orgânicos e/ou sustentáveis. Além disso, assume a sustentabilidade como estilo de vida assegurando o alinhamento das práticas com todos os seus pilares: social, ambiental, econômica, territorial e cultural. Por meio da

transparência e das parcerias socioambientais, a produção nutre pequenos produtores e mercados locais contribuindo para o aumento da renda familiar e comunitária sem colocar em risco suas culturas, suas tradições e sua relação com a natureza.

A Coleção Fluir é uma releitura de coleções passadas e novas criações com tingimentos e pinturas a mão livre com tintas naturais, estamparia manual e reaproveitamento de tecidos de produções anteriores.

MANUI

eco-35eco-36A Manui Brasil é uma marca slow fashion que desenvolve peças atemporais e únicas. O tingimento natural e a estamparia manual fazem parte do DNA da marca, assim como a preocupação em criar uma moda mais humana e íntima. A proposta da marca é semear uma moda consciente, brasileira e sustentável. Idealizada por Juliana Bastos, estilista, tintureira, pesquisadora e professora na área de sustentabilidade na moda com foco no tingimento natural.

A coleção Ciclos celebrou os seis anos da marca, seis desfiles, seis participações na Brasil Eco Fashion Week - semana de moda sustentável.

LUDIMILA  HERINGER

eco-37eco-38A marca foi fundada em 2018 no Pará pela designer, estilista e artesã Ludimila. Produzindo sob demanda, têm usado técnicas manuais e ancestrais do processo de tingimento natural, além de crochê e bordados. Com a técnica de estamparia botânica (ecoprint) usa elementos da natureza como folhas, cascas, sementes e raízes para estampar tecidos certificados. Em seu desfile apresentou peças com ecoprint impermeabilizadas com látex de seringueiras do Acre em parceria com a estilista acreana Dheym Modara.

Sobre a coleção: A mala com a coleção Ludimila Heringer foi extraviada durante a viagem. Ela desfilou peças do acervo com peças de crochê, ecoprint e tingimento natural e três peças com o tecido impermeabilizado com látex — uma parceria com a estilista Dhey Modara que era foco do desfile original. A mala foi encontrada somente três dias depois do evento. Uma história de resiliência e de superação. No desfile usou sandálias @uselinus (Linus) de PVC ecológico microexpandido e certificação PETA-Approved Vegan e Carbonext por compensar o dobro das emissões de carbono.

RICO BRACCO

eco-391eco-40A marca Rico Bracco foi constituída em 2015 em Caxias do Sul, RS, pelo designer Fabrício Bracco, edificada pelos pilares da sustentabilidade, resgatando técnicas artesanais tidas como patrimônio imaterial da cultural regional dos imigrantes italianos. Sua criação produz uma narrativa romântica e para um estilo de vida desacelerado, com peças de corte de alfaiataria funcionais e atemporais. De modelagens amplas, suas peças são confeccionadas em tela de linho da Texprima, crepe e organza de seda do Casulo Feliz e em tela de lã Cootegal, todos orgânicos.

A coleção com o tema “Èremo — Perspectiva dos nossos lugares ermos que servem de refúgio para a reflexão sobre o contraste entre o luto e a fé”. Também fez parte do desfile, uma criação colaborativa com a designer de sapatos Elisa Marchi sapatosemarchi feitos com couro Piñatex, feito a partir das fibras das folhas de abacaxi.

ALME

eco-41eco-421A marca Alme nasceu em 2018 respondendo a uma demanda por conforto e versatilidade. Apresenta ao mercado de moda sustentável calçados e mochilas com matéria-prima de fontes renováveis e/ou reciclados. São produtos com baixo impacto ambiental, combinando tecnologias de materiais e processos com design apurado. Entre os materiais, há fibras naturais como o algodão e a lã, mas as peças também são compostas de resíduos industriais como EVA de cana-de-açúcar e cadarços produzidos com fios de garrafas PET. A Alme é uma marca de carbono neutro do grupo Arezzo&Co e tem produção realizada no Rio Grande do Sul, berço da cultura calçadista brasileira.

O desfile Despertar da Consciência foi uma tradução do processo de conscientização das pessoas, organizado em uma poesia visual de ciclos de consciência.

