World Fashion + Varejo edição 155 - page 6

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edição 155
A REVISTA PARA OS PROFISSIONAIS DA MODA
+vitrina
A incapacidade das pessoas
de enxergarem o ponto de
vista alheio… ou de entender
os sentimentos do outro...
ou até mesmo de considerar
novas experiências leva\nos
a considerar que está em
tempo de pensar seriamente
no tema da empatia…
Texto e fotos por
Sylvia Demetresco
Empatia,
Marisa,
Lupo,
Megastore
Rio2016
E
mpatia é o antídoto per]
feito!!! Respeito; justiça;
espírito aberto; honestidade;
envolvimento; engajamen]
to; e dividir com os outros
conhecimentos, técnicas e saber.
Empatia: “
in
” por dentro – “
pathia
sentimento. “É a capacidade que
possuímos de entender a emo]
ção dos outros”. É a arte de se
colocar no lugar do consumidor e
compreender seus sentimentos e
desejos e usar essa compreensão
para guiar nossas próprias ações na
montagem de lojas e vitrinas.
Esta empatia pôde ser apreciada
na Megastore Rio 2016 com seus
4.200m² e mais 3 mil produtos ex]
postos de forma fantástica! Nada se
compara a uma loja de meias como
a Lupo que comporta, em 50m
²
,
também 3 mil itens e que consegue
a empatia de seu consumidor. E as
lojas Marisa que, com suas inúmeras
referências de moda feminina, em
1100m
²
de superfície, também con]
segue relacionar empatia e consumo.
A atual gramática visual de uma loja
se compõe de: ambientação, visibili]
dade, distância, efeito de aproxima]
ção, proximidade com o passante,
estudo de equipamento da loja,
planejamento da exposição, sinaliza]
ção de preços; orientação visual da
loja; circulação; vitrinas;
story telling
;
displays centrais; organização das
mesas; variedade de produtos. Todo
consumidor deve “se encontrar” no
espaço da loja, seja para realizar a
compra, seja para curtir o passeio.
INTERAÇÃO POSSÍVEL
Todas essas características repetem]se nas lojas da
Lupo – informalidade, possibilidade de interação e
socialização, assim como na Megastore Rio 2016, em
que era visível a interação de consumidores de vários
países e várias línguas com a temática esportiva da
Olimpíada. Lugares democráticos que visam públicos
diversos, abrangendo a família toda, dos menores
aos mais velhos, de modo que empatia e intimidade
permeiam esta relação puramente comercial.
Nesse percurso, as três lojas são sujeitos doadores
de competências modais para um sujeito consu]
midor, na medida em que, elas “fazem]querer” que
o consumidor adquira certos produtos que lhes
“dão]poder”, na medida em que se colocam à dis]
posição de todos, com seus arranjos visuais.
Assim, as marcas atuam sob a inqluência de dois
regimes principais: a programação e a manipula]
ção. No regime de programação, que opera sob
o princípio de regularidade, cada loja tem produ]
tos sempre presentes. No regime de manipula]
ção, princípio de intencionalidade, as lojas pre]
tendem fazer com que o destinatário se interesse
pelos produtos com suas prescrições, adentre
nas lojas e adquira os produtos. Na manipulação,
o destinador propõe um contrato e exerce a per]
suasão para convencer o destinatário a aceitá]lo.
Nesse caso, o contrato proposto é o de que, uma
vez adquirindo os produtos da loja, qualquer con]
sumidor estará adquirindo os valores propostos
pela marca, que a fazem ser alguém de destaque,
no âmbito social. Assim a emergência do senti]
mento de identidade passa pela intermediação
de uma alteridade a ser construída.
RELAÇÃO DE PROXIMIDADE
A Marisa traz seu universo nas suas vitrinas, e coloca]se como espaço que possibilita a interação e a socia]
bilidade, característica reiterada pela conqiguração dos manequins em todas as vitrinas da marca. Também
se coloca como um lugar da comunidade, lugar democrático que atende os mais diversos públicos, nas
mais diversas localidades. E ainda evidencia seu caráter informal e de proximidade com o público. A Marisa
apresenta]se assim, ao menos durante a realização da liquidação, como uma feira de vestuário que promete
ao freguês preços baixos e a possibilidade de socializar e – por que não? – criar laços com as pessoas da
comunidade, em uma relação de informalidade, proximidade e intimidade.
Lojas Marisa: informação
de moda e bom preço em
ambiente propício para a
interação com o público
Megastore Rio 2016: animação
olímpica contribui para projetar
artigos alusivos ao evento
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