MAJU CONVIDA

eco-43eco-44O desfile da modelo Maju Araújo com amigos e influenciadores com apoio do BEFW celebrou o Dia Mundial das Pessoas com Deficiência encerrando a temporada de desfiles. Cada convidado veio com roupas próprias. Foram orientados a usarem cores marcantes e variadas.

Sobre a BEFW - É a primeira semana de moda da América Latina dedicada exclusivamente à indústria fashion de atributos sustentáveis. Realizada pela Brasil Eco Fashion - plataforma de moda, inovação e sustentabilidade que vem impulsionando e fomentando o ecossistema de boas práticas socioambientais no cenário brasileiro têxtil e de confecção. Os eventos BEFW compensam 100% do carbono emitido e são lixo zero.

da redação com informações da Agência Catu - Uiara Andrade  imagens: fotos divulgação Marcelo Soubhia_@agfotosite

51ª EDIÇÃO DA CASA DE CRIADORES

worldfashion • 09/12/22, 04:57

handler-1Na 51ª edição da Casa de Criadores que aconteceu de 05 a 09 de dezembro, em formato híbrido, mas com a maioria dos desfiles de modo presencial no SuperLoft, na Sé em São Paulo, contou na abertura com o desfile que foi uma ação conjunta com o ModaComVerso, movimento liderado pela Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), na qual marcas como a Riachuelo, Dafiti e Marisa apresentaram funcionários de suas respectivas marcas num desfile de abertura que propôs uma reflexão contra o trabalho escravo, infantil e exigindo mais ética e responsabilidade na moda. A trilha do desfile, produzida por Pejota Fernandes e com direção de Dudu Araújo, fez um manifesto com o questionamento: “Em que condições são produzidas nossas roupas?”

ModaComVerso

O ModaComVerso, movimento liderado pela Associação Brasileira do Varejo Têxtil (ABVTEX), inaugurou a 51ª edição da Casa de Criadores na noite de 5 de dezembro. Fornecedores que compõem diversas etapas de produção de grandes varejistas, como Marisa, Riachuelo e Dafiti, tomaram a passarela com mensagens importantes por mais consciência no consumo e condições dignas de trabalho no setor da moda. A trilha do desfile, produzida por Pejota Fernandes e com direção de Dudu Araújo, fez um manifesto com o questionamento: “Em que condições são produzidas nossas roupas?”

handler-2Algumas frases impressas nas roupas que desfilaram: “É hora de conversarmos sobre os bastidores da moda”, “A moda que queremos é transparente, ética e humana”, “Enxergar por trás de uma peça é reconhecer as pessoas e as etapas envolvidas na produção dela”. Colaboradores assumiram o posto de modelos e desfilaram com looks criados a partir dos tecidos das empresas apoiadoras T. Christina Confecções e RVB Malhas, além de itens oferecidos pela Riachuelo.

“Ficamos muito orgulhosos com o resultado do nosso desfile. A Casa de Criadores tem a proposta de apresentar o futuro da moda de uma forma mais democrática e criativa, o que não pode existir sem a garantia de um ambiente de trabalho seguro e responsável”, afirma Edmundo Lima, diretor executivo da ABVTEX. “Ter os fornecedores dessas grandes varejistas chamando a atenção para uma moda mais ética na passarela antes dos grandes desfiles do evento é um forte lembrete de que é preciso também olhar para todo o processo de produção dos looks”, completa.

handler-11O desfile apresentou um contexto brasileiro que precisa ser olhado. A informalidade ou irregularidade está presente em torno de 35% dos artigos comercializados na moda. O número diz respeito às más condições de trabalho, baixa remuneração, horas exaustivas, não garantia de direitos do trabalhador, além de sonegação e redução da arrecadação do Estado e restringe recursos que poderiam ir para saúde, educação, segurança pública e etc. A situação é grave e demanda ações articuladas e conjuntas para gerar mudanças efetivas.

Com o objetivo de olhar para esse cenário e promover a moda sustentável a partir do desenvolvimento de uma cadeia de valor ética, responsável, e transparente, o ModaComVerso reúne 17 varejistas, 3.869 fornecedores e 18 organizações da sociedade civil. A ideia é trazer luz para a moda e aproximar os consumidores das boas práticas das empresas. Para isso, procura destacar marcas que não usam trabalho análogo ao escravo, infantil e não empregam estrangeiros em situação irregular. A meta é estimular uma cadeia de valor ética e humana. Estas boas práticas são garantidas a partir das auditorias realizadas pelo Programa ABVTEX, que realiza o desenvolvimento e monitoramento da cadeia produtiva.

da redação com informações da Loures Comunicação    imagens: fotos Lu Prezia e Gabriela Gomes

SANTISTA JEANSWEAR

Uma das maiores fabricantes de denim do Brasil, que incentiva ativamente a moda nacional e  patrocinou novamente a Casa de Criadores, que completou 25 anos de muita história e continua abrindo portas para estilistas talentosos.

image0015Desfile de Jorge Feitosa durante a edição 51 da Casa de Criadores -  Foto Marcelo Soubhia

Entre as marcas e estilistas que utilizam artigos da Santista estão os veteranos Ellias Kaleb, NotEqual, além dos estreantes Toca, Xyboiá, Studio AH, entre outros.

“Para a Santista Jeanswear é um grande privilégio fazer parte da história da CdC e poder acompanhar tantos estilistas talentosos usando um autêntico denim em suas criações”, explica Sueli Pereira, Gerente de Comunicação e Moda.

A Santista Jeanswear é marca de origem brasileira criada em 1929, é uma das principais produtoras do autêntico denim no país e tecidos para roupas profissionais. Com um posicionamento que se estende do mercado nacional ao internacional, apoiando seus clientes com equipes especializadas de consultoria de produto, moda e lavanderia. Reconhecida por 23 anos como a marca TOP OF MIND de uniformes no Brasil. A Santista Jeanswear traz em seu DNA inovação, sustentabilidade e tradição em coleções atualizadas com as tendências globais e produtos tradicionais e tecnológicos para uniformizaçã

Confira abaixo os as marcas/estilistas que utilizaram artigos da Santista Jeanswear:

Lucas Lyra – Panther

Coletiva Açu – Heart, Push UP, Upcycle Concept, Lite, Kim e Hope

Woolmay Mayden – Upcycle Concept, UP, Upcycle Ind, Upcycle Now e New Like

Alexei – Ray Orion

Vittor Sinistra – Joker, Khoe e Panther

Toca – John

Elias Kaleb – Soft Frist Denim

Studio AH – Panther

Estúdio Traça – Soft First Denim

Dellum – Phanther, Joker e Quenn Triblend

Projeto Mottainai – Upcycle Now e Kim

Xyboiá – Lite e Joker

Volat Brand – Lite, Upcycle Concept e Joker

Leandro Castro – Joker e White Denim

NotEqual – Upcycle Concept, Hope e Queen Triblend

Da Silva Santos Neves – First Denim 80’S, Joker, Kim, Panther

Viva Project – Soft Up, Up, First Denim Up

X-Brand – Upcycle Concept, Hope e White Denim Lite

É possível rever os desfiles da 51ª edição da Casa de Criadores pelo site, mídias sociais e no canal do YouTube da Casa de Criadores: www.casadecriadores.com

da redação com informações da Helena Augusta Assessoria   Imagens: foto divulgação

AS AÇÕES DO GRUPO LENZING

worldfashion • 06/12/22, 22:08

e5O grupo Lenzing olha para o futuro com energia verde na Indonésia e recentemente foram feitas as transições para eletricidade verde, que reduzirá significativamente as emissões anuais de carbono. E também faz com a Renewcell um contrato de fornecimento em grande escala, fechando ainda mais o ciclo da moda, esta parceria com a empresa sueca de reciclagem têxtil para têxtil.

REDUÇÃO DA EMISSÃO DE CARBONO

lenzingtencelluxe5O grupo Lenzing, fornecedor líder mundial de fibras especiais à base de madeira, está expandindo seu portfólio global de eletricidade limpa e fazendo a transição de sua unidade de produção em Purwakarta na Indonésia para eletricidade verde.

A subsidiária indonésia PT. A South Pacific Viscose (SPV) usa eletricidade gerada exclusivamente a partir de fontes renováveis ​​desde julho deste ano, o que reduzirá suas emissões específicas de carbono em 75.000 toneladas anuais.

Em 2019, a Lenzing se tornou a primeira produtora de fibra a estabelecer uma meta de reduzir pela metade suas emissões de carbono até 2030 e se tornar neutra em termos climáticos até 2050. Essa meta de redução de carbono foi reconhecida pela Science Based Targets Initiative. Em Purwakarta, a Lenzing está atualmente investindo na redução de emissões de carbono, bem como emissões de ar e água. Graças ao seu investimento de 100 milhões de euros nesta área, a Lenzing está gradualmente fazendo a transição de suas capacidades existentes de viscose padrão para LENZING™ ECOVERO™ e viscose especial da marca VEOCEL™.

robert-van-de-kerkhof“A demanda por nossas fibras especiais biodegradáveis ​​à base de madeira está aumentando constantemente. Vemos um enorme potencial de crescimento, especialmente na Ásia. A mudança para eletricidade verde e renovável marca um grande passo na conversão de nosso site indonésio em um fornecedor de fibras especiais. Isso nos deixa mais bem posicionados para atender à crescente demanda por fibras produzidas de forma sustentável”, comenta Robert van de Kerkhof, Diretor Comercial de Fibra da Lenzing.

A indústria da moda tem um impacto extremamente negativo no meio ambiente devido ao seu modelo de negócios fast fashion e ao crescenteconsumo de recursos fósseis na produção têxtil. A mudança climática causada pelo homem é um dos problemas mais prementes do nosso tempo.

lenzing20180103012As fibras de viscose LENZING™ ECOVERO™ (para têxteis) e fibras de viscose especiais sob a marca VEOCEL™ com tecnologia Eco Care (para não-tecidos) geram 50% menos emissões de gases de efeito estufa e poluição da água em comparação com a viscose padrão.1. Fibras especiais são a principal força da Lenzing.

A empresa pretende gerar mais de 75% de sua fibra, e a receita do negócio de fibras especiais biodegradáveis ​​à base de madeira sob o TENCEL™, LENZING™ e as marcas ECOVERO™ e VEOCEL™ até 2024.  Com o lançamento da fábrica de liocel na Tailândia em março de 2022 e os investimentos em locais de produção existentes na Indonésia e na China, a participação de fibras especiais em receita de fibra da Lenzing deve exceder a meta de 75% com uma margem significativa já em 2023.

PARCERIAS

renewcell-151O Grupo Lenzing, fornecedor líder mundial de fibras especiais com produção de forma sustentável, e a Renewcell, pioneira sueca de reciclagem têxtil para têxtil, assinaram um contrato de fornecimento plurianual para acelerar a transição da indústria têxtil de uma linear para um modelo de negócios circular. O acordo contém a venda de 80.000 a 100.000 toneladas de celulose 100% reciclada a Circulose® da Renewcell para a Lenzing por um período de cinco anos, para uso na produção de fibras celulósicas para moda e outras aplicações têxteis.

csm_christian_skilich_203“A indústria têxtil deve mudar. Ao assinar o acordo com a empresa sueca de reciclagem têxtil para têxtil Renewcell, a Lenzing pode integrar ainda mais a reciclagem e acelerar a transição da indústria têxtil de linear para circular. Como defensores da sustentabilidade, sabemos que avançar para uma economia circular é vital para enfrentar os enormes desafios de resíduos têxteis da indústria”, diz Christian Skilich, diretor de celulose do Lenzing Group.

patrik-lundstrom1“A Lenzing é uma empresa importante em nosso setor, com um histórico inspirador de excelência técnica inovadora e liderança em sustentabilidade. Nossa nova parceria se encaixa perfeitamente na estratégia da Renewcell de acelerar a expansão de materiais circulares, colaborando com os players mais importantes da moda. Estamos mais do que satisfeitos em unir forças com a Lenzing com o objetivo comum de tornar a moda circular”, disse Patrik Lundström, CEO da Renewcell, em um comentário sobre o acordo.

A Canopy, uma organização ambiental sem fins lucrativos dedicada à proteção de florestas, espécies e clima, dá as boas-vindas ao acordo entre a Lenzing e a Renewcell. dsc_0929-e1580227046604-500x500“Acelerar a transição para uma produção circular de baixo impacto é o desafio da década para a indústria da moda. É por isso que esta parceria entre a Renewcell e a Lenzing é tão revigorante – ela trará soluções de próxima geração de baixo carbono para o mercado em grande escala”, exclamou Nicole Rycroft, diretora executiva da Canopy. “Com os relógios do clima e da biodiversidade funcionando, a corrida para a circularidade é algo que precisamos que todas as empresas vençam.”

renewcell-44Com suas tecnologias REFIBRA™ e Eco Cycle, a Lenzing oferece soluções para transformar as indústrias têxteis e não tecidas em direção a uma economia circular. É uma parte essencial da estratégia corporativa e das ambiciosas metas de sustentabilidade da Lenzing tornar-se um verdadeiro campeão da circularidade e oferecer fibras têxteis especiais das marcas TENCEL™ e LENZING™ ECOVERO™ com até 50% de conteúdo reciclado pós-consumo em escala comercial até 2025.

renewcell-9Para atingir esse objetivo, a Lenzing faz parceria com pioneiros da reciclagem, como a Renewcell. Circulose® origina-se 100% de resíduos têxteis, como jeans velhos e sobras de produção, e se transforma em celulose solúvel. Transforma resíduos têxteis e sucata de produção em novos produtos têxteis de alta qualidade

da redação com informações do Grupo Lenzing    imagens fotos divulgação

SENSIL® ByNature

worldfashion • 01/12/22, 21:49

1A NILIT, líder global na produção de poliamida 6.6, que atua há mais de 50 anos na produção de fios inteligentes, acaba de lançar o SENSIL® ByNature, um novo produto revolucionário que melhora significativamente o perfil de sustentabilidade do vestuário, a análise do ciclo de vida e o impacto ambiental.

Ao utilizar o material certificado Biomass Balance (BMB), fabricado pela BASF, a NILIT substitui a matéria-prima fóssil por matéria-prima renovável que reduz as emissões de gases de efeito estufa e diminui a dependência de recursos não renováveis. O vestuário feito de malhas ou tecidos com SENSIL® ByNature oferece aos consumidores uma maneira significativa de ajudar a reduzir a pegada de carbono, mantendo exatamente o mesmo conforto, desempenho e longevidade que eles esperam e obtêm hoje do SENSIL®.

download“SENSIL® ByNature é uma inovação revolucionária em poliamida 6.6 premium, pois reduzirá significativamente a pegada de carbono, ao mesmo tempo em que fornece fibra artificial da mais alta qualidade para vestuário. Cada tonelada desse fio representa a diminuição de 900 KG de emissão de carbono na atmosfera”, afirma Paulo De Biagi, Diretor-Presidente da NILIT para a América Latina.

ilan-melameds-21“Este é o tipo de desenvolvimento radical de produtos que a indústria têxtil precisa para reduzir de forma eficaz e rápida seu impacto ambiental e passar para uma posição mais responsável no mercado global”, conta Ilan Melamed, gerente geral da NILIT.

Para o mercado de moda e vestuário, SENSIL® ByNature oferece o conforto e a funcionalidade que os designers esperam das malhas e tecidos, com a poliamida 6.6 premium, e assim os consumidores desfrutarão de uma sensação aprimorada de bem-estar que vem da seleção de roupas de alta qualidade e durabilidade que se alinham com seus valores pessoais.

No portfólio da companhia, a marca SENSIL®, que inclui sua família de poliamida premium para atender diretamente às questões ambientais mais urgentes da indústria de vestuário e também a necessidade de conforto, performance e bem-estar dos consumidores. As peças têm toques excepcionais com suavidade, resistencia e durabilidade conservando a aparência de novas mesmo após muito uso e muitas lavagens.

handlerComo líder em soluções sustentáveis de poliamida 6.6 para várias categorias, a NILIT lançou recentemente o SENSIL® BioCare, aprimorado com uma tecnologia especial que ajuda a diminuir a persistência de resíduos têxteis na água do mar e em aterros sanitários; SENSIL® EcoCare feito com poliamida reciclada; e poliamida pré-tingid SENSIL® WaterCare, que economiza 100% da água utilizada no tradicional processo de tingimento úmido. Além disso, o portfólio de produtos SENSIL® é fabricado de acordo com os critérios de Total Product Sustainability da NILIT.

da redação com informações da XCOM  imagens: fotos divulgação